“Algumas coisas nunca mudam.
Mortes por causa de futebol.
Morte no Anel Rodoviário por causa de um “caminhão desgovernado”.
Vamos esperar o final do ano para ver as mortes por causa da chuva.”
Este foi um comentário enviado pelo Frederico Dantas ao blog, e aproveito o embalo para apresentar mais uma coisa que nunca muda no em Minas e no Brasil: a política!
Como ele é meu conterrâneo, apresento aos senhores, o editorial do Jornal Sete Dias, de Sete Lagoas, que vai circular na edição de amanhã:
“É bom, mas custa caro!”
Chegou a época de vivenciarmos a plenitude do Estado de Direito, ao mesmo tempo em que recordamos a velha frase: “Democracia é bom; mas custa caro!”. Em todos os aspectos.
Quando se erra no voto, leva-se, no mínimo, quatro anos para corrigir e ainda assim correndo o risco de novo erro.
Além de cara, a democracia é um sistema político cheio de defeitos, porém, até hoje não se inventou alternativa melhor, apesar de tantas tentativas na história em todas as partes do mundo.
O custo começa na campanha eleitoral, quando a paciência e a inteligência de todos nós é posta à prova. Gaste um tempo e acesse, por exemplo, o site oficial do Tribunal Regional Eleitoral: http://divulgacand2012.tse.jus.br/divulgacand2012/FramesetPrincipal.action?siglaUFSelecionada=MG
Neste endereço estão as declarações de bens e previsão dos gastos dos candidatos a prefeito e vereador de Sete Lagoas nesta campanha. Você ficará incomodado com candidatos que duvidam da sua inteligência, mas em compensação vai rir muito dos disparates das informações, num show de incoerências inacreditáveis. Fosse o Brasil um país que exigisse o cumprimento fiel de suas leis, essas declarações dos candidatos serviria, no mínimo, para que a Receita Federal chamasse a maioria absoluta para esclarecimentos. Muitos se enrolariam na malha fina e dariam margens para investigações mais sérias.
Das três candidaturas a prefeito constantes no site, Márcio Reinaldo prevê gastos até R$ 3,5 milhões; Emilio de Vasconcelos R$ 2 milhões e Múcio Reis R$ 500 mil.
Muitos candidatos a vereador estão prevendo gastar mais de R$ 2,5 milhões, o que já caracterizaria abuso de poder econômico. Porém, muitos informam previsão de gastos na ordem de R$ 10 a R$ 20 mil. Os candidatos a vereador que sabidamente têm mais recursos financeiros jogam o valor de seu patrimônio para baixo. Um deles declara ter apartamento na Av. Villa Lobos, no valor de R$ 130 mil. Outro, informa que a sua mansão no mesmo aristocrático Bairro Mangabeiras vale R$ 205 mil.
Por outro lado, candidato que mora no popular Bairro Nova Cidade informa que a sua casa lá vale R$ 180 mil. Um outro, cuja casa é no igualmente popular Bairro Eldorado, declara que a casa está avaliada em R$ 150 mil.
Em condições normais, é possível um automóvel GM Celta valer R$ 40 mil? Pois o TER tem essa informação lá.
Vale a pena acessar o site. Certamente você verá amigos, vizinhos e parentes contando boas estórias e também histórias à Justiça Eleitoral e à comunidade.
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