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Defeitos de caráter herdados da Corte

Nos dias seguintes a toda tragédia como aquela de sexta feira no anel rodoviário a imprensa sai entrevistando as famílias das vítimas fatais. Num país onde as novelas são as maiores atrações da televisão, fica tudo parecendo obra de ficção. Uma vergonha!

Pior é que “autoridades” e até alguns filósofos são entrevistados para falar das causas, efeitos e possíveis soluções, e falam, quase sempre as mesmas inutilidades. Radar que não funciona há anos, por falta de licitação. Pode?

Mas, a razão de tudo, basicamente, é uma só: a impunidade. O motorista do caminhão que provocou as mortes e os feridos, certamente está em casa ou já dirigindo outra carreta, enquanto as famílias sofrem suas perdas irreparáveis.

Ontem, um Ministro do Supremo deu uma canetada para amaciar políticos corruptos e, ou, acusados de corrupção. Os grandes exemplos de impunidade vem de cima, alimentando e incentivando delitos de maior e menor gravidade país afora.

Quem lê o livro do Laurentino Gomes, 1808 , a história da vinda da família real para o Brasil, entende melhor porque a sociedade brasileira é desse jeito.


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Comentários:
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  • Renato César disse:

    Não se trata de estudar mais História. Portugal foi o primeiro território a se organizar como Estado, ou seja foi o primeiro país a surgir. Mas as pessoas que saíram de lá, nunca implantaram um conceito de nação em suas colônias.

    É claro que quando falo de colonização inglesa trazendo um outro resultado, estou considerando tudo que o território brasileiro oferece: terras produtivas, florestas, recursos hídricos, recursos mineirais, etc.

    Transformar este país em uma verdadeira potência hoje exige uma completa transformação cultural. Tirar do brasileiro a “Lei de Gérson” (que parece ter sido instituída aqui muito antes da chegada dos portugueses) e fazê-lo pensar no Estado como nação é algo extremamente complicado.

    Mas se Deus quiser e, principalmente, se cada um de nós passar a fazer (ou continuar fazendo) a sua parte, um dia este território será habitado por um povo decente, que entende a coletividade e o bem estar social acima dos interesses individuais.

    Atenciosamente,

    Renato César
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  • Alisson Sol disse:

    O Brasil, se tivesse sido colonizado por ingleses, seria o Brasil falando Inglês, exatamente como a Inglaterra o é, sem ter sido colonizada por ninguém. A corte já foi embora do Brasil há bastante tempo. Culpar Portugal hoje pelos erros do Brasil é comodismo. Com o dinheiro da União Européia, Portugal hoje tem boas estradas, boas escolas, e tem aos poucos se tornado um grande destino turistico dentro da Europa.

    O trânsito do Brasil precisa de uma solução simples: tirar grande parte do transporte de carga do sistema rodoviário e passar para o sistema ferroviário. O mesmo teria de ser feito com o transporte de passageiros. Mesmo com uma população mais educada, sempre vão existir acidentes. O que fica difícil entender é como o Reino Unido, com uma área menor que a metade de Minas Gerais, transporta hoje mais passageiros no sistema ferroviário por dia do que o Brasil inteiro.

    E vamos estudar mais História gente. Ex-colônias inglesas incluem a Africa do Sul, a India, e o Zimbabwe… Bons países, mas não necessariamente melhores que o Brasil.

  • Renato César disse:

    Também acho que a nossa cultura é a maior responsável por todos os problemas do nosso país. Tenho dito que se o Brasil tivesse sido colonizado por ingleses, seríamos hoje a maior potência mundial. Temos tudo para tornar isto realidade. Só não temos povo para isto.

    Sobre estes acidentes que ganharam mais força na mídia com o acontecimento da última sexta, as autoridades sempre falam em radar. Instalar radar é mais fácil. Estabelecem um limite de velocidade ridículo, multam dezenas de veículos por minuto e enchem os bolsos de dinheiro. E num universo de 30 acidentes por semana com vítimas (de lesões leves a graves), conseguem evitar no máximo um. Mas os bolsos deles ficam cheios (e os nossos vazios)!

    Mas o povo tem o que merece. Na campanha do ano passado, o Márcio Larceda falava em aumentar a fiscalização no trânsito para fazer com que as Leis fossem cumpridas. E ele foi duramente criticado. O Quintão alegou ‘indústria da multa’ e o povo, que não queria ser punido, pressionaou, e ele teve que recuar para não perder a eleição. Mas na hora que acontece um acidente, aí vem o povo de novo dizer que “um avançou o sinal”, “estava correndo”, “não era habilitado”, “estava bêbado”.

    Culpa de um povo conhecido por seguir fielmente a “Lei de Gérson”!

    Atenciosamente,

    Renato César
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