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A despedida do Sorin

Os elogios foram gerais à organização e o clima da festa do argentino Sorin, em sua despedida dos gramados na quarta feira. Mas pouca gente falou do excelente trabalho do departamento de marketing do Cruzeiro, comandando pelo Antônio Claret Nametala, cuja equipe se empenhou e mostrou a competência habitual.

E a repercussão continua. Rogério Perez escreveu na coluna dele de hoje no jornal Hoje em Dia:

 

“Festa para Sorín foi espetacular

A despedida de Juan Pablo Sorín, o Juampi dos argentinos e ídolo da torcida cruzeirense, foi em grande estilo e deveria servir de modelo para tantos outros craques e ídolos de Belo Horizonte, de Minas e do futebol brasileiro, que nunca foram homenageados ou lembrados. Sorín teve a homenagem merecida e ficou emocionado como todos que foram ao Mineirão ou viram a celebração pela televisão ou ouviram e leram nas diversas mídias. Ele, sua família, seus amigos, convidados e fãs participaram de uma festa de amizade e de respeito ao ser humano, ao ídolo, ao craque de futebol. Parabéns a todos que participaram e que idealizaram o jogo Cruzeiro 2, Argentinos Juniors 1, aos que aplaudiram e foram grandes com a louvação da amizade e da solidariedade. A comunhão de gente do futebol, dos esportes, da cultura, da música e de todos setores de atividades mostrou que o futebol pode ser mais importante que as disputas, títulos e copas. Gracias, Sorín…”


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Comentários:
24
  • Nelson Oliveira disse:

    Pois é neh Bruno Silva, o Sorin tem mais experiência, títulos importantes que todo o elenco do Atletico, é mais conhecido que seu Clube Centenário que é regional.

    Mas estou gostando da rivalidade desse ano, pois achei que o Clube Centenário estava sucumbindo e seus torcedores andavam sempre de cabeça baixa, olhavam os cruzeirenses de baixo pra cima. E hoje o Clube está suspirando, os torcedores voltaram a discutir e a sonhar, mesmo sendo momentâneo esse sentimento.

    Somos exigentes não sonhadores.

  • Bruno Silva disse:

    Mas acho que em uma coisa o Sorín tem mérito. Conseguiu levar 50000 simpatizantes ao campo. Coisa rara de acontecer. Ah, me esqueci, é que foi de graça né? Time sem torcida é triste.

  • Bruno Silva disse:

    Este Nelson deve ser comediante. O que o Sorin ganhou em sua carreira? Absolutamente nada. Com excessão do Cruzeiro, foi dispensado de todos os clubes por onde passou. Na seleção argentina fez parte de um time que não ganhou nada em 15 anos. Na verdade, o Sorin é um fracassado do futebol. Na minha opinião, um peladeiro. Então Nelson, na verdade, adoramos qdo vc e os demais simpatizantes se acham superiores. Assim como foi com o Estudiantes, e por último, o Fluminense. Mas uma coisa vc e os demais torcedores fantasmas (lê-se cruzeirenses) já perceberam: a vida fácil acabou. E é bom vcs secarem mesmo. Se o Galo chegar ao título, o pesadelo de vcs sera bem pior que o da Libertadores. Até 06 de dezembro.

  • Ricardo disse:

    E tem mais!
    tem que passar pela Andréia Neves, irmã do aécio( mais conhecida por mão de tesoura).

    Leia:
    http://blogrw.wordpress.com/2009/10/13/aecio-neves-censura-imprensa-em-minas-gerais/

    Ainda seguindo os moldes do regime militar, Aécio Neves colocou sua própria irmã, Andréia Neves, para vigiar as redações dos jornais e emissoras de rádio e TV mineiras. Durante o lançamento de um projeto do Governo, na última semana de junho, Andréia Neves passou a tarde na redação da Rádio Itatiaia. Nenhum texto foi ao ar sem antes passar pelo crivo da irmã do governador. Um chefe de redação foi impedido de marcar entrevista com um sindicato. O mesmo se rebelou e pediu demissão.

    Nem a poderosa Rede Globo resistiu às pressões do governador. Depois da série de matérias sobre a venda de crack a poucos metros do Departamento de Investigações da Polícia Civil, caso noticiado no Jornal Nacional, a Globo Minas teve que transferir seu diretor de Jornalismo para Alagoas, após um telefonema da irmã de Aécio para a sede da emissora. Também por interferência do Palácio da Liberdade, o jornalista Gilberto Menezes perdeu seus programas Palavra Cruzada, na Rede Minas, e Café com Notícia, na TV Comunitária, neste último caso envolvendo interesses do PT mineiro.

