Blog do Chico Maia

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Duas pilhas ou duas pingas?

Um dia antes de viajar, almocei com o atleticano Henrique Bandeira, da Copasa, e o cruzeirense José Luiz, da agência de publicidade Espontânea (que está mudando de nome para Popullus), e MPM. Bandeira perguntou: “o seu inglês é bom Chico?”.

Ah ah ah… É péssimo, respondi! Mas, dá para me virar e não passar fome, nem me perder!

Diferente do dele, escorreito, de causar inveja em qualquer professor de Harvard, ou Oxford, ou até Cambridge, a mãe das universidades, onde mora o Alisson Sol, mineiro de Ituiutaba, cruzeirense, belorizontino por opção e cidadão do mundo por profissão, executivo de uma gigante da tecnologia.

Depois de uma hora dentro do trem fui ao vagão-restaurante e resolvi matar a inveja de um alemão que estava numa cadeira perto de mim, tomando um daqueles copos de quase um litro da cerveja de trigo deles: Franziskaner.

A gentil senhora que me serviu entendeu “duas”, e depois da fila e da demora para ser servido e receber o troco, nem pensei em recusar. Peguei logo os dois copões e voltei para o meu lugar. Uma foi tomada em homenagem ao aniversariante de ontem, Mota Couto, torcedor do América, feliz em ter ascendido à segundona nacional, como todos nós, aliás.

Essas duas cervejas me fizeram lembrar o batizado do meu afilhado Diogo, no início dos anos 1980. Compadres Ticau e Sil resolveram marcar para um domingo de carnaval, às 10 horas. Naqueles tempos eu participava do bloco Supérfluo em Sete Lagoas. Quer dizer: iríamos todos, direto do carnaval para a Igreja. Em frente à paróquia havia um bar-mercearia. Eu seria também o fotógrafo do batizado e minha câmera estava sem pilhas. Entrei no bar, pedi duas pilhas. O rapaz entendeu “duas pingas”. Na hora que as duas pingas eram colocadas no balcão, chegava a Lalú, tia da criança, dizendo que o padre estava “p” da vida por causa do atraso. Diante da necessidade, da pressa, tomamos as duas pingas e pedimos as duas PILHAS!

Como podem ver, idioma e fonética são coisas complicadas, e nem sempre um inglês ou português “escorreito” resolve.


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