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Kalil: “Quem ignora a torcida é burro”

Em excelente entrevista ao repórter Gláucio Castro, Alexandre Kalil, abriu o verbo ao Jornal Hoje em Dia, que estreou novo portal hoje.

Vale a pena conferir o www.hojeemdia.com.br

Confira a fala do presidente:

Na foto do Carlos Rhienck, um sorriso raro do presidente do Galo

 “Filho do ex-presidente Elias Kalil, que dirigiu o clube entre 1980 e 1985, o empresário Alexandre Kalil, 50 anos, está a pouco mais de um mês de completar um ano à frente da presidência do Atlético. Polêmico, mas bem mais tranquilo do que em outras oportunidades, o dirigente ficou conhecido por sempre falar o que pensa, doa a quem
doer. Ele é o 43º presidente a comandar o centenário clube alvinegro mineiro.

Em entrevista exclusiva ao Portal do HOJE EM DIA, Alexandre Kalil revela que já está trabalhando de olho no ano de 2010. “Renovar o contrato com Celso Roth é a primeira ação”, antecipa o dirigente. O treinador explica ainda como  conseguiu manter Diego Tardelli, trazer Ricardinho, além de colocar o Atlético na ponta da tabela do campeonato Brasileiro 2009. 

 O HOJE EM DIA acaba de colocar no ar um portal de Internet. Como o senhor avalia a chegada de mais um veículo de comunicação em Minas Gerais?
O Hoje em Dia está de parabéns. É mais um instrumento importantíssimo. O portal é muito mais ágil. No caso das notícias de futebol, por exemplo, que é o que eu mais vejo, elas vêm menos detalhadas, mas a informação chega mais rápido. Quando a gente soltou a informação de que o Atlético contratou o Ricardinho, em questão de segundos já estava na Internet. É o que eu falei da agilidade. Aí depois você compra o jornal no dia seguinte para saber quantos anos de contrato, onde ele estava, quanto custou, além de todos os outros detalhes. O portal é a notícia fresca, mas o jornal é mais detalhado. Por isso, cada um cumpre uma função específica.
O senhor vem utilizando muito a Internet pelo Twitter. Como está sendo esta nova experiência?
Me explicaram como era o twitter, que eu não conhecia. Me mostraram que poderia ser um canal direto, que não tem filtro, que eu leio se eu quiser, atualizo quando quiser. Quando me enche o saco eu não leio. Tem muito palavrão, tem muito cruzeirense, mas 99% do que publicam lá é legal. É a comunicação direta. Eu não preciso da imprensa para falar. Na semana passada, entraram mil novos seguidores. Estou com quase 20 mil seguidores.
 

E o senhor aproveita muita coisa que publicam no seu twitter?
Não. Você consegue saber o pensamento da maioria. Quem ignora torcida é burro. Não posso dizer que só eu estou certo. Você começa a observar e percebe que, se o pensamento de muitas pessoas que nem se conhecem estão condensando a mesma ideia, alguma coisa tem a ver. É a lógica da humildade.

 

O senhor já deixou claro em outras entrevistas que nem sempre vai atender o que a torcida quer. Ainda continua pensando assim?
Eu só vou atender a torcida quando a torcida pensar igual a mim. Eu não vou ser levado pela torcida. Quem manda sou eu, quem escolhe sou eu. Eu não me iludo com esta bobagem. Sei que de cada dez atitudes, nove são contra ao que a torcida pensa. Mas só a gente aqui dentro sabe o que tem que ser feito.

 

No dia 31 de outubro, o senhor completa um ano à frente da presidência do Atlético. Qual a avaliação que o senhor faz deste período?
Acho que foi um ano bom. Posso dizer que foi positivo e gratificante. Aprendi muito, mas ainda estou aprendendo bastante. Cada dia é diferente. Acho que vou estar mais bem preparado em 2010 do que em 2009.
Qual foi o momento mais difícil até agora da sua gestão?
Sem dúvida foi quando eu tomei posse. A gente tinha meses de salários atrasados. Jogadores às pencas para a gente dispensar. Este foi o momento mais difícil e muito complicado, que a gente precisava agir rápido e com consciência.

 