    Entrevista com o jornalista Gilberto Menezes sobre a censura do governo estadual, a participação do PT e a situação do jornalismo no Brasil

    No dia 02 de junho de 2004 jogaram Brasil e Argentina no Mineirão pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Ante o estranhíssimo fato de que somente 40.000 ingressos haviam sido colocados à venda, Jorge Kajuru, então repórter da TV Bandeirantes, foi à entrada reservada aos portadores de necessidades especiais e ali noticiou que 10.000 convites haviam sido distribuídos pela CBF e pelo governo de Aécio Neves. Depois de denunciar o fato e ser encorajado a continuar com a denúncia pelo seu próprio superior (que lhe falava ao vivo, ao ouvido, no que os jornalistas chamam de “ponto”), Jorge Kajuru chamou o intervalo comercial com um “voltamos já”. Jamais voltou e foi demitido uma semana depois.

    O ex-editor de esportes da TV Minas, Ulisses Magno – também profissional com longa trajetória na cobertura esportiva em Minas Gerais – gravou uma seqüência de imagens em que aparecia o então técnico do Cruzeiro, Vanderlei Luxemburgo, esbravejando e xingando um jogador. O vídeo da TV Minas deu voltas no Brasil todo e repercutiu nacionalmente. Zezé Perella, presidente do Cruzeiro e ex-deputado pelo PSDB, avisou em tom de brincadeira a Magno que “agora que Aécio vai assumir vamos te mandar embora.” Aécio é conhecido torcedor do Cruzeiro. A lei proíbe a demissão de funcionários estaduais durante os primeiros 100 dias de um mandato do governador. Magno foi demitido da TV Minas depois de 103 dias da gestão de Aécio.

    Em todos esses casos, as vítimas testemunharam que seus veículos de comunicação sofreram intensa pressão do governo do estado, especialmente na pessoa da capanga-mor Andréia Neves. Também testemunharam que depois de suas demissões ninguém em Minas Gerais aceitava dar-lhes emprego, nem mesmo, como disse um deles, de “jornalista de sindicato do interior.”

    Toda essa história está contada com detalhes nesse imperdível vídeo-documentário intitulado Liberdade, essa palavra. Se você se interessa pela liberdade de imprensa, reserve 22 minutos para assistir Liberdade, essa palavra. O documentário é trabalho de conclusão de curso de jornalismo (na UFMG) de Marcelo Baêta, e mostra também o amordaçamento do sindicato dos jornalistas em Minas Gerais e a presença censora constante do governo do estado, até mesmo fisicamente, nas emissoras de rádio e redações de jornal. Naturalmente, o trabalho de Baêta já passou a ser devidamente caluniado por um vídeo-propaganda circulado pela máquina aecista.

    O documentário nos dá uma idéia horrenda do que seria, sob Aécio Neves, o Brasil – país cuja revista de maior tiragem tem hoje, semanalmente, ampla liberdade para caluniar e insultar o presidente da República.
    http://www.idelberavelar.com/archives/2006/09/aecio_neves_e_andreia_neves_a_censura_e_a_mordaca_sobre_a_imprensa_em_minas_gerais.php

  • Fabrício Melo disse:

    Gente, o EM não é obrigado a dar cobertura a “palanque político” não. O Perrela está em plena campanha dupla: dele e do filho. Voces cruzeirenses queixam, mas é seu presidente que demite jornalistas em BH e SP quando publicam os “podres” de suas administrações. Todos os realeses dos que cobrem o Cruzeiro, tem que passar pelo crivo da assessoria de imprensa do Cruzeiro. De lá só sai elogios e notícias boas. Tá parecendo os anos da ditadura militar.

  • Guilherme Matos disse:

    Achei que a cobertura para esse jogo de despedido foi normal, o que foi impróprio foi o momento. Final de campeonato brasileiro com os dois times da capital brigando por título e libertadores. Sinceramente, isso era evento para pré-temporada.

  • Geovany Altissimo disse:

    Sou atleticano mas vou citar só alguns nomes mais importantes que Sorin.
    Marcelo Ramos
    Nonato
    Ricardinho

  • Frederico Dantas disse:

    Saindo desse bate-boca ridículo entre cruzeirenses e atleticanos que, obviamente, nunca chega a algum lugar, o jornal Estado de Minas é péssimo; sofrível. E em todos os sentidos. Desde o mais básico, que é escrever em português correto.

  • Stefano Venuto disse:

    Engraçado o Cruzeiro na frente do Grêmio, quantos mundiais o Cruzeiro tem?

