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Cuca quer visitar o Papa, fala de superstições, sobre o Galo e o Cruzeiro no caminho dele e que pode largar o futebol, se não sentir falta

Falou isso e muito mais numa longa e boa entrevista ao Guilherme Seto, da Folha de S. Paulo:

* ‘Se não sentir falta, talvez nem volte mais ao futebol’, diz Cuca

Campeão brasileiro, Cuca não é mais técnico do Palmeiras, time que deixou para cuidar da família e viajar à Europa para aprender mais sobre treinamentos. No entanto, ele pode não ser nem mais treinador.

Em entrevista à Folha, ele diz que está cansado e que, caso não sinta falta do futebol, não voltará a dar instruções à beira do gramado. Além disso, Cuca também comenta com detalhes a campanha do título, o que fará no futuro e o impacto que sofreu com a tragédia da Chapecoense.

A ideia é voltar quando ao futebol?
Não sei. Quero ver o quanto que vou sentir de falta. Também é bom para ver se a gente faz falta para o futebol. Se a gente não sentir falta, pode ser que nem volte mais. Estou cansado. Mentalmente. Comecei em 1998 no Uberlândia e não parei mais. Não é fácil lidar com tantas pessoas. Não é fácil chegar na cara de um jogador e falar: ‘olha, não vou contar com você’. Eu fiz isso no Atlético-MG com 19 pessoas. É a pior coisa que tem no futebol. O jogador pergunta o porquê, fala que é mais do time do que você. Quem comanda tem que agir assim, infelizmente.

O que mais vai fazer no período sabático?
Ficar em casa, cuidar dos bichos. Em Curitiba, tenho veado, lhama, papagaio, pavão, arara, cavalo, porco Tudo registrado no Ibama. Ando muito a cavalo. Adoro contato com os bichos. Quando os papagaios nascem, eles demoram muito para aprender. Depois, quando você menos espera, eles começam a cantar. É tão gostoso.
Vou pescar também, no mar. Eu e meus irmãos entramos no barquinho e vamos. Mais que peixe, você pega raiva lá. Tá difícil de pegar peixe. Pescamos anchova, dourado. Também pegamos porquinho, peixe de couro, bom de briga e bom de comer. Nós que limpamos, mesmo. Comer peixe fresco é outra coisa. Que coisa boa.

Em algum momento achou que não ia dar certo?
Não. No começo, quando ganhamos do Atlético-PR, depois perdemos da Ponte Preta, ganhamos do Fluminense e perdemos do São Paulo, eu sabia que era um time ainda tentando encaixar. Aí deu uma encaixada. Demos uma caída quando perdemos o Prass e o Gabriel Jesus. Aí perdemos para o Atlético-MG, para o Botafogo e empatamos com a Chapecoense. Aí eu disse ‘opa, precisamos voltar a ganhar’. Não estávamos mais praticando aquele futebol bonito e vistoso. Mas a gente praticou um futebol mais seguro. Ali passamos a ser a defesa mais sólida, que não tomava gol. Tanto que no segundo turno só perdemos para o Santos. Acho que ali passamos a ser o time que podia até não jogar bonito algumas vezes, mas queria ser campeão. E essa era a nossa maior beleza.

Qual foi o jogo mais marcante da campanha para você?
Eu fiz todos os cálculos naquele quadro, defini quais jogos a gente precisava ganhar e quais eram as partidas de descarte, que a gente talvez não pontuasse. Eu sabia que com 74 pontos seríamos campeões. Hoje, com 74, teria dado certo. Trabalhamos em cima desse número. Fizemos ‘banners’ para motivar os jogadores: faltam nove vitórias. Isso é comprometimento que você cria.

O jogo mais marcante para mim foi contra o Corinthians no Itaquerão. A gente tinha jogado com o Flamengo na quarta-feira, empatamos e ficamos um ponto na frente. No sábado, se a gente perde ou empata o Flamengo jogava com o Fiegueirense no Pacaembu. Se ganhassem, eles passavam. E o Flamengo embalado é muito difícil de retomar a liderança dele. E o nosso time é jovem, não é cascudo. Falamos que não podíamos deixar o Flamengo passar.

Sem Vitor Hugo e sem Gabriel Jesus, fizemos um jogo taticamente perfeito. E vencemos. E depois do jogo, ajoelhamos em Itaquera e agradecemos a Deus, porque aqueles 20, 25 que estavam lá enfrentaram 40 mil corintianos fortes, gritando o jogo inteiro, confusão com a polícia. Controlamos maravilhosamente o jogo e ali eu senti que estávamos prontos para sermos campeões.

