O companheiro Pedro Artur Mateus cobre o Cruzeiro há muitos anos e publica uma reportagem no Hoje em Dia de hoje, onde mostra um lado que eu não conhecia do Dr. Gilvan de Pinho Tavares, que seria um “autocrata”, segundo fontes do Pedro Artur.
Confira:
* “Cruzeiro tem um presidente perdido na Toca da Raposa II”
Correndo risco de rebaixamento, a quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro convive com um problema nos bastidores que parece refletir diretamente no desempenho em campo: uma diretoria sem rumo, que demonstra estar ‘perdida’ frente aos problemas que precisa resolver e as decisões a serem tomadas.
Segunda, pela primeira vez, o mandatário estrelado confirmou a saída do treinador após o Brasileirão.
Coincidência ou não, a declaração do presidente da Raposa ocorreu um dia após o procurador de Roth, Jorge Machado, revelar que o treinador não tem interesse em continuar. A saída foi confirmada pelo técnico. “Não estarei no Cruzeiro no ano que vem. Tivemos essa conversa há um bom tempo”, conta o técnico.
As rusgas entre o presidente e o técnico se tornaram públicas há algum tempo. Apesar disso, Roth garante que não tem nenhum problema com o cartola. “Não existe mal estar. Existem divergências sobre a sequência do clube. Infelizmente, vim num momento em que não conseguimos realizar o queríamos”, explica Roth.
A lista de possíveis substitutos tem nomes que vão de Vanderlei Luxemburgo a Marcelo Oliveira. E, a cada dia, surgem novas opções. Ontem, mais dois candidatos entraram na pauta: Paulo Roberto Falcão e Dorival Júnior, com boa passagem pela Toca em 2007.
CENTRALIZADOR
Além da relação conflituosa que teve com Roth, Gilvan é considerado, por muitos no clube, como centralizador. Um conselheiro comenta que o mandatário azul “não ouve ninguém e decide tudo sozinho”. O “colegiado” de outras épocas teria dado lugar a esporádicas consultas ao diretor de futebol Alexandre Mattos, responsável pelas negociações, previamente deliberadas por Gilvan. O cartola rejeita esse rótulo. “Não faço nada sem consultar a diretoria”, garante.
FALASTRÃO
Em 11 meses de mandato, Gilvan tem dado provas de falta de habilidade para lidar com o cargo. Em janeiro, por exemplo, quando os salários estavam atrasados, ele tratou a inadimplência com ironia. “Os atletas ganham muito pouco. Essa miséria que eles ganham, se atrasar dois, três dias, faz uma falta danada”, debochou, na ocasião. A declaração causou revolta no grupo, que publicou uma nota de repúdio. “Estamos indignados com a declaração irônica do presidente Gilvan de Pinho Tavares sobre o atraso dos salários”, dizia um trecho do comunicado.
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