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A convocação da seleção brasileira para mais amistosos milionários

Antes, quando a seleção brasileira estava para ser convocada o país só falava disso, era como um capítulo final de novela marcante. No dia a convocação, quase que tudo parava para acompanhar. O esvaziamento do futebol como um todo, a maioria dos principais jogadores atuar o exterior e principalmente a total desmoralização da CBF, seus dirigentes e comissões técnicas acabaram com este encanto.

A seleção atualmente é apenas mais uma pauta do dia a dia do jornalismo.

Eu só escrevo a respeito, por dever de ofício, porque grande parte do público quer saber do assunto, ainda que seja porrada nessa cambada.

CBF

Aí estão os convocados do Dunga para os jogos do dia 26 (França, em Saint Dennis) e 29 (Chile, em Londres): 

Goleiros
Jefferson (Botafogo)
Marcelo Grohe (Grêmio)
Diego Alves (Valencia)

Laterais
Fabinho (Monaco)
Marcelo (Real Madrid)
Filipe Luís (Chelsea)
Danilo (Porto)

Zagueiros
David Luiz (Paris Saint-Germain)
Marquinhos (Paris Saint-Germain)
Thiago Silva (Paris Saint-Germain)
Miranda (Atlético de Madri)

Volantes
Luiz Gustavo (Wolfsburg)
Fernandinho (Manchester City)
Elias (Corinthians)
Souza (São Paulo)

Meias
Oscar (Chelsea)
Roberto Firmino (Hoffenheim)
Willian (Chelsea)
Philippe Coutinho (Liverpool)

Atacantes
Neymar (Barcelona)
Robinho (Santos)
Douglas Costa (Shakhtar Donetsk)
Diego Tardelli (Shandong Luneng)


Levir Culpi e Marcelo Oliveira trabalharam juntos, se conhecem e estão sob marcação cerrada

As campanhas ruins na Libertadores e o fraco futebol exibido neste início de temporada provocam duros questionamentos dos torcedores de Atlético e Cruzeiro aos seus treinadores.

O cruzeirense Pedro 1950, enviou o seguinte e-mail à minha coluna nos jornais O Tempo e Super Notícia:

* “Na Libertadores/2014, o técnico Marcelo Oliveira insistiu tanto na escalação do Júlio Baptista, que conseguiram juntos uma previsível desclassificação diante do San Lorenzo. Já naquela época, Júlio Baptista apresentava desempenho pífio, mas o treinador Marcelo inexplicavelmente teimava em escalá-lo. Agora, a insistência injustificável é com o atacante Willian. Vem jogando mal sistematicamente, mas tem cadeira cativa, embora no banco o Cruzeiro tenha várias jogadores melhores que ele. O que justifica essas atitudes do técnico Marcelo? Tento encontrar explicação, mas nenhuma me aparece. O presidente se desdobra, efetua várias contratações, coloca material humano à disposição do Marcelo, mas ele permanece encantado com o Willian. Se não há explicação objetiva para isso, talvez exista alguma psicológica.”

* * *

Já o atleticano Leandro Neggo Leo, foi mais duro com o comandante do Galo e inicia o comentário dele, hoje, aqui no blog com essas cobranças e ataques:

* “O Colo-Colo venceu o Atlas e a situação do galo se complicou ainda mais, podem e chamar de pessimista de torcedor oba oba ou qualquer coisa do tipo, mas pra mim essa libertadores já era para o atlético e culpa exclusiva de seu Levir Culpi, já falei os motivos aqui antes, é repensar alguns jogadores e arrumar o time para as outras competições que o ano não está perdido, a libertadores sim, pra mim sim já era.
Ouvi uma noticia que a CBF fez um convite para o Levir dirigir a seleção sub-20, dizem que ele já até aceitou e está só esperando o desfecho do galo na libertadores para pegar seu boné e ir dirigir os garotos da base, sinceramente não vou ficar muito triste não, até que ponto essa noticia é verdadeira eu não sei….”

LEMA

Em 2006, auxiliar e treinador no Atlético

Considero os dois treinadores ótimos, mas nenhum ser humano está imune a erros. Marcelo teve que mudar totalmente os seus planos em função das vendas de jogadores importantes que o Cruzeiro fez. Chegou muita gente em cima da hora e ele está conhecendo de perto cada jogador e o melhor posicionamento em campo agora, durante o Campeonato Mineiro e a Libertadores.