E o lance mais marcante?
O gol que o Zé Roberto tirou de barriga contra o Cruzeiro, em Araraquara. Seria um gol que faria a gente perder pontos e a confiança do torcedor. E tomaríamos um gol de um jogador nosso, o Robinho.

Folha – Você é palmeirense de infância e jogou aqui em 1992. Como é ser campeão pelo clube ?
Na verdade, eu trabalhei esse ano só porque era o Palmeiras. Tinha meus problemas para resolver e deixei tudo para trás. Eu não podia fracassar aqui. Em 1992, eu joguei naquele Parque Antarctica [aponta para quadro com foto antiga do estádio em sua sala], fiz o sinal da faixa, mas não conseguimos ser campeões. Eu vim para ser campeão. Eu não ganharia o Paulista, porque cheguei no final do campeonato, e não ganharia a Libertadores, porque só tinha uma chance mínima. Eu teria a regularidade no Brasileiro. Por isso eu prometi que seríamos campeões, confiando no trabalho e nos jogadores. Hoje é muito fácil falar, mas foi muito difícil. Chega o final do ano e estou acabado.

 

Em um ano que deu tudo tão certo, como ter firmeza em decidir parar?
Eu tinha um projeto, uma prioridade de vida, que mesmo que não tivesse vencido eu seguiria. Em nenhum momento pensei em voltar atrás na minha palavra. Era minha promessa para a minha família.

Qual é a melhor coisa de trabalhar no Palmeiras?
O melhor é ganhar no Palmeiras. A gente não tem ideia do que significa ganhar esse Brasileiro aqui. Eu falo para os jogadores que eles não estão tirando um peso de 22 anos do clube, mas estão pondo uma fotografia para a posteridade. Quando você entra no vestiário, tem imagens dos campeões. Quando você morrer, seus filhos, netos e bisnetos verão o seu nome no vestiário do Palmeiras. Essa é a maior conquista: colocar nossa marca na Sociedade Esportiva Palmeiras. Não basta ser campeão: trata-se de deixar o nome na história.

E a mais mais difícil?
A ansiedade que pairava e passava da arquibancada para o campo. Existe uma vontade da torcida de ser campeã antes do tempo, e isso não vai acontecer, tem que esperar. Às vezes não se conseguia tocar a bola com tranquilidade, e os jogadores se queixavam comigo: ‘ah, professor, a torcida não tem paciência’. E é um time jovem, e isso me preocupava. Eu tinha muito medo de perder um jogo em casa e a torcida e o time perderem a confiança. Porque aí tudo acontece junto e o time entra em crise. E tivemos jogos cruciais e muito perigosos. Contra o Sport; contra o Internacional, chovendo e parecendo Gauchão; contra o Botafogo, com sol que parecia do Rio.

Você vai para Espanha, Itália e talvez Inglaterra para ver treinos. O que espera encontrar lá?
Cada um tem uma maneira de pensar, e eu quero ver esses treinos, observar na prática. Eu quero ver coisas novas. Novos conceitos enriquecem seu saber. Quero saber como estão sendo feitos os trabalhos anaeróbicos, em que quantidade estão sendo feitos. A gente tem que estar em evolução. Infelizmente, a evolução acontece da Europa para cá. Mourinho, Guardiola, Conte. Quero ver tudo isso com minha esposa e filhas. Na Itália, vou acompanhar o Mauricio Sarri, técnico do Napoli de quem pouca gente fala, mas que eu já acompanho desde os tempos do Empoli, que tem feito muitas coisas boas.

O Sarri joga em um sistema mais parecido com o seu, certo?
Hoje o Sarri joga no 4-3-3, com velocidade pelas pontas, às vezes com um centroavante fixo, que eu não gosto muito. Eu gosto de alguém que flutue mais, que saia da função do 9, tire o zagueiro da zona de conforto.

O sistema da moda é o 4-1-4-1, que não o seu.
Eu não tenho número específico. Eu vario muito. O jogador tem que recompor logo, passar a linha da bola, estar agrupado para defender e atacar. Se você consegue roubar a bola lá na frente e manter a posse lá é melhor. Os números inexistem, não gosto de limitar o jogador a isso. Eu quero que dê uma varzeada, uma peladeada às vezes. Se o adversário estiver ter marcando, ele não vai entender, vai entrar em parafuso.

