Fabiana é bicampeã olímpica e capitã da seleção brasileira de vôlei. Lamentável que o racismo continue forte no mundo, mas pior que ocorra no Brasil e mais triste ainda: aqui em Minas, contra uma mineira. Além de ignorantes, estes idiotas que fazem isso são tapados, que fingem não conhecer a nossa história, do descobrimento até os dias de hoje.
O vagabundo foi preso, apesar de ela não ter registrado queixa. Certamente a ação penal deverá ser instaurada e vamos torcer que ele tome uma pena caprichada.
O jornal O Tempo twittou:
Imprensa internacional repercute racismo contra central Fabiana http://bit.ly/1yy4ISZ
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Ela contou que foi vítima de racismo durante um jogo da Superliga Feminina, ontem, durante o jogo do time dela, Sesi/SP contra o Minas, em Belo Horizonte. Menos mal que o imbecil e infeliz foi preso.
No site da Itatiaia está a declaração dela:
“Durante o jogo, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo a partida”, escreveu Fabiana em texto publicado em uma rede social.
No texto, a jogadora agradeceu ao clube adversário, que retirou do ginásio o autor dos insultos e o levou para uma delegacia. Mineira de Santa Luzia, a jogadora começou a carreira no Minas. O Sesi perdeu por 3 sets a 1 e a central foi a maior pontuadora do jogo, com 19 pontos.
“Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano”, afirmou.
Fabiana disse ainda estar muito abalada pelo ocorrido. “A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!”, comentou.
A colega de seleção de Fabiana, Sheilla Castro, também publicou em uma rede social mensagem de apoio à amiga. “Acho inadmissível ainda existir racismo. Minha amiga Fabiana Claudino ontem no jogo na sua terra natal, sofreu isso com um torcedor. Fiquei muito revoltada e triste. Ainda bem que o Minas Tênis Clube retirou o indivíduo e encaminhou para a delegacia!”.
A Superliga teve outros dois episódios de atos preconceituosos nos últimos anos. Em 2011, Michael, do Vôlei Futuro, ouviu insultos homofóbicos da torcida do Cruzeiro. No ano seguinte, também no ginásio do Minas, uma torcedora xingou Wallace, do Cruzeiro, de “macaco”.