Blog do Chico Maia

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Me engana que eu gosto

Num país onde os mandatários do Executivo, Legislativo e Judiciário mentem à vontade, fingem-se de égua em tempo integral, abusam da hipocrisia e riem na cara de todo mundo, já nem ligo quando ouço a turma do futebol seguindo o exemplo fartamente. Pelo menos é uma turma que dá alegria em determinados momentos a milhares de pessoas, cada um na sua função.

Deu até vontade de rir quando ouvi o Roger dizendo que a palavra dele vale mais que papel escrito e que se a diretoria do Cruzeiro falou que está tudo certo com ele, “então está”!

Ou o zagueiro Cáceres (o mesmo que fugiu do Atlético quando o time caía para a segunda divisão) jurando amor eterno ao Galo e que estava morrendo de saudades.

E o Zezé Perrella na coletiva de ontem? Quer dizer então que o Kleber é que se arrependeu de ter ido e voltou “rápido e rasteiro como a linha do Cruzeiro!”

E a diretoria do América foi à Federação reclamar do árbitro que expulsou o Euller em Uberlândia? Só porque o atacante o chamou de “safado”!?

Mas o Euller é um santo e disse que não disse isso!

Ah, bom!

Aí aparece um cartola inexpressivo, ansioso por sair do anonimato e arruma confusão com o Petkovic no vestiário, no intervalo de um Fla x Flu e diz que o não joga mais no clube. 

Mas estão todos perdoados porque nas esferas mais altas do Brasil ninguém é punido por coisas muito piores.


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Comentários:
21
  • Bruno Inácio disse:

    Para mim, Milton Naves é muito mais narrador que Mário Henrique e bota muito mais nisso. Tenho certeza que muita gente concorda comigo. é mais experiente, técnico e a qualidade dele é incrível. Com ele é Show de Bola!

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Nao vejo a saída do Cáceres em 2006 como fuga. Ele é um ótimo zagueiro e preferiu seguir sua carreira em um time mais competitivo e não aquela baba que o Galo era naquela época, além do super-amadorismo dos diretores da ocasião citada. Ele iria afundar junto com aquela barca, que tinha Jales, Tiago Cavalcanti, Vicente, Eduardo da Caldense, Zé Carlos do Fluminense e outros horríveis…

  • Eujácio Prates disse:

    Meu caro Chico Maia, sempre gosto de seus textos e sua maneira ética de defender seus colegas de profissão, mas devo te dizer que já cansei de ouvir (quando assistia o AE) o Neuber Soares dizer: “não ganho bem para falar bem do Cruzeiro, ganho bem para falar mal do Galo”.
    Somente você e o Flávio Anselmo responde críticas, os outros não. É por isso que os outros Blogs estão se esvaziando. Hoje posso afirmar que seu Blog realmente é Democrático. Parabéns e continue com essa forma brilhante de respoder nossos questionamentos.

  • Bruno Silva disse:

    Milton Naves nos jogos do Galo, é como diria o Caixa: Não, Mil vezes NÃO!!!!!!!

  • francisco barbosa disse:

    Os narradores das Rádios Cultura e Difusora de Poços e Vanguarda de Ipatinga tambem são ótimos, assim como da vinícola de Andradas, mas estes ultimos ficaram prejudicados pela desistencia do Azulão de Andradas.

  • Danilo disse:

    Também não entendi o pq do Caixa não ter narrado Galo X Tupi. Falaram em punição… deve ter ocorrido algo interno, só pode!

    Não gosto do Milton Naves como narrador, mas o acho um baita jornalista e apresentador. Sabe muito de rádio e de bola!

    O duro é que se tiramos da Itatiaia, sobra a porcaria da Inconfidência, que tem ótimo som e péssimos profissionais. Vejam que estou falando dos profissionais que lá estão e não os cito como pessoas, pois não os conheço.

    A Rádio Globo, com exceção do Marra, do Hercules e do Léo, também é uma lastima de profissionais. Meu Deus…

    Saudade que sinto de ouvir Paulo Roberto Pinto Coelho, Pinguim, Afonso Alberto, Paulo Rodrigues e Chico Maia!!!

    Enfim… se não tem tu… vai tu mesmo!!!

    Obs: Cáceres não fugiu do Galo… se for assim, o Marques também o fez!