Tchê Tchê e Gabriel Jesus peladeiam bem.
Se largar o Tchê Tchê ele vai para a ponta direita, para a esquerda, na lateral. Você vai criando alternativas assim. O Gabriel Jesus também, que há pouco tempo estava na várzea, se mexe de um lado para o outro, cria opções. Senão fica muito difícil jogar com a marcação encaixada.

Para o ano que vem, o Palmeiras só tem centroavante que joga mais fixo: Alecsandro, Barrios, Leandro Pereira. Se quiserem manter seu esquema, terão que achar um substituto para o Jesus.
Vai ter que achar. Mas não sei, agora entra o Eduardo [Baptista] e ele vai montar o time do jeito dele. Vou ficar de longe, só torcendo.

Além dos treinos, você também vai tentar ver o papa, sim?
Vou, é um sonho meu poder dar um beijo no papa. O padre estava aqui ontem, vai me ajudar. Vou levar uma camisa do Palmeiras para ele. Quem é que consegue ver o papa, gente?

E o que você acha do papa Francisco?
Acho ele maravilhoso. A gente nem pensa que ele é argentino. Quem dera todos argentinos fossem assim. Mas não tem como. Ele vale por todos os argentinos, então.

Então toda botinada que se toma na Libertadores agora tem que pensar no papa.
Mas é difícil jogar com argentino aqui no Brasil. Lá eles propõem o jogo. É engano você pensar: nossa, vai ser difícil ganhar deles lá. Não. Aqui é que é fogo. Eles não se interessam em sair. A gente tem que aprender isso. O jogo da Argentina tem que ganhar lá.

Uma das atuações mais feias do Palmeiras recentemente foi contra o Rosario, da Argentina, sob o comando do Marcelo Oliveira, quando ganhou, mas não quis propor jogo.
Pois é, eu lembro desse jogo. Mas a gente poderia ter ganhado deles lá depois. Se a gente não perde o Gabriel Jesus, a gente ganhava. Estava 2 a 1 para a gente, passaríamos de fase. Mas é como eu digo sempre: ‘tudo o que Deus faz é bom’. O Brasileiro estava guardado para a gente.

 

Se o Palmeiras estiver sem técnico e te chamar, você volta?
Não, tem que dar um tempo. Como que eu posso falar que volto no ano que vem? Como que entra o treinador que vai me substituir? Não vou colocar pressão, em 2017 não volto. No futuro, a gente volta.

Que dica você dá para o Eduardo Baptista, que deve ser o novo treinador?
Se ele precisar, ajudo em tudo o que for possível. Ele pode me ligar e pedir tudo o que quiser.

Você está usando o boné do Alberto Valentim, assistente técnico que não permaneceu. Foi uma perda do Palmeiras? Deveriam tê-lo colocado como técnico?
O Alberto foi uma gratíssima surpresa para mim. Não esperava tanto dele quanto eu vi aqui. Os trabalhos dele são todos de nível europeu, campo reduzido, agrupar o time de um lado para outro. Trabalhos revolucionários, que eu não conhecia. É um estudioso com ambição de ser treinador. No Red Bull, ele vai mostrar o poder dele no dia a dia de jogo. Torço e rezo para que seja tão bom quanto foi comigo. Ele me ajudou muito no Palmeiras e tenho certeza que vai ser um dos grandes nomes do nosso futuro.
O Valentim tinha que continuar no Palmeiras, como auxiliar ou qualquer outra função. É uma perda, infelizmente. Quem sabe um dia ele volte também.

O que projeta para o Palmeiras em 2017?
Torço para que o Mauricio [Galliote, que assumirá como presidente do Palmeiras em 15 de dezembro] faça um bom trabalho. Pensa num cara humilde, gente boa, ponta firme. Bate pelada junto com a gente, joga legalzinho. Mas vai ter uma comparação absurda com o Paulo Nobre, de quem ele vai precisar. O Paulo é gente boa também, sabe disso, e vai colaborar.

Há três jogadores prestes a serem anunciados: Keno, Raphael Veiga e Hyoran. O que pode falar deles?
São jovens promissores. O Keno (27 anos) não é mais tão jovem, mas fez grande campeonato. O Palmeiras sabe que tem uma competição grande pela frente.

Você que pediu?
O Alexandre [Mattos] me perguntou e falei que gostava.

