Twitter do Atlético anunciou que o goleiro foi registrado na CBF e está em condições de jogo
Graças à lambança do Mariano, que, com aquele erro de passe, ferrou o Rafael contra o Santos, o goleiro preferido do Sampaoli deverá estrear com a camisa do Galo bem antes do previsto. Nascido em São Paulo, capital, 30 anos de idade, Everson se destacou primeiro no Guaratinguetá em 2010, indo para o River do Piauí em 2013, Confiança de Sergipe (2014), Ceará (2015), Santos, ano passado e agora Atlético.
Se por um lado, a falha do Mariano foi péssima para o Rafael, que é excelente goleiro, em ótimo momento, por outro, mostrou que o Jorge Sampaoli estava certo ao insistir na aquisição de um outro goleiro de alto nível. Só assim a imprensa e a torcida puderam ver aquilo que o treinador está vendo e sentindo diariamente no trabalho na Cidade do Galo: Victor agora pertence à história gloriosa do Atlético. O goleiro mais vencedor, o “São Victor” que foi fundamental na conquista principalmente do maior título do clube, a Libertadores, enfim, tudo de importante que ele foi, mas, infelizmente o tempo passa e é inexorável. Com 37 anos de idade, não rende mais o que precisa para ser jogador do Clube Atlético Mineiro. Todo o reconhecimento a ele, profissional exemplar e muito bem pago pelo trabalho pelo qual foi contratado.
Importante fazer todas essas ressalvas, porque senão aparecem uns malas sem alça dizendo que estou sendo injusto com o Victor. No futebol brasileiro imperam o paternalismo e saudosismo. E nem todo grande jogador sabe a hora certa de pendurar as chuteiras e partir para outra atividade profissional, no futebol ou fora dele. Nessas situações sempre me lembro do Nelinho, que aos 36 anos jogava muito e continuava sendo o maior cobrador de faltas do nosso futebol. Mas, marcou a data do jogo de despedida e não abriu mão. Mesmo com tantos apelos para que continuasse por mais um ano jogando no Atlético. Numa entrevista a mim, na Band, ele disse: “Vocês que hoje dizem que devo jogar mais um ano, serão os primeiros a me detonarem no primeiro lance em que eu não conseguir acompanhar o ponta e o Atlético tomar o gol”.
Claro que ele tinha razão. No mesmo ano de 1986, jogava e pedia votos para deputado estadual pelo PDT. Foi eleito e no inicio de 1987 fez o jogo de despedida no Mineirão. Um sucesso, casa cheia. Parou por cima.
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