Blog do Chico Maia

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Parabéns Mineirão, 56 anos de emoção. Gratidão eterna!

Diário do Comércio/Tomaz Silva/Agência Brasil

Quais foram os seus três momentos mais marcantes, com você presente no Mineirão?  Os meus foram

. . . a conquista da Libertadores pelo Atlético em 2013 . . .

. . . os 7 x 1 da Alemanha sobre o Brasil em 2014 . . .

. . . e Cruzeiro 3 x 0 River Plate, uma reversão de placar que garantiu o título da Supercopa ao Cruzeiro.

É até covardia selecionar só três, porque são milhares grandes momentos.

Frequento este, dos maiores templos do futebol mundial desde os 11 anos de idade. Atlético 2 x 1 Ceará, foi meu primeiro jogo, inesquecível, fantástico, pelas mãos do meu irmão, Gilmar.

Num dos maiores públicos pagantes da história, na arquibancada, junto com o meu pai, Vicente, vi Palhinha surgindo como nova estrela do Cruzeiro, comandando o time que derrotou o Galo, que começava montar aquele timaço de Cerezo, Reinaldo e Cia. Foi 2 x 1 para o Cruzeiro, na final do Campeonato Mineiro.

Pouco tempo depois o Mineirão passou a ser um dos meus principais locais de trabalho. Me tornei repórter e lá estava, quase todas as quartas, quintas, sábados e domingos. Tudo era novidade, todo jogo, tudo era prazeroso, só de estar ali, naquele ambiente. O convívio com os grandes jogadores, treinadores e colegas de profissão era a melhor coisa do mundo. E eu ainda recebia salário para estar ali.

Viva o Mineirão! O “Gigante da Pampulha”

Estar no gramado, ao lado de gente das Rádios Guarani, Inconfidência, Jornal de Minas, Itatiaia, TVs Itacolomi, Bandeirantes, Globo, Alterosa, como Paulo Celso, Walter Luiz, Dirceu Pereira, Afonso Alberto, Alair Rodrigues, Luiz Carlos Alves, João Natal, Marrocos Filho, Ronan Ramos de Oliveira, Paulo Roberto Pinto Coelho, Roberto Abras… Nas cabines batendo papo, me contendo pra não pedir autógrafo a Fernando Sasso, Kafunga, José Lino Souza Barros, Carlos Valadares, Waldir Rodrigues, Jairo Anatólio Lima, Jota Júnior, Lucélio Gomes, Luiz Chaves, Vilibaldo Alves, Luiz Otávio Pena, Osvaldo Faria . . . PQP! era sensacional.

Meus primeiros chefes em Belo Horizonte eram grandes ídolos que eu tinha do rádio: Gil Costa e Flávio Anselmo. Privilégio e honra estar ali.

Era feliz e sabia que era. Estar no “Vaticano” do futebol com tanta gente fora de série era um prazer. Aos domingos, para as partidas das 16 ou 17 horas, chegava lá ao meio dia e só saía por volta das 21/22, depois das resenhas no ar,  e depois nos bares do próprio estádio. Era o mais novo de idade, entre todos. Aprendia com todos eles.

Começava a “jornada esportiva” da Rádio Capital e eu no “anel externo” descrevendo o movimento dos ambulantes, as raras ocorrências policiais e entrevistando os torcedores que chegavam. Faltando meia hora para a bola rolar, ia lá para dentro e aguardava o âncora da transmissão, normalmente o Waldir Rodrigues, me acionar:

__ E agora, direto do anel interno do Mineirão, o ‘força jovem’ Chico Maia…” e eu contava o que estava acontecendo na região dos bares, na divisa entre as torcidas nos clássicos, os arranca-rabos e eventuais “pescotapas” nos distraídos, principalmente do interior, que entravam pelo portão da torcida errada e caía da boca do leão adversário.

Agarrei a oportunidade que me foi dada, cobrindo inicialmente o América, três meses depois o Galo e eventualmente o Cruzeiro. Estava no paraíso. De lá até hoje, foram dez Copas do Mundo e seis Olimpíadas, presencialmente.

Tudo por causa deste fascínio que o Mineirão exercia e exerce até hoje. É a obra e o seu conjunto. Toda vez que passo em frente, me emociono e manifesto a minha gratidão. Quando entro, só falto ajoelhar.

Obrigado e parabéns Mineirão!

Antes da reconstrução, ainda nos tempos em que se permitia repórteres atrás dos gols, eu (direita), com os queridos Marcos Russo (esquerda), Almir Roberto e Roberto Abras, trabalhando no Mineirão.