Você gosta de montar elencos. Foi assim no São Paulo e no Atlético-MG. Tem participado da montagem do Palmeiras para 2017?
O Alexandre sabe, agora é com ele. Seria antiético se eu falasse. Agora eu não participo mais, quem deve estar conversando com o Alexandre é o Eduardo [Baptista].

Esse time foi montado a oito mãos: Paulo Nobre, Alexandre Mattos, Marcelo Oliveira e você. Isso dificultou?
Eu trouxe três. O Cuquinha indicou Róger Guedes e Mina. Ele tem um olho clínico. Eu fui buscar o Tchê Tchê, liguei para ele. ‘Vem para cá, me ajuda’. Liguei para o Vampeta, que me ajudou muito. Palmeiras tem que agradecer a ele. Tchê Tchê estava enroscado, Vampeta foi fundamental, liberou o jogador. Trouxe também Fabiano e Fabrício na troca com o Cruzeiro.

O Fabrício pouco jogou.
Mas ajudou muito. Você não tem noção, porque julga pelo que ele joga, não tem outro jeito, e está certo. Mas nos bastidores, ele ajudou demais. É um cara profissional, não bebe, leva toda a alegria para o vestiário, e quando vê problema interno vai resolver por você.

O elenco está inchado?
É muito difícil para o treinador quando ele chega em um processo montado e tenta colocar a imagem dele. Não tem como exigir de um jogador o que você quer. Você só pode exigir o que ele pode dar. Eu demoro um tempo para poder entender o que está feito, e assim vem as derrotas do começo, e não tem outro jeito. Depois vou conseguindo moldar.
Eu não gosto de trabalhar com um número tão grande de jogadores. Gosto de promover valores novos, o que fica mais difícil, e também tive que deixar de fora muitos jogadores bons. Jogadores da base como o Artur, o Augusto e o Vitinho, que ganhou quatro quilos de massa magra, podiam ter jogado mais vezes. Em um elenco como esse, jogadores conceituados como Arouca, Barrios, Leandro Pereira, Roger Carvalho tiveram pouquíssimas chances. Não é porque você não quer por.

Esse excesso de jogadores gerou discussões no vestiário?
Não. Houve uma discussão minha com o Rafael Marques por uma cobrança excessiva minha no jogo contra o Coritiba. Eu queria que prendesse uma bola no ataque porque eu tinha uma lembrança viva do gol da Ponte Preta que tomamos porque não prendemos a bola. Do mesmo jeitinho. Aí cobrei um pouco a mais dentro do vestiário e houve uma discussão. Mas nada anormal. Rafael é meu amigo, só tenho coisas boas para falar dele

E com o Paulo Nobre?
Falaram que tive quatro brigas com ele. Não tive nenhuma. A maior dificuldade que se tem no Palmeiras são as fofocas. Sai muita coisa daqui que não é verdade. E olha que diminuiu muito. Levo o Paulo como um amigo. O Palmeiras é um antes dele e outro depois.

Quem é o melhor jogador no país hoje?
Era o Gabriel Jesus. Une a força, a velocidade, a polivalência e sabe fazer gols. Como finalizador, faz gols. Como velocista, é armador. Em uma jogada sozinho ele cria uma solução. Como tem feito na seleção.

E quem você queria ter de outro time?
Gosto muito do Diego, do Flamengo. Gostoso de ver um jogador que veio da Europa e se adaptou bem. Tinha dúvidas. O Alexandre até tentou, mas havia impossibilidades. Robinho, na China, não estava jogando. Não era titular com o Felipão. Voltou muito bem e é tão difícil jogar contra ele. Ele eu não pedi.

Você destacou que o Palmeiras ganhou o campeonato na garra, na raça.
O que é raça? É uma vontade enorme de disputar uma jogada. Na maioria das vezes o torcedor fica mais satisfeito com isso do que uma caneta, um chapeuzinho. Tínhamos raça e qualidade. Palmeiras sempre teve jogador de técnica, de qualidade. Hoje, temos o Dudu, o Cleiton Xavier. O Moisés não é craque, mas quem não quer?

A tragédia com a Chapecoense aconteceu dois após o jogo com vocês. Como foi?
Eu estava em casa vindo do jantar de comemoração do título, cheguei à uma da manhã em casa, e pouco depois fiquei sabendo do acidente. Fiquei o dia inteiro trancado no quarto, vendo televisão e a maior parte do tempo chorando. É um baque muito grande

Me lembro do Alan Ruschel me pedindo água no jogo, estava muito calor. Me lembro de entrar no campo depois do jogo e abraçar o Sérgio Manoel, o Kempes, o Gimenez. E pouco tempo depois esse pessoal estava morto. Você não consegue entender as coisas, não consegue associar o pensamento com o sentimento. É a pior coisa do mundo. Peguei na barba do Caio Júnior e puxei, brinquei.

