O grande problema de estádios completamente cobertos é que o gramado sente, e nunca terá a mesma qualidade de um que pega o sol pleno. É o caso do Nacional de Varsóvia, que mais parece um teatro, aberto eventualmente para jogos de futebol. Os poloneses têm todos os motivos para se orgulharem dele, mas neste Portugal 1 x 0 República Tcheca, a grama da área dos goleiros estava visivelmente prejudicada.
A qualidade do futebol foi aquela de quase todo jogo onde tem que sair um vencedor de qualquer jeito: tenso; bola queimando nos pés dos jogadores.
Méritos
Portugal teve mais volume de jogo em toda a partida, mas tinha pela frente a muralha que é o goleiro Petr Cech. Os tchecos deveriam dedicar o placar de só 1 x 0, a ele.
Dois grandes nomes do futebol mundial criticaram a principal estrela portuguesa nos últimos dias: o ex-goleiro da Alemanha, Oliver Kan, disse que ele age como uma “Diva”; e Johan Cruiyff afirmou que ele precisa evoluir como pessoa. Pois ontem ele voltou a brilhar e a espantar as desconfianças sobre a sua liderança em campo.
Agora é olho em Espanha x França, amanhã, para ver quem será o adversário. Os franceses querem surpreender os atuais campeões do Mundo e da Eurocopa.
Faltou a anfitriã
Claro que o estádio estaria mais cheio e motivado caso a Polônia estivesse em campo, mas Varsóvia mantém o pique dos primeiros dias da Eurocopa, com excelente receptividade. Quem chega pelo aeroporto internacional sente logo ao descer do avião que o país se esmerou para receber o evento.
Um novo aeroporto foi construído no local do antigo, proporcionando conforto e facilidades a quem o utiliza.
Fica a menos de 15 minutos de carro do centro da cidade.
Como a Pampulha
Em termos de distância o a aeroporto Frederyc Chopin está para Varsóvia assim como a o da Pampulha está para os Belo Horizonte. Mas a comparação para por aí, já que além de gigante, a estrutura e vias de acesso construídas pelos poloneses se equivalem às melhores do mundo.
Depois do desembarque, rápido, quantidade enorme de táxis, todos de ótima qualidade, está à disposição da clientela. A corrida até o hiper centro da capital da Polônia não passa de R$ 20,00.
Brasil na área
Antes, no intervalo e depois dos jogos, são executadas músicas pop de várias partes do mundo, com destaque para bandas inglesas e norte-americanas. O Brasil está representado pelo inconfundível “Se eu te pego”, com Michel Teló e mixagem de bandas européias. Também toca-se muito o sucesso popular do Gustavo Lima. Em ambientes mais requintados, do Brasil, ouve-se as músicas de Tom Jobim, em abundância.
Boca e Chivas
O pouco da cultura da América Latina que é notado aqui, se resume a Brasil, Argentina e México. Uma rádio de Gdansk tem programa semanal sobre o tango argentino e o samba brasileiro, e toca muito músicas mexicanas no dia a dia. Por incrível que pareça, no futebol o Chivas do México e o Boca Juniors são mais conhecidos que qualquer clube brasileiro.
Do Brasil, perguntam, às vezes, pelo Santos de “Pile”, numa referência a Pelé.
Bola e cultura
No centro histórico de Varsóvia o “Roteiro Chopin” é uma atração que mexe com as pessoas.
Nos locais onde o pianista costumava freqüentar há equipamentos que tocam as suas músicas, como neste banco, por exemplo.
É só apertar o “play” e curtir.
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