  • Nelson Oliveira disse:

    Divisão por categoria no futebol brasileiro:

    1º Escalão: Cruzeiro, São Paulo, Palmeiras e Internacional.
    2º Escalão: Corinthias, Grêmio, Santos e Flamengo.
    3º Escalão: Fluminense, Vasco, Botafogo, Atlético-MG, Atletico-PR e Curitiba.

    E por ai vai.

    Sinonimos de Atleticano: sonhador [1]; invejoso [2]; patético [3].

    Aceitem que seu time é inferior.

  • Stefano Venuto disse:

    valcir alves,
    O Reinaldo jogou com a camisa do cruzeiro, isso não quer dizer nada. O Sorin não jogou com a camisa do Galo, porque não teve oportunidade. Essa homenagem, foi pra gastar os foguetes da libertadores na despedida do Sorin.

  • valcir alves disse:

    Nonato também assisti o jogo Alex e mesmo o melhor meia do futebol mundial joga como nos tempo de Tostão. tambem assisti o jogo da internacionalli de milão e acho que naquele time falta só Alex NO MEIO QUE NA SELEÇÃO TAMBÉM SE ENCAIXARIA COMO UMA LUVA.

  • Nelson Oliveira disse:

    Que o CRUZEIRO é superior ao Atlético, todos já sabem, nenhuma novidade, temos melhor estrutura, melhor comissão técnica e melhor elenco, sempre disputamos títulos.

    Lamento muito esse boicote de parte da imprensa mineira a despedida do Sorin, e mesmo não recebendo a visibilidade merecida aqui em Minas, a festa será sempre lembrada. Parabéns para o Cruzeiro por organizar uma festa tão bonita e única como essa.

    Como pode neh, uma festa de despedida de um ídolo celeste, ser melhor, mais organizada, ser transmitida pela TV fechada e aberta e para toda a Ámerica do Sul, ter a presença do time que revelou o atleta e convidades ilustres. Já o centenário do Atletico, foi transmitido para onde ? foi comentado apenas em Minas, e só,

    Me desculpe atleticanos, mas seu time é regional e meu CRUZEIRO rompe fronteiras, somos superiores.

    E com essa mentalidade suas,, valorizando torneios amistosos,, nunca sairão do lugar.

  • Guilherme Guimarães disse:

    Você ficou sabendo né Chico?
    Um jogador do Estudiantes estava inscrito de forma irregular na Libertadores. http://u.nu/82fs3
    Sacanagem! E pelo visto não vai acontecer nada!
    Fonte: Jornal Zero Hora

  • Nonato disse:

    Tá bom Chico.

    Ontem(05/11) assisti o jogo do Fenerbahce contra a Steua da Bulgária, e matei a saudade do Alex Fenômeno.
    O cara está em uma forma espetacular.
    Será porque ninguém lembra dele quando se fala de seleção?
    O Dunga prefere Josué,Elano, Ronaldinho Gaúcho.
    Será que ele brigou com o Ricardo Teixeira?
    O homem tem futebol para vestir a camisa titular de qualquer seleção do mundo e ninguém lembra do cara.
    Saudações

  • valcir alves disse:

    E que continue também o Kalichorão e depois Ziza do bigode o galo ganhou tantos titulos com esses presidentes que não consigo nem contar.

  • valcir alves disse:

    stefano o sorin nunca vestiu a camisa do galo em respeito com o torcedor do cruzeiro diferente do boiadeiro.

  • Ricardo disse:

    Chico,
    esses simpatizantes são potadores da SÍNDROME DA PERSEGUIÇÃO!
    Pois veja bem, eles só querem ouvir elogios… que o time deles é superior….campeão… etc…etc…etc.. E isso a imprensa sempre comentou e divulgou!.
    O fato é que eles não aceitam que o Atlético é um centenário! !º clube brasileiro a excursionar na europa. Venceu vários torneios como Tereza Herrera, Cadiz, Ramon de Caranza etc… e qualquer um desses torneios representa mais que as super copas da vida! Tanto é verdade que isso já foi ate extinta!
    O Atlético nunca perdeu sua identidade. Mesmo Nome e Mesmas cores!
    Sempre foi um clube do povão! Tem a maior torcida de Minas e uma das maiores do Brasil! Em termos d comparecimento e fidelidade é a maior. Os números provam esse fato que vem ao longo dos anos!
    Chico,
    quem tem que criticar a imprensa é a massa alvinegra, pois veja só:
    Tudo que ficamos sabemos da realidasde do misterioso e blindado cruzeiro, foi através da IMPRENSA DE FORA DE MG. EX:
    Revista Placar! Jornais , sites e blogs.
    O Jornalista Alexandre simões levandou e publicou a matéria ” Paixão & Fortuna” contando sobre o enriqueciemento dos irmãos perrellas! Isso lhe custou caro, pois foi demitido do jornal EM!
    A revista placar voltou com o assunto ! Existem mais de 80 ações trabalhistas contra o cruzeiro e muitas delas o clube perdeu em última instância. O caso Fred, por exemplo. A imprensa mineira nuca fala da ação que ele move contra o cruzeiro. O cruzeiro o acusa de tentativa de adulterar seu contrato. Quem duvida, vá até a FMF! O fred fez 2 gols e não comemorou porque? para fazer média, mas com o intúito de receber sua indenização.
    O mesmo Fred esteve no Alterosa esporte e o apresentador Leopoldo siqueira nem sequer tocou no assunto da dívida!
    Ninguém toca nos casos de calote nos pequenos clubes: grêmio serrano( caso Fábio santos), inclusive o diretor desse clube esteve em bh até chorou de raiva. Madureira( caso Peter), Goitacaz ( caso jussiê), democrata/GV (caso fábio junior), América (caso Evanilson) Krylia Sovetov ( caso moisés) enfim…são tantos fatos ENCOBERTO por essa imprensa que os simpatizantes criticam injustamente.

    E pra terminar, a imprensa vivie dissecando o Atlético divulgando: dívidas, atritos, ações trabalhistas etc… Criaram até um quadro na Itatiaia ” DOSSIÊ DO GALO” isso espantou de vez os investidores do clube

  • Stefano Venuto disse:

    Brasileiro puxa saco de estrangeiro mesmo. Que eu me lembre o Boiadeiro jogou 10 vezes mais que esse Sorin, ganhou mais títulos e nunca vi ninguém abrir uma cerveja pra ele. É carência do torcedor cruzeirense. Esse Sorin pra mim sempre foi um peladeiro danado.

  • Lúcio Vieira disse:

    Chico bom dia! as discuções que vimos sobre a imprensa acho que vale a pena refletir em muitas coisas , é um dos motivos do futebol mineiro não crescer mais, de você Chico li mais criticas do que elogios sobre a despedida do Sorin, e a imprensa mineira esta cada vez pior, a parcialidade esta mais esplícita, falamos do loby da globo pelos times do Rio e não olhamos o loby da imprensa mineira em favor do Atletico que todos dizem ser de coração mas sabemos que é interesse comercial pois a massa Atleticana tem de ser respeitada pois é uma grande consumidora de produtos do futebol como venda de jornais, etc….,
    O momento hoje é do Atletico e tem de ser valorizado sim mas sempre com profisionalismo o que esta faltando na imprensa , talvez por isto o STJ não exige mais diploma jornalista pois com a falta de ética que vimos ai ninguem tem responsabilidade pelo que fala ou escreve, mas os tempos estão mudando o nível de escolaridade da população esta aumentando, a pessoas estão tendo muitas opções para obter informações, alem de ouvir o comentarista ela vai confirmar se a notícia é verdadeira em outro meio de comunicação.
    Chico é minha opinião.
    abraços

  • Uarlei, o texto que você aprensentou ia muito bem, até começar a misturar as coisas e citar o Atlético. O boicote a cobertura não tem nada a ver com o rival. Ao começar com esta comparação, a autora do texto mostrou-se tão provinciana quanto o citado veículo de comunicação.

    Mas em algo concordamos. Uma lástima a cobertura (se é que podemos chamar assim) dada à despedida de J.P. Sorín.

    Saludos!

    http://gambetas.blogspot.com

  • valcir alves disse:

    chico foi uma vergonha a cobertura que o jornal estado de minas fez na despedida do sorin enquanto o brasil e ate o mundo deu um grande destaque o mesmo que se intitula o grande jornal dos mineiros faz um papelão desse .

  • Darly Soares disse:

    Venho observando e analisando o comportamento de determinados jogadores no momento mais importante do futebol – o momento mágico do gol. Como é o caso mais recente, vou citar o Fred, quando marcou dois gols pelo Fluminense contra o Cruzeiro. Mas são inúmeros os casos de jogadores que marcam gols contra times que já defenderam e têm carinho e boas recordações e não comemoram “em respeito ao seu torcedor”. Na minha modesta opinião, o jogador, profissional como diz ser, tem de respeitar é o torcedor do time o qual está defendendo naquele momento. É muito frustrante para o torcedor, ver um jogador marcar um gol, às vezes muito importante, e se negar a comemorar. Entendo que o respeito ao seu antigo time deve se resumir a não extrapolar nas comemorações. Não comemorando, ele está, na minha opinião, desrespeitando o torcedor que vai ao campo e paga ingresso para aplaudí-lo.
    Se amanhã o jogador recebe uma proposta boa de outro clube, esquece o am or declarado e se manda (remember Ronaldo x Flamengo x Corínthians).

