Pensei que nenhum colega da imprensa fosse ao menos questionar os absurdos que estão sendo falados contra a Arena do Jacaré?
Mas hoje, felizmente, a TV Alterosa entrou com mais profundidade no assunto e mandou uma equipe a Sete Lagoas para esclarecer melhor ao público.
E no programa Apito Final, da Rádio Itatiaia, o Álvaro Damião foi contundente e corajoso ao chamar o Zezé Perrella à responsabilidade. Perguntou se tem cabimento um deputado estadual votado em todo o Estado, mandar dizer que não vai comparecer ao maior clássico mineiro, um dos maiores do país, do clube que ele preside, por medo de falta de segurança, ou um alegado “desconforto!”.
Ora, ora! Quem já enfrentou situações na vida como o Zezé, vai ter medo de um jogo em Sete Lagoas?
Alegar “falta de segurança” é uma desculpa esfarrapada, vergonhosa e que acabou de ser desmoralizada quando o Atlético passou a usar o vestiário que tradicionalmente era usado pelo Cruzeiro, e não houve problema nenhum, mesmo com o banco atleticano ficando debaixo da torcida cruzeirense.
Na Arena, o local reservado aos dirigentes dos clubes é o mesmo da imprensa e demais autoridades. Onde as torcidas não têm acesso. Será que alguma dessas pessoas vai surtar e atacar alguém? E o efetivo de seguranças militares, civis, secretos e particulares presente em qualquer jogo? Será que vai faltar justamente num clássico entre Atlético e Cruzeiro?
Felizmente o Álvaro Damião fez este tipo de questionamento e levantou uma suspeita séria: o Cruzeiro teria feito um acordo prévio com o prefeito de Uberlândia e estaria usando a desculpa do gramado da Arena, para ir jogar lá?
E continuo contra essa história de torcida só do mandante. Nossa Policia dá conta de qualquer jogo em qualquer lugar e o exemplo mais recente foi a decisão da Libertadores da América, entre Cruzeiro e Estudiantes, quando não houve nenhuma ocorrência grave. Os argentinos, minoria absoluta no estádio, vieram e voltaram sem sofrer nenhuma agressão.
Em Sete Lagoas é que haveria problema?
Está passando da hora da maioria da imprensa parar de dizer amém ao que dirigentes de futebol e autoridades políticas falam e ditam para o público.
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