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Demitido o jornalista que demonstrou preconceito contra pobres

DOIDO

Do site Comunique-se

* Colunista que associou pobres aos acidentes de trânsito é demitido do Grupo RBS

Izabela Vasconcelos

O colunista Luiz Carlos Prates, do Diário Catarinense, Rádio CBN (SC) e TV RBS (SC), deixou o Grupo RBS, após quase 23 anos na empresa. Prates é conhecido por suas declarações polêmicas. Em novembro do ano passado, o comentarista do Jornal do Almoço, da TV RBS, afirmou que a popularização do automóvel seria responsável pelo aumento dos acidentes de trânsito.

“Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito jamais lê um livro, mora apertado em uma gaiola que hoje chamam de apartamento. Não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem”, disse em seu comentário na afiliada da TV Globo em Santa Catarina. Na ocasião, Prates também chamou os pedestres que param nas estradas para ver os acidentes de “desgraçados” e “insanos”.

A RBS declarou que a saída do colunista foi um acordo entre as duas partes, porque ele decidiu por novos rumos. No entanto, Prates disse que seu polêmico comentário pesou na decisão. “O comentário foi mais ou menos o começo de tudo [demissão]. Mas meu comentário foi mal interpretado. Eu falava do endividamento irresponsável, mas eu falo de uma forma dura e as pessoas entendem mal”, explicou.

Prates afirmou que pretende voltar ao mercado o mais rápido possível e que continuará com sua profissão paralela, a de palestrante. “Quero voltar a trabalhar em algum veículo de comunicação. Não vou largar a profissão”.

* http://www.comunique-se.com.br/index.asp?p=Conteudo/NewsShow.asp&p2=idnot%3D57729%26Editoria%3D8%26Op2%3D1%26Op3%3D0%26pid%3D1217451664%26fnt%3Dfntnl


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Comentários:
17
  • Dudu GALOMAIO disse:

    Prezado Leandro Alves, creio que nao interpretou bem meu comentário.

    Eu nao culpei uma parte e defendi outra. Apenas reconheci que há verdade nas palavras do referido jornalista. E também penso que há verdade nas palavras do Clayton, por exemplo. Ou seja, depende muito mais da pessoa em si do que da situação financeira. Entendo que o mesmo se expressou de forma agressiva e infeliz, mas dizer que está mentindo seria hipocrisia…

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Acho ignorância (de qualquer um de nós) determinar que quem está errado é rico ou pobre, afinal, temos pessoas de bom senso e discernimento em qualquer camada social e do contrário, igualmente.
    O que ocorre é que, indiscutivelmente, uma pessoa de situação financeira confortável normalmente recebe desde cedo educação de qualidade. Se vai querer ou saber utlizá-la é outro assunto.
    Quanto aos meus colegas das periferias, resta-lhes na maioria dos casos os conselhos de pais e mães íntegros. Porém, como sempre ouvimos dizer, filhos são criados para o mundo. Aqueles que valorizam os ensinamentos recebidos mantém a postura de cidadão responsável. Um maior número infelizmente apela para outro caminho.
    De toda forma, quase sempre se noticiam acidentes envolvendo jovens sob efeito de alcool ou entorpecentes. E isso independe da conta bancária…

  • juliobh disse:

    chayton , agora tenho que concodar com voce,nota 10 pelo seu comentario

  • J.B.CRUZ disse:

    ALISSON SOL, mais uma vez não vou fazer comentário sobre a notícia, e sim, concordar inteirmente com seu comentário…10!!!!

  • tom vital disse:

    Parece que o cara é preconceituoso:Mas é preciso lembrar Voltaire sempre:
    “Não concordo com o que dizeis,mas defenderei até a morte o vosso direito
    de dizê-lo”.

  • Gilmar disse:

    Se o dono da BAND tivesse colhão,tbm demitiria o Bóris casoy que debochou do lixeiro.

    Mas essa gente fica esperta pq um mundo não é redondo a toa.Ainda vai dar muitas voltas.

    Que nem o kara q na crise de 2008 durante a noite os clientes tiraram a maior parte do dinheiro do banco que era de sua propriedade,e ele amanheceu falido.

  • Paulo Henrique disse:

    É impressionante como a hipocrisia e o baixo nível de esclarecimento ainda imperam no Brasil.

    Ignorância, falta de educação, desrespeito às leis, falta de noção de cidadania, jeitinho brasileiro, etc, ocorre em todas as classes sociais, mas alguns pseudo-esclarecidos (normalmente seguidores acríticos da Revista Óia) costumam achar que tudo isso é exclusividade de pobre. Concordo com os exemplos do Clayton.

