Coluna do Flávio Anselmo, que será publicada em vários jornais do estado amanhã, dia 6/8/09
Após conseguir dominar o grupo, tê-lo ao seu lado pro que der e vier, Adilson Batista deixou de ser, lamentavelmente, unanimidade no elenco do Cruzeiro. Coisa natural, desgaste provocado pelos dois anos de trabalho. Não devia ser assim, mas é. O episódio Sorin, cujas entrevistas reclamaram do espaço que lhe foi fechado por Adilson, azedou mais ainda o ambiente.
Outros fatos se somaram como as mexidas do técnico valorizando jogadores de outras posições em detrimento àqueles do setor. Exemplo: contra o Grêmio, Bernardo e Athirson estavam no banco. No entanto, Adilson optou errado por usar Elicarlos: era o quinto volante em campo.
Qual armador não se revoltaria com essa situação? Aos confidentes, Adilson já avisou com Bernardo não tá em seus planos, porque não marca ninguém. Uai, craque precisa de marcar ou cercar? Wagner marcar? Diego Tardelli, por exemplo, no Galo, marca, além de gols?
Thiago Ribeiro revoltou-se com a multa aplicada por sua expulsão no Sul. Claro que a de Jonathan tem que ser o dobro, afinal ele provocou a goleada sofrida. Foi punido desta forma?
Houve tratamento diferente nos dois casos: Thiago Ribeiro é outro insatisfeito como Athirson e Bernardo. E a covardia com os meninos dos juniores? Os beques Neguete, Vinicius e Luizão entraram nas geladas. Quando Fabrício, Henrique e Fabinho quiseram, foram pra zaga. Os meninos sumiram. Outros revoltados. E por aí vai…
Ou seja, dividido o elenco o complô toma proporções vergonhosas. Sob a desculpa de abalados psicologicamente com a perda da Libertadores, vários feridos no desleal combate contra os preferidos do Rei, fazem corpo mole. Na casa que tem pão, mas falta comando, todos brigam e ninguém tem razão.
Se Eduardo Maluf agir como tem prometido, pode ser que a reação no Brasileiro venha. Caso contrário, adeus Adilson Batista, contra minha opinião, porém com grande parcela de culpa do próprio.
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