    Um abraço.

    Darly Soares, bairro Padre Eustáquio.

  • Uarlei Luiz disse:

    Chico,
    a despedida do Sorín teria sido melhor ainda se não fosse o boicote covarde de uma parte da imprensa de Belo Horizonte. Olha o que escreveu uma jornalista no site GDG: http://www.guerreirodosgramados.com.br :

    “O grande repúdio dos mineiros
    GDG – Por: Laís Menini
    Sou uma jornalista mineira que, a partir de hoje, não compra e não lê mais o jornal Estado de Minas. Esse veículo, que se intitula “o grande jornal dos mineiros”, para mim, a partir de hoje, não passa de um jornaleco que de mineiro não tem nada.
    Mineiro contesta. Mineiro argumenta com inteligência. Mineiro reconhece grandes feitos, e mineiro reconhece também quando erra.
    Não sei se alguém aqui concorda comigo, mas nenhuma dessas afirmativas é sustentada pelo Estado de Minas. Aliás, por favor, mudem de nome. Que vergonha é ter a palavra “Minas” como um símbolo tão dispensável.
    Muito se falou sobre a cobertura do jogo de despedida do Sorín, onde o único veículo que se sobressaiu foi a Rede Globo, que fez até um hotsite para a festa. Mas é o dia seguinte que está me matando.
    Enquanto Alex Escobar mostrou os gols como fechamento das notícias de esporte do Bom Dia, Brasil, em rede nacional, enaltecendo a festa da torcida cruzeirense, o “grande” jornal dos “mineiros” deu uma notinha com uma foto que, dá licença, não fazia parte do contexto. O texto, completamente sem emoção, me deu vergonha. Quem cair de Marte agora na Terra e ler o EM de hoje não vai pensar que foi um jogo de despedida; nas linhas desse jornal, muito parece um joguinho de terceira divisão onde dois jogadores marcaram dois gols imprecisos. É muita falta de competência.
    Como se o desapontamento já não fosse o ponto alto, o fiasco continua. Mude a página (se tiver comprado esse lixo) e veja uma página inteira com entrevista e perfil de Diego Tardelli, ao lado de outra página inteira (de praxe para os dois times) de notícias do Atlético-MG. Na semana passada, Carini foi o dono de uma página inteira, falando sempre mais do mesmo. Jogador do Cruzeiro? Bobagem.
    Eu não tenho absolutamente nada contra a pessoa do Diego Tardelli, não torço por seu insucesso e nem o desejo nada de ruim. Para mim, ele não fede nem cheira. Mas que baita falta de respeito, hein, EM? Diego é artilheiro do campeonato brasileiro, é ídolo dos rivais, mas tem tantas outras semanas pra falar sobre o que ele bem entender! Por que não dar este espaço e perfilar o ídolo Sorín, que não é mais jogador de futebol, a partir de hoje?
    Façam um caderno especial sobre o Atlético-MG, um encarte diário. Não me importo. Mas vocês perderam todo o respeito que ainda restava da massa azul ao apagar Sorín dessa forma. Meus queridos jornalistinhas, deixem titia explicar a grandeza da noite de ontem: Juan Pablo Sorín é um nome tatuado na história do Cruzeiro há nove anos, e não há nove rodadas. É um ídolo de gerações, e não de situações de títulos. Como ficou bem claro, ele não precisa fazer nada dentro de campo (ou fora dele) para que continue sendo ídolo. Tem o amor e o respeito da torcida. É uma pena que não tenha esse respeito da imprensa mineira que, ironicamente, o próprio Sorín tanto prestigiou.
    A partir de hoje, não compro e não leio mais o Estado de Minas e sugiro que, quem quiser, faça o mesmo. Isso não é ciuminho bobo, isso é fato, e contra fatos não existem argumentos. É uma vergonha ser jornalista por diploma em um estado com uma imprensa tão suja e tão vendida. E depois alguém ainda contesta o “padrão Globo de qualidade”.
    Se acharem algum exemplar na rua, no entanto, levem pra casa. A época das muitas chuvas está batendo à nossa porta e ter jornal pra botar no chão molhado sempre ajuda. Enfim, pra alguma coisa, essa síntese de besteiras deve servir.”