Futebol vai melhorar. O ser humano se solidariza na dor. Como é bom a gente ver o povo colombiano fazendo aquilo. O Cavani, a Inglaterra toda se solidarizando. Como é bom ver as torcidas se unindo, gritando pela Chape. Que a dor sirva de lição para todos nós, e que não haja mais violência como no último Palmeiras e Corinthians, que mataram um corintiano.

Nesse período sabático, a superstição vai te abandonar?
Eu pus uma calça vinho e segui com ela. A imprensa falou ‘olha lá o Cuca com a calça da sorte’. Quando que eu disse isso? Todo mundo que é supersticioso. A calça é gostosa, é bonita, elástica, tem o cós alto, pode abaixar que não aparece o cofrinho. É tudo de bom! Tem bolso para colocar o meu santinho.

Mas a história do coração de boi pendurado no vestiário do Botafogo é verdade.
Isso foi em um jogo contra o Sport pelo Botafogo. Mas não é superstição, é motivação. Precisava mexer com o time. Estavam lá os guris, Lucio Flávio, Jorge Henrique, Diguinho, e o time estava frio. Amarrei o coração de boi com uma atadura. No começo eles estranharam, mas depois todo mundo passava, dava soquinho, ‘tá, tá’. O problema foi que esquecemos de tirar depois que acabou o jogo e todo mundo ficou falando que eu fazia magia negra. Ficaram procurando as velas.

O que mais você faz nesse sentido?
Gosto de dar uma mexida na água. Uma vez eu perdi do Boavista e a gente foi eliminado. E o presidente do Botafogo [Bebeto de Freitas] me disse que o dinheiro perdido nas arrecadações futuras serviria para pagar os funcionários. Aquilo entrou como uma faca no coração. E veja como Deus é bom: dois meses depois estávamos em um jogo decisivo contra o Vasco. E então eu cobrei a promessa do Bebeto. Levei todos os funcionários para o vestiário do Maracanã e falei para os jogadores que eles tinham que ganhar o jogo por eles. Não tinha como perder. No dia seguinte, o Bebeto pagou. Gosto de mexer assim.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/12/1840844-se-nao-sentir-falta-talvez-nem-volte-mais-ao-futebol-diz-cuca.shtml


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Comentários:
31
  • Julio Avila (Mariana) disse:

    Loja do atletico vendendo camisa pirata,o torcedor quer ajudar o clube e é enganado na cara dura! desse jeito é melhor ir no Oiapoque uai,rs!
    sonharam com Nike,Adiddas,Umbro e Puma e acordaram com Topper!
    mais e a Dry calote com seus 100 mi? alguém pode me explicar?

    • Alex disse:

      …como chora esse menino de Mariana…..amiguinho, a Roncamp que se acerte coos canadenses….o Galo é a vítima nessa história….não recebeu o prometido e ainda teve prejuízo por que essa fábrica xing ling não deu conta de produzir as camisas….o Galo só observa, queremos é receber desse 2…aí…se sou o jurídico do galo, impetrava uma ação de perdas e danos contra essa Roncamp….deixamos de vender milhares de camisas por causa da incompetência deles…..vc até tentou fazer o galo se passar por réu nessa história, mas “faió”….o galo quer é receber….isso é típico de quem tem na sua diretoria , um cara que compra juiz…..vc deve ter aprendido isso com ele…..kkkkkkkkkkk

  • Mário disse:

    Promotor que investigava caso do helicóptero de Zezé Perrella é afastado!!!
    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/promotor-que-investigava-caso-do-helicoptero-de-zeze-perrella-e-afastado-por-joaquim-de-carvalho/

    “…O promotor também descobriu que o voo do helicóptero com a cocaína não foi o único sem relação direta com o mandato parlamentar. O helicóptero transportava celebridades e amigos do deputado e do pai, Zezé Perrella, com combustível pago pela Assembleia. O promotor também descobriu que o pai de Gustavo, que foi deputado estadual, tinha um avião particular e cobrava da Assembleia o combustível usado para seus deslocamentos sem relação com o mandato parlamentar….”

