Esta é uma cobertura totalmente diferente das que estou acostumado. Sem jogos, nem treinos para cobrir, sem atletas para entrevistar e quase nenhum colega brasileiro para conversar e trocar informações.
É uma disputa entre políticos, dirigentes esportivos, e grandes interesses econômicos. De Minas, nenhum outro jornalista. Dos tradicionais companheiros do Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Nordeste, de Copas e Olimpíadas, ninguém. Os jornalistas que estão aqui são, na maioria absoluta, os correspondentes que as redes de TV, rádio e os jornais têm na Europa. Como o Pedro Bassan, que mora em Lisboa, Marcos Losekan, Londres (ambos da Globo), e o Carlos Dorneles, da Record, que vive em Londres.
Braço da Globo na TV paga, o Sportv enviou o âncora Marcelo Barreto, a repórter Duda Streb e mais quatro produtores.
Dos grandes portais da internet, estive com o pessoal do Globoesporte.com. As agências internacionais de notícias fornecem material para a maior parte dos demais veículos.
As notícias que saem daqui para o Brasil são enviadas por essas pessoas, além da empresa de assessoria de imprensa contratada pelo Comitê Olímpico Brasileiro – COB -, aliás, muito boa de serviço. Um dos contratados dela é o Gonçalo Gomes, que foi correspondente da Rede Globo até 2007. Reside em Londres há 20 anos.
Resumindo, no fim das contas, é o sistema Globo que quase monopoliza a informação consumida no Brasil. O que ela fala vira verdade e raramente alguém contesta.
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