O senhor vem falando sempre que está “enxugando” o clube para canalizar os recursos todos para o futebol. Só isso é suficiente?
Não. Tem que ter calma. Não pode escutar tudo que a torcida fala a tempo e a hora. Tem que negociar jogador com  calma, em segredo. Não pode deixar vazar para a imprensa as negociações que você está fazendo porque senão vai inflacionar. É um monte de coisa que a gente vai aprendendo, não é. São alguns detalhes que fazem a diferença.
Todo dirigente de time grande garante que precisa vender pelo menos dois jogadores por ano para manter o clube. No Atlético a situação foi ao contrário. O senhor conseguiu manter um dos jogadores mais importantes hoje do futebol brasileiro, que é o Diego Tardelli. Como isso foi possível?
Quando nós fizemos o planejamento do Atlético para 2009, nós não imaginávamos que o valor do Diego Tardelli ia pular de 400 mil euros para 10 milhões de euros. Eu não imaginei que aquele jogador, que eu comprei há nove meses, iria chover proposta nele. Então, quando nós fizemos o planejamento de pagamento de salários e prêmios, foi tudo baseado no que a gente tinha. Foi com esta lógica. Por isso nos demos a oportunidade de fazer e manter este time competitivo.
E nesta reta final do Campeonato Brasileiro, este time competitivo vai brigar por que? O sonho do título ainda está vivo?
O Atlético tem ambição. A torcida tem ambição. Quem acha que o Atlético se pequenou não conhece o Atlético. Estamos na briga pelo título.
O Atlético acaba de contratar o armador Ricardinho, um antigo sonho da torcida e de outros times. Outros reforços podem vir ainda neste ano?
Não. As contratações terminaram. Não tem nem mais tempo para isso porque as inscrições se encerram no fim do mês e o Atlético leva uns dois meses negociando um atleta. As coisas não acontecem da noite para o dia. Este ano não vem mais ninguém.
 

O sócio-torcedor é um projeto do Atlético?
Claro. A gente não sabe aonde os jogos vão acontecer no ano que vem. Por isso ainda não lançamos, mas é um plano nosso, com toda certeza. Bilheteria vai acabar no futebol. Isso é só uma questão de tempo. Quem tem o próprio estádio já acabou com bilheteria. O sócio-torcedor é o caminho para o futuro do futebol.
 

O Atlético vem pagando as dívidas que contraiu em outras administrações?
O Atlético não pagou dívida de ninguém. O clube não tem dinheiro para pagar R$ 250 milhões. Está tudo em auditoria. Isso é assunto de balanço, não é assunto de entrevista.
 

O Ricardo Guimarães tem alguma participação dentro do Atlético atualmente?
Não. Absolutamente não.
 

O senhor já começou a planejar 2010?
Claro. Não podemos parar. Nossa prioridade é renovar o contrato com o técnico Celso Roth e com os jogadores, que no fim do ano a gente julgar que são importantes para o nosso trabalho em 2010.
 

O senhor gostaria de deixar algum recado para os torcedores?
Eu acho que a torcida já fez muito pelo Atlético. Está na hora da gente fazer alguma coisa por ela. Os torcedores indo para a fila e comprando ingresso já está ótimo.


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Comentários:
5
  • quem ignora uma competição internacional, de que podemos chamar? em 2008 O INTER FATUROU 1,6 (hum milhão e seiscentos mil DOLÁRES) com a sulamericana, ganhou mais uma grana participando da recopa e este ano foi campeão lá na ásia. imaginem a visibilidade que o time teve disputando vários jogos internacionais, saindo da bobagem de ficar soltando foguetes na derrota do adversário mineiro. a estratégia de poupar o time não pode ser apoiada. a equipe joga no fim de semana em Recife, deveria ter mesclado o time com alguns juniores e lutado para classificar-se.

    minha humilde opinião.

  • NELINHO disse:

    FALA CHICO, MEU AMIGO QUERIA TE FALAR SOBRE O RUINAN OLIVEIRA, TA MAL DIMAIS, PESSIMO, UMA LASTIMA!
    zAGUEIRO DIEGO É BOM JOGADOR, MERECE CHANCE NO TIME PRINCIPAL.
    ABRAÇO.

  • Paulo disse:

    Chico, a resposta abaixo deixa clara uma coisa: O Atlético completou 100 anos no ano passado, encerrou as atividades e o Kalil começou um novo centenário. Dia 31 de outubo o Atlético comemora o primeiro ano de vida. Legal! É um jeito simples de não honrar os compromissos. Ta vendo Zezé! Burro é você que fica vendendo jogadores para as dividas.

    “O Atlético vem pagando as dívidas que contraiu em outras administrações?
    O Atlético não pagou dívida de ninguém. O clube não tem dinheiro para pagar R$ 250 milhões. Está tudo em auditoria. Isso é assunto de balanço, não é assunto de entrevista.”

  • guerra disse:

    Chico, o pensamento dele é o que queremos, é darmos a mãos e nos unirmos assim criaremos forças para conseguir, nosso intento.
    Agora a Torcida tem que dar agora a sua parcela de contribuição, ou melhor o agradecimento, pelo o que o Kalil tem feito, em nos dar um time, competitivo e podermos almejar coisas bôas no futuro, que poderá ser bem próximo, temos que LOTTAR o mineirão e ajudar ele pagar os salários todo mês, é o inicio da união torcedores/diretoria.

    Chico, lá no hoje em dia, o comentarista Afonso Leite, deu uma idéia que achei ótima, trocar o shopping por uma estádio de mínimo 50 mil seria a redenção de nosso clube, mas teria que colocar uma clausula nele, não poderia ser penhorado por ninguem e por juiz nenhum, que acha?

  • Luciano disse:

    Otima entrevista do Kalil, original como só ele, como atleticano não aguentava presidente frouxo q só sabia reclamar. O Kalil é atleticano e quer o melhor do clube e bota a mão na massa para conseguir!