Levir Culpi avaliou mal o elenco com o qual poderia contar. De importante, perdeu Tardelli. Quando foi surpreendido pelas contusões dos dois laterais titulares e do Lucas Pratto, viu que tinha errado na avaliação, já que as peças de reposição eram fraquíssimas, inclusive os reincorporados ao grupo, por ordem dele: Jô, André, Emerson Conceição (os afastados por indisciplina) e Patric, que estava emprestado ao Sport Recife.

Caso haja empate no clássico, os dois treinadores continuarão sendo cobrados. Se houver vitória de alguém, ao vitorioso a volta ao paraíso. Ao derrotado, o purgatório.


Réver joga mal, mas salva o Inter; vitória do Colo-Colo esgoela o Galo!

D’Alessandro (direita), saiu machucado e coube a Réver salvar o Inter de resultado ruim no Beira-Rio.

Os jogos de ontem da Libertadores foram da melhor qualidade, mas o resultado em Santiago foi péssimo para o Atlético. Vi o jogo pela Fox. Os dois times fracos, mas empenhadíssimos em vencer. Igual ao jogo contra o Galo, o Colo-Colo tomou um sufoco danado no primeiro tempo, mas cresceu no segundo, nos contra ataques: 1 a 0, de pênalti e com toques rápidos e longos, no fim da partida, 2 a 0.

O Corinthians foi muito bem em Buenos Aires e voltou com um 1 a 0 sobre o San Lorenzo, gol espetacular, na raça e nas coincidências, do Elias, que está fazendo a diferença, no time e na competição.

Mas, espetacular mesmo foi o Inter, que fez lembrar as viradas épicas do Atlético em 2013 e 2014, quando tudo parecia perdido. Inclusive contando com o ex-capitão do Galo, Réver. Assim como aqui, quando ele costumava aprontar lambanças, mas resolvia, quando o mau resultado parecia eminente.

Vejam o comentário do Vinicius Vaccaro do portal do jornal Zero Hora, de Porto Alegre:

* “… Aos 35 minutos, uma cena sintomática: time atrapalhado em campo, torcida calada e briga nas arquibancadas. O pelotão de choque da Brigada Militar precisou ingressar na área da Popular a fim de conter uma briga. Pelo menos quatro deles foram retirados do estádio pelo policiamento. O Inter ainda tentava se reencontrar na partida quando, aos 43 minutos, uma lesão tirou D’Alessandro do jogo. Alex o substituiu. A equipe de Diego Aguirre tentava achar as soluções ofensivas dos primeiros minutos quando, aos 46 minutos, um contra-ataque do Emelec envolveu de novo a defesa e Mena marcou o gol da virada…”

* * *

Aí o Inter empatou e virou, e o Vinícius comentou:

* “…Nilmar foi espetacular. Mostrou que ainda é um atacante fora de série.

D’Alessandro foi cerebral (uma lástima a lesão muscular nesse bom momento que está vivendo)…”

* * *

Mas os problemas do Inter continuam e vejam a finalização do comentarista gaúcho:

* “… Já as atuações de Réver e Fabrício foram calamitosas. O zagueiro, além de gol redentor, tem crédito pelo seu histórico. Quanto ao lateral, Aguirre terá de olhar para o banco e encontrar uma alternativa urgentemente. Nesse momento, qualquer alternativa serve…”

REVER

A diferença lá, em relação a Atlético e Cruzeiro é que, quando D’Alessandro, principal jogador do Inter, saiu machucado, entrou o Alex, que empatou o jogo e assumiu plenamente o papel do titular.


América e Villa têm muito a decidir no clássico em Nova Lima. Hoje, o Coelho é freguês!

O Leão do Bonfim foi eliminado na estreia na Copa do Brasil, ontem, em casa, pelo Coritiba, que fez 3 a 0. O América eliminou o Luiziânia, semana passada, lá, e avançou na competição.

No Campeonato Mineiro os dois têm 11 pontos, porém, o Coelho está na frente pelos critérios de desempate, na terceira posição, e o Villa, na quarta e última vaga para a fase decisiva. Na cola dele, a invicta Caldense, com nove.