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Comentários:
6
  • J.B.CRUZ disse:

    ***** mineirão;a eterna toca: 3 : *****
    **************************************************
    verdadeiro dono do mineirão, estádio em que conquistou grande parte de seus títulos, os mais importantes do futebol de minas gerais; o cruzeiro mudou radicalmente sua história após a
    inauguração do gigante da pampulha, em 05/09/1.965….à época, a raposa, tinha sido fundada há apenas 44 anos (02/01/1.921),por uma colônia italiana e as no século xx *****.
    os três melhores momentos para mim…..
    1 – ) cruzeiro 6 x 2 santos de pelé e cia..( 30 de novembro de 1.966 (taça brasil )..
    2 – ) cruzeiro 5 x 4 internacional ( 07 de março: libertadores de 1.976) ..
    3 – ) cruzeiro o x o baiern de munique ( 13 dedezembro de 1.976- vice-mundial).
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    obs: por 18 anos ininterruptamente( quartas e quintas 21:00 hs. e sábados e domingos ás16:00 hs).
    frequentei as dependências do mineirão; mas, em 1.983, começaram ¨pintar¨ as ¨¨üniformizadas ¨¨¨…
    e as idas ao estádio foram rareando como; no jogo cruzeiro 4 x 0 racing (super-copa 92) ,
    cruzeiro 1 x 1 palmeiras ( bi-copa brasil, jogo de ida 96), cruzeiro 2 x 1 sãopaulo( tri-copa-brasil jogo de volta 2.000 ), cruzeiro 2 x 1 paissandú ;returno do brasileirão 2.003-campeão antecipado em 30 de novembro) ) cruzeiro 5 xo ‘galo’ campeonato mineiro de 2.008)………e o último jogo ; cruzeiro 3 x 0 grêmio-tetra brasileiro em 2.014).
    agora é só sky e t.v. fechada…
    **************************************
    cruzeiro sempre !!!..

  • Raws disse:

    Eu como “sócio” desse estádio nas boas épocas, poderia enumerar diversas partidas memoráveis, mas foi em uma partida sem grande importância que muito me marcou na arquibancada. Galo X América(RJ), o time carioca ganhava de 1×0, acho mais pela soberba de nossos jogadores, aí nós entramos em cena. Começamos a incentivar o time mais do que nunca tinha visto e o time cresceu foi pra cima, empatou e virou o jogo.
    Jamais esquecerei esse dia. Cheguei em casa bêbado e rouco. O técnico do América na coletiva exaltou nossa torcida, falando de outra forma, que nós ganhamos a partida.
    Sardade pouca, mió nenhuma…

  • Silvio Torres disse:

    Atlético 3×1 Grêmio 11/12/1977 – Pelo placar parece que foi um jogo fácil. Mas não. Chuva intensa em BH, campo pesado. O galo fez um a zero no primeiro tempo, o Grêmio empatou no inicio do segundo e fez uma pressão incrível atrás da virada. Nos minutos finais, Cerezo lança da intermediária, Reinado domina no peito colocando á frente dos zagueiros e dá um toquinho por cima do goleiro. Eu, garoto, simplesmente me deslumbrei com o talento de um timaço resolvendo uma partida duríssima.
    Atlético 1×0 Flamengo 04/02/1987 – Além de ter sido uma vitória em cima do mengo em fase de mata mata do brasileiro, havia mais de cem mil no Mineirão. O coro dessa torcida cantando “tá chegando a hora” nos minutos finais nunca mais saiu da memória.
    Atlético 2×2 Massa Falida 06/10/2001. O galo perdia por dois a zero até os 40 do segundo tempo. Ramon, de falta, e Marques levaram a torcida à loucura com os gols de empate, E a virada esteve por pouco no minuto final. Que festa! São vitórias que valem mais que tudo. Como você disse, Chico, são dezenas de momentos inesquecíveis, mas registrei esses que ficaram gravados pelo futebol do time em campo e a comemoração da VERDADEIRA torcida do Atlético. É duro ter que aguentar atualmente um monte de babacas modinhas que só sabem ofender e atacar sem argumentos, sem conhecimento e sem a história nas veias que nós, da velha guarda, trazemos no sangue.

  • Ed Diogo disse:

    Tenho 3 mas vou falar somente de um que foi para mim o mais marcante que e a inauguração quando eu tinha 11 anos e foi eu meu pai minha mãe e meu irmão mais velho e com aquela idades nunca tinha visto tantas pessoas juntas e também não esqueço os cavalos da PM que nos empurravam para que a fila do ônibus ficasse organizada naquele bagunça organizada . Estava me esquecendo do melhor que foi ver aquele maravilhoso estádio e ficar olhando hipnotizado sem acreditar que estava lá dentro. Simplesmente maravilhoso inesquecível.

  • Marcos disse:

    Cruzeiro e Atlético ganharam títulos importantes nesse estádio, que é a casa maior do futebol mineiro.
    Mas foi nesse mesmo Mineirão onde Cruzeiro e Atlético caíram pra segunda divisão.
    E foi nesse mesmo Mineirão onde aconteceu a pior derrota da história da seleção brasileira.

  • Alisson Sol disse:

    Meus três momentos:
    13/Agosto/1997: Cruzeiro vencendo novamente a Libertadores em 1997, em jogo visto ao lado do meu falecido pai e outros familiares.
    22/Junho/1997: A partida do maior público da História no estádio, Cruzeiro 1 x 0 Vila Nova. Marcante tanto pelo jogo quanto pela bagunça…
    12/Agosto/2016: Brasil x Austrália em jogo de futebol feminino válido pelas Olimpíadas de 2016, em que tive a oportunidade de levar a família inteira em BH a um jogo de Olimpíada.