O Governo do Estado gastou em torno de R$ 16 milhões para reformar a Arena do Jacaré e deixá-la em condições de uso para Atlético, Cruzeiro e América nos campeonatos estadual e nacional nos dois últimos anos.
A obra não foi concluída 100% e a entrega ao Estado, pela empreiteira, foi apenas “parcial”. E agora, conclui-se, mal feita, já que a Ademg, autarquia que administra o estádio, foi obrigada a interditar um bloco, perto de onde fica a delegacia de polícia, porque apareceram rachaduras e há até o risco de queda.
Com a reinauguração do Estádio Independência, na Capital, obra também muito contestada, os clubes pararam de jogar em Sete Lagoas, e a Arena foi largada de lado pelo governo. Os sistemas de som e de câmeras de segurança foram retirados, o que fez com que o Ministério Público mandasse baixar a capacidade para apenas 10 mil pessoas.
Os banheiros químicos foram retirados, bem como as catracas para a entrada do público, que pertenciam ao Cruzeiro, que naturalmente as levou; o gramado não é mais aquele tão elogiado por jogadores e mídia nacional, já que a bomba que o irrigava queimou e ele é molhado agora através das velhas e boas mangueiras de jardim.
No último dia deste mês de agosto expiram-se os laudos de segurança e vigilância sanitária, e certamente será uma dura batalha para renová-los.
Para arrecadar alguma coisa, por R$ 2.500 a Ademg está alugando o gramado para empresas ou amigos que queiram se juntar e bater uma bolinha lá. Semana passada o canal de TV pago, Premiere FC, promoveu um torneio entre seus assinantes, obviamente que pagando o devido aluguel, proporcional ao número de jogos realizados no dia.
Neste fim de semana começa o Campeonato Mineiro da Terceira Divisão. O Democrata e o novo time de futebol profissional da cidade, Minas, jogarão na Arena.
Porém, caso Atlético, Cruzeiro e América precisem realizar alguma partida lá, pelo Brasileiro, terão de esperar até que uma nova reforma seja feita, e que os equipamentos retirados sejam recolocados, e o gramado receba uma maquiagem que o deixe em condições razoáveis, dentro das exigências da CBF.
E imaginar que R$ 16 milhões do dinheiro que é pago por todos nós, através dos muitos e caros impostos, foram gastos lá, para o estádio ser largado dessa forma!
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