Mas o histórico dos confrontos entre América e Villa é francamente favorável ao Leão, conforme mostra o Super FC: “Nos últimos dez anos, entre Campeonato Mineiro e Taça Minas Gerais, América e Villa Nova se enfrentaram 15 vezes e a vantagem é da equipe de Nova Lima, que venceu seis jogos e perdeu dois. Foram registrados ainda sete empates. O Alviverde não supera o alvirrubro desde o Estadual de 2012. Depois, o Villa Nova venceu um jogo e empatou o outro.”

O jogo será em Nova Lima e veremos se o novo América do Givanildo está bem mesmo ou vai parar nesta prova de fogo.

PEDRINHO

Pedrinho, provável substituto do contundido Mancini, domingo contra o Villa


Domingo tem clássico: melhor guardar a boca pra comer a farinha

Esta foto publicada há algum tempo pelo Superesportes representa bem a situação: os astros principais davam o tom e coadjuvantes como Jô, Borges e tantos outros tinham as vidas facilitadas e faziam a parte deles. Até conseguir substitutos para jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Tardelli, Ewerton Ribeiro e Ricardo Goulart, leva tempo.

Os cruzeirenses “zoaram” muito menos do que se imaginava aos atleticanos depois da derrota do Galo no Horto para o Atlas, do México. Mas o motivo é simples: eles seguiam a máxima do Flávio Anselmo que diz: “melhor guardar a minha boca para comer a minha farinha”, ressabiados que estavam com a remontagem do time pelo Marcelo Oliveira. Vale para os dois lados, com razão!

Atlético e Cruzeiro estão em situações parecidas neste princípio de temporada. Foram protagonistas em 2013 e 2014, apontados precipitadamente como favoritos a “bichos papões” novamente em 2015, mas que foram atropelados, por vendas, contusões e outros fatores que lhes obrigaram a recomeçar.

E começos e recomeços nunca são fáceis! O negócio, como diz o Ivan Lins, é: “Desesperar, jamais!”

Quem se precipitou e apontou Galo e Raposa como “papões” novamente em 2015 foi a imprensa do Rio e São Paulo, que só acompanha o futebol mineiro durante o Brasileiro. Antes e depois, nem tomam conhecimento do que se passa aqui em Minas. O clássico de domingo poderá servir para o início da reação de um, de crise no outro ou mantê-los na mesma, em caso de empate. Estão mal na Libertadores. E pior: nenhum marcou um gol sequer até agora. O Atlético, péssimo, é o lanterna do Grupo I, com duas derrotas. O líder é o colombiano Santa Fé, 6 pontos, seguido pelo chileno Colo-Colo,3. O Atlas também tem 3 pontos.

O Cruzeiro está em situação menos ruim, pois é terceiro do Grupo III, com dois pontos, mesma pontuação do segundo, Universitário Sucre da Bolívia, bem atrás do líder Huracán, 4. O lanterna do Grupo é o venezuelano Mineros, próximo adversário, que tem um ponto.


E o SPC, hein!? Está devendo mais de R$ 300 mil de aluguel, condomínio e IPTU

Me lembrei do eterno Tim Maia que dizia: “Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita.”

Notícia no jornal Extra, do Rio:

* “SPC deve R$ 300 mil em aluguel, condomínio e IPTU”

Quem já deixou de pagar parcelas de produtos ou serviços comprados a prazo sabe bem o que acontece: o nome vai parar no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Mas, e se o órgão encarregado de informar ao mercado quem está inadimplente não honrar seus próprios compromissos? É por essa situação, no mínimo inusitada, que a Câmara de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro, detentora da marca SPC na cidade do Rio, está passando…”

SALA

SPC se transferiu para duas salas na Avenida Treze de Maio, no Centro Foto: Djalma Oliveira

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/spc-deve-300-mil-em-aluguel-condominio-iptu-7858709.html#ixzz3TPEjE8FF


E a nova cara do Maradona, hein!? Será “irmã” de Xana em Império!

Agora. . .

MARAD

e antes. Ele é muito maluco mesmo!

