Além de ser um dos melhores radialistas do país, Eduardo Costa, da Itatiaia, escreve muito bem.
Já foi do Super Notícia, do Aqui e há uns meses está com a sua coluna no Hoje em Dia.
A de hoje é imperdível e explica de forma clara e simples o motivo de obras vitais, como a duplicação da BR 381, não sairem do papel:
* Chamada Geral
“A turma do faz de conta”
É do deputado Fábio Ramalho (PV) a frase mais óbvia para relacionar nossos representantes em Brasília a algumas obras tão esperadas entre nós: “É só a gente não votar mais nada, até que atendam Minas”. Ora, se é verdade que há má vontade do governo federal para com nosso Estado – e não é acusação apenas contra Lula e Dilma – por que então não repetir a velha tática da bancada nordestina e alguns de seus líderes mais radicais, como o lendário Antônio Carlos Magalhães?
A resposta é simples e Fábio sabe disso. A maioria dos 53 deputados e mais três senadores que colocamos no Congresso Nacional têm outras prioridades. Fingem que se preocupam com nossas mazelas, mas querem, na verdade, é reeleição e isso implica não incomodar Dilma Roussef, ganhar verbas e fazer pequenas obras no maior número de municípios possíveis para garantir o voto.
Eles não têm compromisso com o sofrimento de nossa gente. Afinal, essa história de duplicação da BR-381 já dura 40 anos e tivemos vários mineiros mandando no Ministério dos Transportes e no DNIT (Alexandre Silveira foi o último) e nada aconteceu. O próprio José Alencar, o ex-vice tão festejado antes da morte, botou seus aliados lá e não resolveu.
Para não analisar mais de cinco centenas de deputados, vamos ver a posição dos nossos três senadores. Aécio Neves canaliza todas as suas energias para fazer política com vistas ao futuro próprio, mas não se entrega às nossas demandas. Quando o colega dele, governador do Rio, Sérgio Cabral, fez uma grande mobilização para não dividir os royalties do petróleo (que é retirado no meio do mar, portanto não é de uma unidade da federação) o ex-governador de Minas ficou caladinho. Sequer aproveitou a ocasião para fazer mobilização semelhante em torno de um novo marco regulatório do minério, para diminuir a injustiça contra as cidades mineradoras de Minas.
Já em relação a Clésio Andrade e Zezé Perrela a gente não pode esperar muita coisa porque ambos chegaram lá sem um voto. O primeiro ganhou a vaga com a morte de Eliseu Resende e o Zezé em decorrência do falecimento de Itamar Franco. Clésio é representante das empresas de ônibus e outros transportadores fortes, portanto, tem outras ocupações. Quanto a Zezé, a julgar pela atuação pífia de quando foi deputado federal e estadual (eleito) vai ser uma nulidade pelos próximos sete anos.
Eduardo Costa escreve neste espaço às segundas, quartas e sextas-feiras.
» Comentar