Em tempos de comemorações do centenário de nascimento do jornalista Nelson Rodrigues, ele deve ter se contornado no túmulo ao ver a sua célebre frase funcionando contra o seu Fluminense, sábado: o “Sobrenatural de Almeida” entrou em campo e provocou a derrota do líder para o lanterna, na casa do tricolor, que poderia ter aberto uma diferença respeitável em relação ao vice.
Porém, o Atlético não conseguiu aproveitar a derrapada carioca e perdeu para um Náutico turbinado pelas circunstâncias da atual fase do Brasileiro.
Turbinados
Tanto os pernambucanos quanto o Atlético-GO lutam desesperadamente contra o rebaixamento, e não tenho dúvidas que “malas” pretas e tricolores já devem estar voando país afora. Sim, porque foi impressionante o tanto que esses quase rebaixados correram sábado e ontem.
O Náutico teve um fator a mais: caldeirão dos Aflitos, uma pressão que funciona, como reconheceu Vanderlei Luxemburgo, após a vitória de 2 x 0 sobre o mesmo Náutico em Porto Alegre, quinta-feira.
Ele conhece
Disse Luxemburgo que é preciso saber usar o fator casa, em estádios onde a pressão é difícil suportar, para ganhar os jogos. Citou de forma elogiosa, o Independência, a nova casa do futebol mineiro.
Pressão
Luxemburgo destacou o quanto a torcida do Atlético está sendo importante para ajudar o time: “é pressão no adversário, na arbitragem e injeção de ânimo nos próprios jogadores do time”.
O Atlético receberá seus dois principais concorrentes no Independência, e além do jogo a menos que tem no campeonato, não pode desperdiçar essa vantagem reconhecida pelo seu ex-treinador, que já está estudando como jogar essa partida em Belo Horizonte.
Apelando
O goleiro Fábio perdeu as estribeiras, imediatamente depois do empate com o Vasco. Já temendo que a torcida o culparia pelo gol vascaíno, disse que se não estiverem satisfeitos com ele, que rescindam o contrato o contrato. Não é essa a postura que se espera de um experiente como ele, endeusado pela maioria da torcida azul.
Nunca foi de assumir falhas, e está passando da hora de fazê-lo.
Equivocados
Alguns cruzeirenses escreveram dizendo que estão com saudades do Zezé Perrella. Nada a ver. Reitero o que escrevi quando o Celso Roth foi contratado: para a situação financeira vivida pelo clube no momento, e com o fim da estrutura do time que jogou junto os últimos quatro anos, não havia treinador melhor. O Objetivo era evitar risco de rebaixamento este ano, e isso o Celso Roth já conseguiu.
Sem risco
Caso Roth continue no cargo, creio que o Cruzeiro ficará entre os 10 primeiros, o que seria uma colocação honrosa, em função das finanças arrombadas, herdadas pelo atual presidente. Mas é claro que o torcedor estrelado, acostumado com filet durante tantos anos seguidos, não aceita um “caol” agora, não é!?
Mas, não há outro jeito, pelo menos este ano.
Caixa d’água
Até que os cofres voltem a encher o Cruzeiro terá uma dura luta pela frente. A tendência é que ocorra sem grande demora, já que o Dr. Gilvan de Pinho Tavares não é político partidário e o faturamento do clube, que é alto, está sendo investido apenas nele. No momento, pagando contas e honrando os compromissos feitos pelo antecessor, de quem era vice, alado, e sem direito a reclamações.
Acesso
Terminou ontem a primeira fase da terceira divisão e o nosso Democrata Jacaré classificou-se em primeiro no grupo A, com o Minas em segundo. Agora, oito clubes, divididos em dois grupos apontam quatro semifinalistas. O Jacaré tem em seu grupo, Coimbra (Nova Lima), Guaxupé e Ituiutabana. O outro grupo: Nacional de Uberaba, Valeriodoce, Minas e União Luziense ou Jacutinga (dependendo da briga no tapetão).
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