Virou gozação do site Sensacionalista:

* “Maradona vai fazer irmã de Xana em Império”

Foto: Império/TV Globo

http://sensacionalista.uol.com.br/2015/03/02/maradona-vai-fazer-irma-de-xana-em-imperio/


“Primeiro clube a ter patrocínio de camisa no Brasil sofre para sobreviver”

Com este título o portal Uol deu destaque, hoje, ao nosso Democrata. Me fez lembrar esta foto, que está no site do Centro Democratense de Memória – http://memoriademocrata.blogspot.com.br/  , que mostra jogo festivo do Jacaré, nos anos 1990, no antigo estádio José Duarte de Paiva, onde hoje é uma loja do Supermercado Bretas. Grandes ex-craques do nosso futebol atuaram pelo time que era patrocinado na época pela Bombril. Da esquerda para a direita o torcedor e promotor deste jogo, Luciano Linguinha, Getúlio, Antenor, Pituca, Marcão (o Zé da Égua), Alves, Prexetes, Luiz, Vitor Braga, Tatá (massagista) e diretor de futebol, Paulo Oliveira; agachados: Renato Dramático, Maurício Oliveira (irmão do Marcelo), Éverton, Spencer, Reinaldo, Marcelo Oliveira e João Ligeiro, hoje empresário de futebol.

A reportagem do Uol, sobre o passado e presente do Jacaré, começa dizendo:

* “Quando uma portaria do Conselho Nacional dos Desportos (CND) autorizou que os clubes de futebol estampassem publicidade em suas camisas — até então era proibido — o mineiro Democrata de Sete Lagoas foi o primeiro a aderir legalmente à novidade, em julho de 1982. No início, o patrocínio foi da empresa mineira de material esportivo Equipe. O valor, de Cr$ 500 mil (equivalente hoje a cerca de R$ 19 mil), foi pago em uniformes, bolas, chuteiras e tênis. Logo em seguida, foi a vez do Ceará, que fez um acordo com a Associação Cearense de Cadernetas de Poupança. O banco Agrimisa também estampou as camisas do clube…”
Depois, o Agrimisa

E prossegue a reportagem do Uol:

* “… De acordo com José Ribeiro Neto,67, o Zezé, conselheiro do Democrata, o time foi o primeiro do Brasil a estampar um patrocinador após a publicação da portaria.

“A propaganda foi do Banco Agrimisa. O extinto banco Agrimisa era o antigo Banco Agrícola de Sete Lagoas. Nesta época eu era conselheiro. Eu não participei dessa transação. Tem gente da época, mas a maioria não lembra. O jogo foi Democrata e Cruzeiro, no Mineirão. Foi à noite e terminou 1 a 1. Foi o jogo em que o Democrata entrou com Banco Agrimisa nas costas. Lembro que o Mineirão estava vazio”, disse ele…”

A reportagem completa está no http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2015/03/04/primeiro-clube-a-ter-patrocinio-de-camisa-no-brasil-sofre-para-sobreviver.htm


Huracán teve competência para arrancar empate no Mineirão

Foto: Super FC

Não há jogo fácil na Libertadores da América, principalmente quando o adversário é um argentino. O Huracán não tem grandes destaques individuais, mas o coletivo é bom e joga no tradicional estilo manhoso dos portenhos, com ótimo toque de bola, poucos passes errados e muita calma para “cozinhar” o jogo. E foi assim contra o Cruzeiro, que teve o predomínio das ações, porém cauteloso, já que os contra ataques argentinos eram perigosíssimos e levaram grande risco ao gol do Fábio em pelo menos três oportunidades.

Marcelo Oliveira mexeu no intervalo, colocando Alisson no lugar do Willian, e aos 22 tirou De Arrascaeta, que não fez boa partida, e pôs Judivan. O time melhorou e Judivan esteve perto de marcar duas vezes.

O time começou com Fábio, Mayke, Leo, Paulo André e Mena; Willians, Henrique, Marquinhos e De Arrascaeta; Willian e Leandro Damião.


Autor do livro sobre Dirceu Lopes escreverá agora sobre o revolucionário treinador Martin Francisco

Os jornalistas Pedro Blank (esquerda) e Fred Wanderley, momentos antes da saída do Pedro para o Mineirão, para ver o Cruzeiro esta noite contra o Huracán, da Argentina. Autor do ótimo livro “O Príncipe – A real história de Dirceu Lopes”, Blank está prestes a iniciar uma nova obra biográfica, agora sobre Martin Francisco, treinador que que revolucionou o sistema tático do futebol com a criação do 4-2-4, nos anos 1950. Tive a satisfação de entrevistar o Martin, que era mineiro, de Barbacena onde nasceu em 1928, e morreu em Belo Horizonte, em 1982.

Sobre o Cruzeiro esta noite, Pedro aposta que o time vai “arrasar” o Huracán, iniciando a arrancada em busca do tri da Libertadores.

DIRCEU

Capa do livro “O Príncipe”.