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Dicas para evitar futuros fracassos

Nunca é tarde para avaliar o que levou um time como o do Cruzeiro perder a final da Libertadores da América dentro de casa. O Alisson Sol, mineiro e cruzeirense, mora na Inglaterra. Reviu o jogo para emitir a sua opinião. Vale a pena ler e refletir:

“Passada uma semana, finalmente pude ver a partida final da Libertadores completamente. Isto confirmou a minha opinião de que esta conversa de nervosismo é desculpa de perdedor. Faltou foi futebol dentro de campo, e boa preparação por parte da equipe técnica na parte de fora. Vídeos motivacionais à parte, será que foram passadas informações técnicas aos jogadores do Cruzeiro antes da partida final da Libertadores? Será que o time tinha uma tática pronta para o caso de começar vencendo, e outra para o caso de começar perdendo? Quem seria o responsável por iniciar a ação ou uma eventual reação?

Pergunte a qualquer torcedor de futebol na Inglaterra o que pensa de Verón. A resposta provavelmente virá em forma de pergunta: aquele que foi um fracasso no Manchester United e depois no Chelsea? Este Verón, que ficou parecendo ser o maior craque do mundo após esta partida, foi por algum tempo a maior transferência do futebol inglês, ao ser adquirido pelo Manchester United. Fracassou, pois era marcado e perdia a bola frequentemente. Foi então vendido ao Chelsea, onde tentou provar que o problema era o Manchester United, e não ele. Fracassou novamente. Verón é conhecido na Inglaterra por “perder a posse de bola que causou algum contra-ataque”. É fácil pesquisar na Internet por “Veron loses possession”. Exceto talvez pelos torcedores do Estudiantes, a maioria dos argentinos também odeia Verón, que é considerado no país o culpado pelo fracasso da equipe em 2002. Será que ninguém no Cruzeiro se deu ao trabalho de pesquisar isto? 

Tendo as informações acima, ainda não consigo entender como Verón conseguiu passar por Marquinhos Paraná como se o jogador não estivesse em campo. O Adílson indica o jogador, o clube adquire, e este jogador é sempre colocado em campo por ter a confiança do treinador. Como pode o jogador simplesmente ver um adversário cortar para o meio de campo, em uma final de Copa, e observar como se isto fosse apenas mais um lance de treino? Não há nervosismo que explique isto, e o que faltou pode ter sido ou futebol, ou preparo físico. É difícil acreditar que tenha faltado preparo físico naquele momento da partida, ainda no início do segundo tempo. E não havia qualquer razão para nervosismo, pois o time estava ganhando.

Há uma semana escrevi, após ver apenas os lances dos gols, que Marquinhos Paraná deveria ter feito uma falta em Verón. Após ver toda a sequência, creio que Marquinhos Paraná deveria ter recuperado a bola, e com facilidade. Após esta primeira falha, há a lerdeza do jogador que vai atrás do lançamento (Thiago Heleno?) e que se dá ao trabalho de colocar a mão para trás antes de facilitar o cruzamento entre ele e a linha de fundo. Segue-se um frango memorável do goleiro Fábio, que provavelmente estava domindo até então. Mas pior que esta absoluta falta de futebol dentro de campo, é notar a inação fora de campo. Placar de 1×0, em final de Copa, é goleada. Era hora de Adílson atuar e, repito o que escrevi antes, colocar Sorín em campo. Eu sei que Sorín nem estava no banco. Isto é um erro que vai do treinador ao presidente do clube. Nada pessoal, mas Sorín por 5 minutos em campo valeria mais do que Athirson por 45 minutos. Inaceitável como um erro destes pode ter acontecido.

Espero que fique o aprendizado para o Adílson, e para toda a administração do Cruzeiro, que creio que tem todas as condições de voltar à Libertadores via Campeonato Brasileiro. Como o Corinthians já tem uma vaga, creio que não é nada impossível termos os dois clubes de Minas Gerais na Libertadores em 2010. Se não cometer o erro de dedicar-se à ridícula Copa Sul-Americana, o Atlético só tem de manter o ritmo, o que não deve ser difícil. O clube não deve perder jogadores agora na janela de transferência da Europa, e tem hoje um dos poucos grandes técnicos do país que ainda não tem um grande título nacional, e vai fazer de tudo para consegui-lo este ano”. 

Alisson Sol


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