Ótima iniciativa do Ronaldo de convidar a diretoria do Atlético para almoçar no domingo, dia do primeiro clássico dele como comandante do Cruzeiro. Contribui muito para serenar os ânimos e mostrar a tantos idiotas dos dois lados que Galo e Raposa são os maiores adversários um do outro e não inimigos. O futebol precisa voltar a ser festa e não guerra. Ronaldo traz para o Brasil uma prática comum há muitos anos no futebol europeu, em que os presidentes dos clubes assistem aos jogos entre eles, juntos, dividindo as mesmas tribunas, mesmo nos clássicos de grande rivalidade.
Em 2005, em Portugal, os presidentes dos arquirrivais, Benfica e Sporting, Luís Filipe Vieira e António Dias da Cunha, puseram fim a grandes polêmicas e acusações mútuas, assistindo juntos, o clássico entre eles. Primeiro no estádio Alvalade, do Sporting; depois, na tribuna presidencial do Estádio da Luz, do Benfica.
O futebol português vivia e ainda vive mazelas muito parecidas com o que acontece no Brasil, dentro e fora dos gramados. Eleito presidente do Benfica em 2003, Luís Filipe Vieira renunciou ao cargo em julho do ano passado, depois de ser preso, acusado de corrupção. Foi ele quem contratou de volta ao clube, Jorge Jesus, após o sucesso do treinador no Flamengo. Dias da Cunha ficou cinco anos na presidência do Sporting e também renunciou, em 2005. Porém, nada envolvendo corrupção e sim desentendimentos com a própria diretoria sobre a demissão ou não do então técnico José Peseiro. Caiu junto com o treinador.
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