  • Chico, me diverti muito com o seu texto. Carregado de uma fina ironia “chicomaiana”…

    Ah, se sobrar espaço e tempo, não deixe de comentar sobre o “moralismo politicamente correto” do Tadeu Schmidt do Fantástico, implicando porque o Tardelli comemora os seus gols, atirando a sua metralhadora invisível.

    Ah bom, fica decretado que não se usará mais as expressões “matador” e “artilheiro” para atacantes da categoria do Tardelli, Dodô e Kléber…

    • Chico Maia disse:

      E vai mandar os chefes dele parar de pautar coberturas sobre violência e acabar com as novelas que falam dessas coisas, né!?
      He he he…
      Abraço,
      obrigado,
      Chico Maia

  • Adolfo disse:

    Chico, parabéns pelo comentário. Corretíssimo. Parabéns também pela coragem de fazê-lo, pois a maioria dos comentaristas e jornalistas não a possui. Como bem disse a Rita de Cássia, há muita hipocrisia nas opiniões emitidas por muitos profissionais, que apóiam esses engodos utilizados por dirigentes e jogadores. Essa negociação fracassada nos deu ótimos elementos para reflexão. Valeu!

  • Frederico Dantas disse:

    Voltando ao tema do post, é por estes motivos que não sofro por futebol há anos. Acho uma excelente diversão e nada mais. Vale por isso.

    Paixão, só tenho pelas pessoas que amo. Em termos de futebol sou mesmo um simpatizante, para usar um termo recorrente neste blog. E acho que está de bom tamanho.

  • Leandro Alves disse:

    Concordo Fabricio, e essa raiva dele é muito estranha sem acusar mas parece que ele perdeu muito dinheiro nessa não ida do kleber para o porto.

  • Renato Paiva disse:

    O Milton Naves, com todo respeito, pode ser um ótimo profissional como apresentador, redator e outras atividades. Como narrador, contudo, tanto ele, quanto o Enio Lima deixam muito a desejar. Não chegam (e nem chegarão) nos pés do Mário Henrique, Alberto Rodrigues e Willy. Podem ter outros méritos, mas não o de serem bons narradores. Essa é minha opinião como ouvinte da Rádio há uns 25 anos.

  • francisco barbosa disse:

    Prefiro ouvir a Radio Inconfidência .

  • Fabricio disse:

    Prezados Senhores Jornalistas,

    Entendo que o senhor Zezé Perrela está redondamente enganado. Quando ele diz que sempre geriu o Cruzeiro assim e que não vai mudar, ele demonstra uma das maiores falhas possíveis de um gestor: A falta de atualização de suas técnicas gerenciais. Veja o exemplo na indústria fonográfica, que ganhava rios de dinheiro na década de 80 e 90, porém não atualizou o modelo de gestão, não ficou atento à modificação das características de seu público consumidor (ignorou o aparecimento do MP3) e consequentemente ficou para trás. Hoje a indústria fonográfica de arrasta, caminhando para falência, e tenta desesperadamente encontrar um novo modelo, o que já deveria ter sido pensado desde a década de 90. Ou seja, estão correndo atrás do prejuízo.

    Que este modelo baseado em vendas de jogadores já foi importante e eficaz, é inegável. Porém há que se ressaltar que as coisas mudam. A economia brasileira é outra hoje. O torcedor hoje deixou de ser apenas torcedor, se tornando torcedor/consumidor.O Sr. Zezé ressalta que o Corinthians tem 50 milhões de patrocínio e o Cruzeiro só 13. Mas por que???

    Em minha opinião, o que resultou neste enorme aumento de verbas do Corinthians, do São Paulo e outros é o seguinte: A presença de ídolos. A manutenção dos ídolos do São Paulo, que somente são vendidos por valores astronômicos (Os zagueiros do SP são vendidos mais caros que centroavantes Cruzeirenses) e a contratação de ídolos pro Corinthians, colocam o time na mídia, aumentando a exposição e consequentemente os valores de anúncio. No caso do Corinthians, é um modelo de risco pois a contratação pode dar errado. Porém o modelo são-paulino é perfeito.

