Uma das esperanças que tínhamos com Copa do Mundo era a construção de um metrô decente. Quase dois anos atrás ficamos sabemos que ficou apenas no sonho. Ontem, em entrevista coletiva, o Superintendente da CBTU em Minas, pôs uma pá de cal nas esperanças de quem pensava que mesmo depois da Copa, pegássemos uma “rebarba” e pelo menos uma nova linha fosse criada.
Porém, tenho a esperança que a Copa nos ajude a resolver um problema mais sério, que se agrava diariamente, nas grandes e pequenas cidades: a criminalidade, que está chegando a limites inaceitáveis.
Mídia mundial
Graças à Copa das Confederações, este ano, e Mundial de 2014, a imprensa do mundo já está fazendo reportagens sobre este tema no Brasil. E só isso, para fazer com que as autoridades estaduais e federais se toquem. Morrem de medo da mídia internacional e da repercussão negativa do que ocorre aqui.
O canal a cabo ESPN está apresentando uma produção inglesa sobre torcidas violentas de futebol.
Os hooligans da própria Inglaterra e Europa. Depois a Argentina e agora o Brasil, com a vantagem, de abordar a violência no país como um todo, e não apenas no futebol.
Verdade crua
O apresentador é o ator Danny Dyer, que entra de sola no assunto e não amacia em nenhum aspecto, bem ao estilo inglês. Na chamada para o programa sobre o nosso país, ele diz coisas como: “o Brasil é a terra do sol, samba, futebol e também das chacinas; sem dúvida trata-se do país mais violento do mundo”.
E mostra imagens do nosso dia a dia; comuns para os políticos brasileiros, mas escandalosas para o mundo, que derrubam essa imagem mentirosa de país emergente.
Derrubando a farsa
O que adianta bater no peito e arrotar que somos a 5ª economia do mundo, se não podemos sair às ruas com tranqüilidade. Vivemos presos, em casas, prédios e condomínios, vigiados por câmeras, segurança particular e cercas de arame farpado, que fazem lembrar campos de concentração. Os bandidos, nas ruas, à espreita, aguardando a hora de dar o bote, sem perdoar ninguém.
Só a primeira
Ótimo que essa seja apenas a primeira de muitas reportagens da imprensa estrangeira sobre a barbaridade que vivemos no Brasil. Nós estamos nos acostumando com absurdos, que deveríamos tolerar em hipótese alguma.
As autoridades tratam o assunto como se fosse apenas um tema de novela e só os olhos lá de fora podem nos socorrer.
Quem de nós não enfrentou uma situação de risco, fatal, ou não teve um parente ou conhecido envolvido?
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