    Enquanto não sairem da “Casa Grande”, os maiores problemas continuarão sem mudança significativa.

  • Alisson Sol disse:

    Certamente já havia gente de olho nele devido a algo que ele falou no passado. Contudo, no “contexto”, eu tenho de concordar com o Dudu: olhando realmente o que ele falou (não interpretações posteriores) não há muita coisa errada. Repetindo o que ele disse:

    Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito jamais lê um livro, mora apertado em uma gaiola que hoje chamam de apartamento. Não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem“. Se ele não tivesse tido a infelicidade de utilizar a palavra miserável, e substituísse por algo como “pessoa sem responsabilidade financeira”, duvido que isto teria causado qualquer polêmica. Atire a primeira pedra quem nunca utilizou uma palavra que, depois, pudesse ter sido substituída por algo melhor.

    Mais liberal que eu é difícil. Eu acho que se o sujeito ganhou o dinheiro, ou tem o crédito, deve utilizar do jeito que bem desejar. Ainda mais que carro no Brasil já tem quase 50% de impostos, e portanto não se pode culpar o governo por “deixar carros acessíveis demais”.

    E a irresponsabilidade financeira não é apenas das “camadas mais pobres” da população. Enquanto morei no Brasil, eu sempre tive um Fusca 1971, enquanto terminava de pagar meu apartamento em um “bairro nobre”. Apenas meia dúzia de proprietários moravam no prédio, e você podia reconhecer facilmente quem eram: eram os que não tinham carro importado na garagem e nunca atrasaram condomínio!

  • Paulo Koller disse:

    Só faltou este jornalista bradar “sieg heil!” e bater continência para a suástica.

  • LEANDRO ALVES disse:

    Nossa Dudu, vc nunca foi tão mal ne um comentario, como o CLAYTON disse as madames, e os playboizinhos essa segunda opção são os que mais causam acidentes fatais, por acharem que para eles não tem lei.

  • Thales disse:

    De certa forma ele tem razao.. a popularização do carro levou ao aumento do numero de acidentes uma vez que temos mais carros nas ruas.. Mas nao é porque o sujeito é pobre que ele causa acidentes é por falta de responsabilidade…
    Penso ate que o pobre causa menos acidentes uma vez que ele tem menos condicoes de arrumar os estragos causados em seu carro..
    Os ricos é que andam sem prudencia, correndo e passando por cima de todos..

  • Francisco Barbosa disse:

    Clayton , seu comentário foi um gol de placa.

  • rodrigo assis disse:

    demorou 23 anos pra amarrarem a lata nele?

  • Clayton Batista Coelho ( Claytinho - Só Boleiro do Nova Vista/BH ) disse:

    Um cara desse ainda dá palestra ??

    Sobre as madames que mal sabem manobrar um carro e sobre os filhinhos de papai que mal completam 18 anos e já ganham seu primeiro carro e saem por aí fazendo pegas, ele não citou não né ??

    Na minha opinião, além de preconceituoso, ele foi covarde ao associar a questão social. Uma vez que acidentes acontecem de um modo geral, não escolhe classe social.

    Se fôssemos analizar pela questão social, quem deveria ter mais atenção e cuidado ao dirigir ?? Um pobre, que a duras penas conseguiu comprar o seu carrinho e precisa fazer de tudo pra preservá-lo ao máximo ?? Ou um rico, que se bater o carro, troca por outro sem nem doer direito no seu bolso ??

    Sei não… Mas ao que parece, esse jornalista quis usar um gancho descabido, pra veladamente, expôr o seu repúdio aos pobres.

    O cara é jornalista, estudou, diplomado, já deve tá estabilizado na vida, mas ao que parece, da verdadeira faculdade, a “Escola da Vida”, ele passou longe…

    De pessoas como esse jornalista, a própria vida se encarrega…

  • Dudu GALOMAIO disse:

    Apesar de carregar nas palavras, infelizmente ele nao está 100% errado.
    Essas condicções de financiamento dos últimos anos tem propiciado muita coisa a muita gente. Como conheço bem os bairros da periferia de BH, sinto-me a vontade pra opinar.
    É muito comum pessoas adquirirem veículos sem a mínima condição de praticar uma direção saudável…
    Sei que todos tem direitos iguais, mas a coisa hoje está fora do controle e a tendência é piorar…

  • Flávio Azevedo disse:

    e o Casoy continua empregado!

  • Leonardo disse:

    Chico, moro em Floripa e este Prates tem o filme queimadíssimo aqui, ele é xenófobo e machista fim de carreira coitado.