    Relembre o caso: https://www.youtube.com/watch?v=cqojo3zFSCU

    • Juca da Floresta disse:

      Parei de ler o comentário quando cheguei a seguinte parte: “diariodocentrodomundo”…jornaleco petista da internet que só tem mentiras.

      • Tonho ( Mineiro ) disse:

        Entao ta Juca ! a cocaina continua sem dono, continua sem dono pq tem gente como voce !!!

        • Juca da Floresta disse:

          Tonho,

          Você realmente acredita que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal iriam acochambrar as acusações sobre um deputado estadual e um senador por tráfico de drogas??? Você não conhece os delegados da policia federal e os procuradores da república.

      • Mário disse:

        Então tá, Juca…continue comendo a sua alfafa e assistindo o JN, pois muitos alienados, como você, só conseguem enxergar o mundo através das manipulações e mentiras da Platinada.
        Essa mesma notícia foi dada pelo blog: http://www.oantagonista.com/posts/futebol-e-politica porém, na visão dos fascistas que escrevem para o tal blog, não foi a sociedade que perdeu ao ter um promotor afastado por cumprir as suas funções institucionais, para os midiotas foram os Perrelas que venceram o promotor!!!
        Um dia, talvez você entenda que você terá que escolher entre a existência da Rede Globo ou da democracia brasileira….as duas não conseguem coexistir.
        Por enquanto os midiotas têm optado pela existência da Rede Globo…

        • Juca da Floresta disse:

          Mário,

          A Rede Globo não vota, quem vota são os brasileiros. O lula e a dilma, aqueles dois petistas que quebraram nosso país foram eleitos pelos brasileiros.

        • Juca da Floresta disse:

          Todo petista manda quem não concorda com ele comer alfafa e diz que a globo é culpada de tudo. Basta ficar 5 minutos no site indicado por você para ver que trata-se de um site petista que era alimentado pela farra dos dinheiro fácil para manipular os esquerdopatas. Quanto a alfafa pode se empaturrar, eu prefiro café e pão de queijo.

          • Mário disse:

            “Ranking da Ignorância” – a distância entre a percepção que as pessoas têm da realidade em que vivem e os dados oficiais de cada país.

            O Brasil ocupa os primeiros lugares, atrás da Índia, China e EUA. Entre os países menos “ignorantes”, Holanda e Coréia do Sul. Incapacidade de entender estatísticas, preconceito, atalhos mentais, ignorância racional, também, há um fator comum entre os países primeiros colocados: o monopólio midiático:
            http://cinegnose.blogspot.com.br/2016/12/pesquisa-coloca-brasil-entre-paises.html

  • Pedro Vitor disse:

    Só repassar algumas noticias do Galo:

    Daniel Nepomuceno vai renovar com o Giovanni e será goleiro enquanto Victor se recupera de lesão!

    Galo passou o Cruzeiro no ranking da CBF!

    Por enquanto houve apenas três dispensas confirmadas pela diretoria, mas o Junior Urso pode estar de saída do clube por falta de acerto no re empréstimo junto ao time lá da China.

    Saindo dois zagueiros, um volante e meia, pelo menos uma reposição na zaga deve ter, um volante e um meia.

    Zagueiro a imprensa diz que o Bruno Rodrigo é nome mais forte. Volante fala-se em Elias, ex Corinthians, Airton, atualmente no Botafogo, Arouca do Palmeiras e Adilson ex Grêmio. Pra meia ainda não esta forte as especulações, falou se no Roberson que fez bons confrontos na Copa do Brasil pelo Juventude, era o camisa 10.

    Rafael Moura e Dodô pode voltar ao clube

  • Julio Cesar disse:

    Chico, se permitir um comentario sobre nada disso , mas sobre o que se passa no país com a delação da Odebrecht. Agora ninguem recebeu nada ! A Odebrecht jogou fora toda essa dinheirama. E o Mineirinho estava num ato em Belo Horizonte contra a corrupção! Como escreveu Fred de Melo Paiva sobre “o fim melancolico de 2016…e que 2017 ainda pode nos reservar uma eleição indireta no congresso nacional, a casa onde abundam Todos os Feios, os Cajus, Angoras, Carangueijos, Indios e Gripados”. hehehehehe….Renato Russo diria o que: “que país é esse” ? Inelegibilidade pra sempre ! E cadeia ! E Temer e seu ladrões fazendo de tudo pra intimidar o judiciario. Parece funcionar principalmente com Gilmar Mendes que ve no vazamento das delações, fundamento pra serem anuladas. Pode ?!?! Quando vazaram todas sobre PT podia ?