    Zezé questiona que o público tem sido fraco. Será que um dos motivos não é o desestímulo dos torcedores que não conseguem ter ídolos, pois eles logo são vendidos??? Quem paga ingresso que ver seus ídolos, só que o Cruzeiro os vende prematuramente. Assim, o torcedor fica sem vontade de ir ao estádio.

    Será que mantendo os ídolos, o público aumentaria, o sócio-torcedor aumentaria e consequentemente ficaríamos menos dependentes de vendas?

    Pra mim, é um circulo vicioso este modelo de gestão do Zezé. Venda dos ídolos, conseqüente desestímulo do torcedor, com menor aquisição de produtos licenciados, camisas, venda de ingressos, adesão a projetos de fidelidade (O que impacta negativamente nas finanças). Com estes fatores de impacto, diminui a exposição na mídia, com conseqüente dificuldade de conseguir patrocínios mais robustos. Com isso, a entrada de dinheiro é menor, e deve ser compensada com a venda de ídolos, reiniciando o ciclo.

    Por que não mudar para um círculo virtuoso?. Mantendo os ídolos, ocorre estímulo ao torcedor, maior aquisição de produtos, camisas, mais venda de ingressos, maior adesão aos projetos de fidelidade. Todos estes fatores aumentariam a exposição na mídia, valorizando a marca, com conseqüente aumento dos valores de patrocínio. Isso tudo aumentaria a receita do clube, com conseqüente diminuição da necessidade de venda de ídolos, reiniciando o ciclo.

    É óbvio que não sugiro a contratação de Ronaldos, Robinhos e outros por valores astronômicos, o que pode ocasionar prejuízos maiores que os benefícios, porém é essencial que os jogares já adaptados ao clube e que já são ídolos da torcida permaneçam para estimular o círculo virtuoso.

    Atenciosamente

    Fabrício Oliveira

  • clauber disse:

    Com todo respeito que tenho pelo Milton naves, o jogo para ele narrar não são os do galo e sim do américa. Eta cara pé frio. rssss Após a saida do Wille precisamento de um narrador que se identifique com a massa e isso o caixa esta construindo. Chico seu blog esta muito bom, tem os figuras carimbadas, mas todos com uma pitada de humor bem dosada que não chega a baixaria.

  • J.B.CRUZ disse:

    Todas as afirmações do CHICO no texto estão certas, afinal cada um de um jeito ou de outro quer é puxar a sardinha para seu ¨prato¨…

  • Rita de Cássia disse:

    É desse jeito mesmo. Por isto que de há muito tempo não sigo à risca os comentaristas de futebol; é muita hipocrisia. Uma coisa que seria para o nosso lazer, levado deste jeito. Não bastasse as falcatruas lá de cima.
    Eu prefiro usar os dois ouvidos: ouço por um e deixo vazar o que não presta pelo outro.

  • Bessas disse:

    Como se já não bastasse a demissão do Willy Gonser, agora tá querendo fazer rodízio em jogos do galo???

  • Eujácio Prates disse:

    Chico, o que está acontecendo? Todos que falam com alegria do Galo são punidos. Lembra do Lincoln Gomide (não me lembro do nome correto), narrador da Globo Minas, que disse: “…América campeão do apagão…” Sumiu depois deste fato. Agora Wylle Gonzer, Caixa… Não pode falar nada dos outros clubes? Saindo os atleticanos só vamos ouvir ironias, críticas e polêmicas a respeito do Galo. Todos falam o que quer do Galo e fica por isto mesmo. Tá muito estranho!

    • Chico Maia disse:

      Nada a ver caro Eujácio!
      Além de ser problema interno de cada emissora, essa onda de que um profissional é escalado ou não por falar bem ou mal de algum clube é uma grande bobagem. O assunto do Willy já foi discutido e muito neste próprio blog, até com entrevista dele a mim, que está à disposição de quem quiser ler. O Gomide saiu da Globo por outras questões, dele com a emissora, e o Mário Henrique voltará a narrar sábado. E as pessoas se esquecem que o Milton Naves já revezou até com o Willy Gonser incontáveis vezes. E vai continuar sendo assim porque trata-se de ótimo profissional.
      Abraço,
      Chico Maia

  • Renato Godinho disse:

    Chico,

    completando a lista de hipocrisias, acrescento o caso do Mario Caixa, um dos melhores narradores esportivos, ‘misteriosamente’ afastado das transmissões do Glorioso