Imagem: twitter.com/Cariogalo
Ao empatar com o Fortaleza naquela displicência irritante o Atlético dava sinais de que não tinha time para brigar pelo título. Antes já havia empatado com o Goiás uma partida em que se recusou a atacar e vencer. Nem citarei a derrota para o Grêmio, que estava em péssimo momento. O jogo foi em Porto Alegre e o adversário, da prateleira de cima. Essa derrota para o Bahia põe em cheque a força do time para brigar por uma vaga na Libertadores. A opção por um time todo reserva, em casa, foi absurda. Como bem lembrou o comentarista Cadú Doné, na Itatiaia, o treinador poderia ao menos ter deixado uns três titulares no banco para uma necessidade extrema, como nessa derrota. O time que começou jogando, horrível, sem nenhum entrosamento e no banco, jogadores piores ainda.
No fim do primeiro tempo o Caixa entrou em desespero com o lateral Hernandez. Propôs “apresentá-lo” à bola no intervalo. O Bahia descobre e contrata um Gilberto, artilheiro, e o Galo esses que estão aí. A turma dos “panos quentes” diz que o goleiro Douglas não deixou a bola entrar. Uai, todo goleiro adversário está lá para isso, ou não?
Na situação em que se encontra o Atlético não tem que priorizar nenhuma disputa. Brasileiro e Sul-Americana são importantes. Com o elenco limitado que tem o Galo tem boas chances de brigar por um dos quatro primeiros lugares. Com reservas, esqueça. Na Sul-Americana, vale o título, difícil de ser conquistado, porém, possível. Tem que usar a força máxima nas duas disputas para ter chance de beliscar alguma coisa.
Depois do jogo contra o Fortaleza o técnico Rodrigo Santana disse que time tentaria “recuperar” aqueles pontos fora de casa. Como se pontos perdidos nesta fórmula de campeonato fossem recuperáveis. Depois da derrota para o Bahia, o veterano Leonardo Silva falou a mesma coisa. Durma-se com essas.
Nessa toada, tenho que discordar até do
@FortalezaEC, hein??? Ah, mas o Galo misto é lixo… imagina o Santos completo?”
“E o Goiás contra o Inter, hein????
Tive que contestá-lo também no twitter: “Meu caro Igor, obrigação do Galo era ganhar. Estaria no topo da tabela se não tivesse empatado aquele jogo e também contra o Goiás. Santos e Inter, problema deles. Cada um com os seus!”
Os campeonatos nem sempre são vencidos pelos melhores times ou que têm mais craques. A determinação do grupo e boas estratégias operam milagres e o futebol está cheio de exemplos aqui e no exterior.
O Atlético campeão de 1971 não tinha craques como tinham o Santos, Botafogo, São Paulo e Cruzeiro, mas tinha aquilo que virou tradição do Galo: garra, vontade de ganhar, sangue nos olhos!
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