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Embarco nesta quinta para Copenhague

O Rio e as Olimpíadas 

Embarco amanhã para Copenhague, de onde serão os nossos próximos contatos a partir da próxima coluna, segunda feira. Vamos ver de perto a eleição da cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016, que pode escalar, pela primeira vez na história, uma cidade da América do Sul para tal missão. O Rio de Janeiro nunca esteve tão forte, e finalmente, pode conseguir realizar o sonho acalentado há tantos anos por Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.

É o XII Congresso do Comitê Olímpico Internacional – COI, que será realizado do dia primeiro ao dia nove de outubro na capital dinamarquesa. Chicago, Tóquio e Madri são as demais finalistas nesta verdadeira guerra de bastidores, que envolve acima de qualquer coisa, muito, mas muito dinheiro.

Ganha, quem faz o melhor lobby, obviamente com os maiores recursos financeiros, além do empenho das principais personalidades políticas, esportivas e artísticas de cada país pretendente.

O comando dessa candidatura brasileira é o mesmo das anteriores e demonstra que aprendeu com os próprios erros do passado. Por isso, dessa vez o Rio de Janeiro aparece como o mais forte candidato, de acordo com os sites de apostas especializadas no assunto, e não como um simples azarão.

Tacada

Os especialistas no assunto garantem que a grande tacada do Comitê Rio’2016 foi a contratação do lobista inglês Mike Lee, o grande estrategista da vitória de Londres sobre Paris na corrida pelos Jogos de 2012. Junto com o então primeiro-ministro      Tony Blair, detonou com o franco favoritismo francês e surpreendeu ao mundo com a indicação da capital inglesa.

Estas e outras notas estarão em minha coluna de amanhã, no jornal O Tempo, nas bancas!


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Comentários:
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  • Frederico Dantas disse:

    Se Deus é mesmo brasileiro, essa Olimpíada não virá pra cá. Não vamos suportar uma sangria maciça aos cofres públicos, mais do já ocorre de praxe, em tão pouco espaço de tempo.

  • Alisson Sol disse:

    Se tudo correr bem, o Comitê Olímpico Internacional vai entregar as Olímpiadas de 2016 para Chicago, apesar da enorme rejeição da escaldada população americana, que não vê isto como uma prioridade para o país, ou para a cidade de Chicago.

    Hospedar um grande evento é uma boa motivação para “preparar a casa”. Contudo, esta é uma mentalidade contra a qual devemos todos lutar, ao invés de incentivar. Todos desejam viver em uma cidade que é sempre limpa, segura, com bom transporte, boas escolas e hospitais. Se a prioridade para uma cidade é construir um gigantesco novo estádio, isto deve significar que todas as escolas, hospitais e outros serviços públicos estão em perfeito estado. Há sempre esta afirmação de que dinheiro “vem” para a cidade e país que sediam uma Copa ou Olimpíada, e que tal dinheiro não viria sem o evento. Mas este não é dinheiro que vem para ficar. É dinheiro emprestado, com altos juros, que paga por custos inflados, e depois tem de ser retornado ao credor.

    Por analogia, é como se você não tivesse dívidas, e de repente decidisse ser o anfitrião de uma festa para toda a sua família, para a qual seria necessária uma casa para abrigar 100 pessoas por um mês. Você não tem o dinheiro, mas consegue um empréstimo de um banco, muito interessado em ser um dos patrocinadores do histórico evento (além de uma empresa de bebidas, uma empresa aérea, etc.). Apesar de alguns problemas de última hora, a festa é um sucesso, e gera grande publicidade e memórias para a posteridade.

    Depois que a festa acaba, você fica com uma enorme casa, que é impossível vender recuperando os gastos, pois ninguém precisa de uma casa para 100 pessoas. No máximo, consegue-se diminuir o prejuízo periodicamente alugando a casa para um evento. Mas, de certo mesmo, ficam apenas as prestações do empréstimo. Você não poderá pagar uma boa escola para seus filhos, ter um bom seguro médico, ou guardar para a aposentadoria. Pelo resto da vida, trabalhará principalmente para pagar as despesas daquele festa.

    Mas, para a analogia com uma Copa ou Olimpíada ser mais honesta com a maioria da população, a festa não pode ocorrer na sua família. Você deve imaginar que um vizinho decidiu fazer a festa, apesar dos seus conselhos. Depois da festa, seu vizinho declara falência, mas o empréstimo bancário ainda deve ser pago, para “evitar um colapso do sistema financeiro” (já escutou esta?!). O governo assume a responsabilidade do empréstimo, e devido a mais esta despesa, os impostos aumentam. E você nem sequer foi à festa!

  • o Rio de Janeiro já está escolhido para 2016, só vão formalizar.
    COPA 2014 e OLIMPIADAS 2016 NO BRASIL, podem me cobrar!