A temporada termina com resultados altamente positivos para o futebol mineiro; o que não quer dizer que este ano será melhor que 2015. O futebol é cíclico e principalmente no Brasil o sucesso de ontem não garante um futuro feliz no ano seguinte. O Fluminense, campeão de 2012 foi rebaixado em 2013 (mas garantido no tapetão), é um bom exemplo. O problema começa pelas instituições brasileiras, que não têm credibilidade, principalmente no futebol. Sábado, um dos oito presidentes do América, reclamava da CBF, com toda a razão, que o regulamento está sendo descumprido, mas e daí? O clube está recorrendo contra os absurdos aos quais foi submetido pela própria CBF e STJD, porém com chances ínfimas de respaldo. O STJD, controlado pela suspeita entidade deveria ser o órgão regulador do nosso futebol, como as agências reguladoras de serviços essenciais ao país, que também não funcionam.
Cada órgão desses é mais um cabide de empregos para abrigar “companheiros” e correligionários do atual sistema governamental federal. Da mesma forma como era no governo FHC.
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Sabe-se lá o que o América vai conseguir no tapetão, mas é uma luta difícil já que os erros inadmissíveis do próprio clube foram os responsáveis por esta situação absurda. Marcos Salum reclamou dos xingamentos da torcida na goleada sobre o Sampaio Correia, mas precisa refletir: é um dirigente acima da média, mas a equipe que ele comanda no clube cometeu um erro inaceitável e isso tem um preço, caro.
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A partir de agora e nas próximas semanas a curiosidade geral será em torno do sucessor do Alexandre Kalil no Atlético, Daniel Nepomuceno. Nos últimos contatos pessoais que tive com o novo presidente do Galo, impressionou-me a tranquilidade dele. Assumir um “monstro” como este (dizia o saudoso Elias Kalil), é responsabilidade gigante.
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A tendência é que Atlético e Cruzeiro briguem na prateleira de cima novamente em 2015. Manterão as suas estruturas administrativas, suas comissões técnicas e os grupos de jogadores. Enquanto isso os principais concorrentes se engalfinham em crises políticas. Riscos maiores poderão ser os gaúchos.
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Daniel Nepomuceno tem perfil de um administrador de maior abertura maior que Kalil, menos centralizador. Mas sabe que a fórmula para que o Galo dê certo passa por métodos iguais ou semelhantes ao do antecessor. Contará com o mesmo grupo que tirou o clube do atoleiro e tem tudo para ter sucesso na função.
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Diferente do que penso da saída de Marcus Salum do comando do futebol do América, acredito que Daniel Nepomuceno será um competente sucessor de Alexandre Kalil no Galo. Trabalhou com ele durante seis anos em dois sucessivos mandatos e conhece o caminho das pedras. Além do mais, todo o grupo do Kalil, do qual ele faz parte, continuará com ele no comando.