Blog do Chico Maia

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Isso não se faz

Ainda não sei de quem foi a falha, mas isso não pode mais acontecer em Sete Lagoas. Os tempos de perseguição e retaliação política ficaram para trás, e temos que pensar para frente. Tenho certeza que o prefeito Maroca não sabia, pois se soubesse, teria agido a fim de impedir uma injustiça grave.

O fato é que quem conhece a história do Democrata sentiu muito ausências importantíssimas na solenidade de hoje, quando o governador Aécio Neves oficializou as obras de conclusão da Arena do Jacaré: Humberto Timo e Joaquim Henrique Nogueira.

O primeiro, foi quem construiu o estádio, em tempo recorde e com pouquíssimos recursos, além de ter retornado com o time ao futebol profissional.

Numa sequência difícil de se conseguir, saiu da terceira, para a segunda e primeira divisões, consecutivamente. E, reconhecido até por seus adversários políticos, como um dos mais apaixonados democratenses que a cidade já conheceu. Seus eventuais equívocos não justificariam jamais a falta de um convite para a solenidade, porque tudo o que está acontecendo de bom agora, não seria possível se não fosse a coragem e competência dele, para levantar aquela obra e tirar o Democrata do limbo.

Entretanto, estava lá, no palanque, o Senador Eduardo Azeredo, que não colocou um tijolo sequer nesta obra, enquanto ficou quatro anos no Palácio da Liberdade, como governador do Estado. Com todo o respeito, eu disse isso pessoalmente ao Senador, no dia da inauguração da Arena, quase quatro anos atrás. O estádio definhava, a erosão comia o barranco onde seriam as arquibancadas, e o governo Azeredo desconheceu que ali poderia estar a redenção do Democrata e da própria cidade.

Tudo bem, Azeredo é uma autoridade importante, merecia estar ali no palanque hoje, até fazendo discurso, como fez, não só por isso, mas pela Iveco, esta sim, uma realização pessoal dele em favor de Sete Lagoas e região. Mas o Humberto Timo tinha que ter sido chamado, se não para o palanque, pelo menos para a solenidade.

O outro ausente, Joaquim Nogueira, simplesmente foi quem doou o terreno. Sinceramente não consegui saber se ele foi convidado ou não. Perguntei a várias pessoas, que entretanto não souberam me responder. Não deu tempo de telefonar para ele antes de escrever esta coluna porque o jornal tinha de ir para a gráfica. Mas sempre que ele é chamado para alguma solenidade, comparece ou manda um neto representá-lo. E não vi nenhum neto dele ontem lá.

Lamentável. Que este triste episódio sirva de exemplo para que no futuro novas injustiças como essas não ocorram em nenhum segmento da vida da cidade onde haja a participação de muitas pessoas na realização de grandes conquistas.


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Comentários:
1
  • Rosália disse:

    1. Prezado Chico Maia,
    li com estranheza suas afirmações em relação ao senador Eduardo Azeredo. Eu, mesma, como sua assessora, participei de várias reuniões, nas quais Azeredo reivindicou e trabalhou pelas melhorias para a arena do Jacaré.
    O senador recebeu em seu escritório de Belo Horizonte, por mais de uma vez, representantes do Democrata, onde recebeu o reconhecimento pelo seu empenho em favor da equipe de Sete Lagoas.
    Azeredo,por exemplo , solicitou pessoalmente ao governador Aécio Neves a inclusão do campo do Democrata no programa estadual de iluminação dos campos de futebol de Minas Gerais
    É lamentável l realmente que injustiças como esta continuem ocorrendo.
    Rosália Dayrell