  • Alisson Sol disse:

    Nada contra a pessoa, mas Cuca e Joel Santana são, para mim, a demonstração no campo do futebol de que às vezes, chegar na hora certa no lugar certo e muito melhor do que trabalhar corretamente e com afinco por anos a fio. Dois “técnicos do time pronto”, que ganharam títulos chegando na hora certa, e sempre saem correndo depois, com medo de ter de “manter um time vencendo”.

    Pior ainda é ver a inexplicável boa vontade da imprensa com os dois. Tem técnico – exemplos seriam o Marcelo Oliveira e o Paulo Autuori – com muito mais títulos, que montam times. Mas para estes a imprensa destaca derrotas, partidas em que o time joga mal, etc. Já para Cuca e Joel Santana, até partidas em que o time foi medíocre ficam como “base para motivação” que servem para alimentar a “mística” do treinador. Vá entender…

    • José Eduardo Barata disse:

      O Cuca pode ser considerado mais diretor de futebol
      que técnico.
      A sua grande conquista no GALO foi ter trazido o
      Ronaldinho . com ajuda do amigo Assis .
      Porque quem fez o GALO jogar foi , sem a menor
      sombra de dúvida , o genial R49 , R10 , R1000.

  • Alex disse:

    “Erasmo Damiani recusa convite do Cruzeiro, que continua à procura de novo diretor de futebol
    Negativa de coordenador da CBF é a terceira recebida pelo clube celeste”
    Ps:…kkk….vai começar a chacota outra vez….ninguém que dirigir esse carro 1000 desgovernado….deixa eu perguntar a vcs, mas não se irritem, tomar 3 tocos dá direito a música no fantástico?…….kkk…já foram renegados pelo Mattos, pelo diretor do Vitória, e agora por um que só dirigiu time de base….kkkkk….ninguém quer essa barca afundando….kkk…….kkkk
    …eu tenho uma ideia pra ajudar vcs: por que não colocam o Benecy de diretor de futebol?…ele já está lá na Toquinha mesmo, só iria acumular outro cargo….ficaria com 3 cargos….gerente, diretor e comprador de juiz….kkkkkkkkkkkkk…vcs vão economizar….a fama da quebradeira corre….eu já passei por isso e sei como é….kkkkkkkkkkk

    • Marcio Borges disse:

      Como disse em outro post, voce já passou por tudo. So não passou pela alegria de ser bi campeao….kkkk
      E as camisas falsificadas? Tem que se preocupar com isto. A maior enrolação da historia. O Luan tá agora chorando porque levou os diretores da tal empresa até para almoçar na casa dele e hoje nem falam com ele. Isto é ser chacota. Alardear que tem o maior patrocínio da historia. Papel aceita tudo. O importante é na hora que o dinheiro tem que entrar nos cofres. Aí……

      • Alex disse:

        …pois é Márcio, vc me zoa por que eu não sou Bi(graças a Deus)…eu te zoou por que vc não tem nenhum título…”unzinho” sequer em 95 anos conquistado em uma Final nacional contra o Galo….tá vendo, tudo depende da ótica que vê as coisas, aprende….kkkk…bate de frente m uma Final nacional com o galo e vence, depois vc vem chorar ….a propósito, já conseguiu o vídeo?….cara, um conselho, não me segue que vc vai passar muita raiva comigo….e te prometo, jamais vou apelar….sou da paz….a escolha é sua…..kkkkkkkkkkkk…me ignora e finge que eu não existo, é melhor pra vc….ou aumente a dose dos eu remédio…..kkkk

    • Juca da Floresta disse:

      Alex,

      Seu time está desde 1971 sem ganhar um campeonato brasileiro, fique na sua. É o maior jejum desde o descobrimento do Brasil. Chacota é isso. E tem mais, o Marcelo Oliveira é o único atleticano bicampeão brasileiro, 13/14 no Maior de Minas, vocês deviam mandar colocar uma estátua dele lá em Lourdes. Pode babar à vontade.

      • Alex disse:

        …e Juquinha, por falar em Marcelo, pra vc vê como são as coisas, foi preciso um atleticano treinar vcs pra ganharem alguma coisa….e por falar em atleticano ganhar título aí, já que vcx tocou no assunto, vc sabia que foi uma ATLETICANO que livrou vcs da segundona?….procure saber sobre um gol de um tal Cerezo lá em Araras….procure conhecer mais a história do seu clube pra debater comigo….kkkkk

        • Márcio Borges disse:

          Cara, na boa. Acho que você deveria ouvir o conselho que o claytinho te deu a uns dias atrás. Você tá parecendo um disco arranhado. Repete as mesmas coisas sempre e, ainda bem, você consegue rir. Pelo menos digita um kkkkkk..
          Você deve se achar engraçado mas….

          • Alex disse:

            …pois é Márcio, eu sou um disco arranhado, por que então que vc me dá tanta atenção?…eu vou escutar o Claytinho e vc vai escutar o meu conselho…..aumente a dose do eu remédio e me ignore se puder….te garanto que a minha vida vai continuar a mesma sem seus comentários…..kkk….só não promete que não vou te zoar…tenho uma queda enorme por chacotas…..kkkk……e por último, vc é dono do blog?….então deixa o “disco arranhado” aqui se divertir…..crie um blog só pra vc que ninguém vai te zoar….kkkkkk

      • Alex disse:

        ….masi Juquinha, quem disse que n´so estamos preocupados com título doméstico meu filho?…isso é só pra quem não disputa título lá fora….brasileiro é um válvula de escape….qdo não consegue ganhar outro título, aí vai o brasileiro mesmo…..e pra falar verdade, como valorizar título que até por FAX são entregues?…o Palmeiras ganhou um monte de presente, é a farra do boi…kkkk…. mais, título Nacional , outro dia mesmo ganhamos e espancamos vcs….kkkk…..meu fã, assim vc me faz mijar na roupa de tanto rir….kkkkk

  • Julio Cesar disse:

    Vai voltar quando sentir falta…….do dinheiro (ou precisar de mais) !!!
    Chico , li no site UOL que a intervenção do arbitro de video tem um erro. Foi assinalado o penalti mas ele não viu que o ataque japonês estava em impedimento. Ora, ele foi acionado pra dizer se o defensor do Atletico Nacional cometeu a falta. E cometeu ! Então ele acertou ! O juiz de video é chamado a intervir em 4 situações e impedimento não é uma delas segundo a FIFA.
    Quanto a crença do Cuca quem tem mais de 30 vai lembrar de um treinador: Orlando Fantoni e sua medalha de Santa Terezinha. Treinou Pirangi, lembram-se ?

  • Renato César disse:

    E o ótimo time do Atlético Nacional vai experimentando o que é jogar de cara contra os donos da casa no Mundial da FIFA.

    Quem sabe um dia a FIFA não passe a definir por sorteio quem vai enfrentar os donos da casa neste confronto das semifinais, ao invés de determinar que serão sempre os sulamericanos?

  • Alex disse:

    …eu confesso que já me diverti muito nesse blog com um o outro cruzeirense que tem o dom pra nos divertir, mas essa do presidente do Santos foi demais até pra mim…..o cara quer trocar Cazares no “craque” mundial Thiago Gazela Ribeiro…kkkkkkkkkkkkkk….o tal Modesto, que de modesto não tem nada, bebeu alguma coisa estragada….kkkk…..primeiro ele diz que vai levar o Pedalada e aaram que el vai usar é pagar a dívida dele com o Robinho caso ele aceite voltar….ele condiciona o pagamento da dívida a volta do Robinho, ou seja, ou volta ou não recebe….Pedalada deve estar rindo até 2025…kkk….ele tá atirando pra todo lado….mira Robinho, Pratto, Cazares, Valdívia, Nico Lopes e outro craques só que se esquece do principal….a grana….kkkkk….esse aí merece o título de piada do ano….kkk….SQN….esse título aí é do inesgotável Benecy…….esse e fez sorrir mais….kkk….que m.i.&.r.d.@ hein…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • Pedro Vitor disse:

    Cuca é bacana, apesar de ter abandonado o Atlético da forma como saiu, a gente ainda torce por ele, por que ele nos deu a Libertadores por pouco não fomos campeão do Brasileiro, trouxe o Ronaldinho e fez ele jogar muito, deixou a base que iria ganhar a Copa do Brasil, é um cara que tem “olho bionico” pra reforço, çembro quando ele trouxe o Pierre e o Leandro Donizete e acertou o time, depois ainda trouxe o Victor, Junior Cesar e Jô, alem do Ronaldinho, perfeito!

  • Raul Otávio da Silva Pereira disse:

    Ele tá certo. A vida vai passando e não há dinheiro no mundo que a compre de volta.
    Já ganhou uma Libertadores, um Brasileirão…vai passear, se divertir e curtir a família.