A quarta-feira foi de muitos jogos de futebol; mas de qualidade razoável; nada de empolgante.
A seleção brasileira perdeu para a Inglaterra em Wembley e apenas dois jogadores merecem elogios: o meia-atacante Oscar e o goleiro Júlio César; este, apesar dos exageros inacreditáveis e tradicionais do Galvão Bueno.
Ronaldinho Gaúcho não aproveitou um pênalti em situação muito parecida com aquela contra o Cruzeiro ano passado, quando Fábio foi no canto certo e pegou. Dessa vez foi o Hart, goleiro do Manchester City.
Fred entrou no segundo tempo no lugar do Luiz Fabiano, e mostrou de novo que marcar gols é com ele mesmo. Melhor centroavante do país, que deve ser titular.
Apenas o primeiro jogo do Felipão, que começa a tirar suas conclusões visando montar o time ideal para 2014.
Belo Horizonte aguarda “ansiosa” a “poderosa” seleção africana que virá disputar a Copa das Confederações, enfrentando o também “poderoso” Tahiti, na primeira rodada. Nigéria e Burkina Faso farão a grande final e o vencedor estará na capital de todos os mineiros, jogando no caríssimo Mineirão; possivelmente treinando, nos, um pouco menos caros Independência e Arena do Jacaré, durante a Copa das Confederações.
Nem um Uruguai, que pelo menos tem tradição, na primeira da disputa por aqui. Por culpa do cozinheiro Alex Atala, que não tem nada a ver com o futebol; errou e ferrou Minas Gerais no sorteio em São Paulo e ficou por isso mesmo.
Nenhuma autoridade mineira berrou contra a sacanagem, e ficamos por isso mesmo.
O Atlético passou aperto, mas venceu o Tombense F. Clube, em Tombos.
Aos 10 do primeiro tempo aconteceu o de quase sempre no futebol mineiro: na dúvida, apito a favor do grande da capital. Tombense 1 a 0, mas a arbitragem anulou dizendo que houve impedimento.
Depois o Tombense abriu o placar numa falha que a defesa atleticana não pode cometer: cruzamento pela esquerda; a bola passa pelos zagueiros dentro da área e o adversário fica na cara do gol para marcar.
Cuca avançou Marcos Rocha no segundo tempo, pôs Carlos César na lateral e o time melhorou. Ele pode estar pensando em uma nova função para o Rocha.
Sempre foi assim. O nosso Democrata Jacaré foi vice-campeão mineiro duas vezes, nos anos 1950/60; perdendo para o Galo e para o América. Segundo os mais velhos, nas duas oportunidades, “garfado” pelas arbitragens.
Situação parecida quando começa o Brasileiro ou outra competição nacional, e os sopradores de apito, na dúvida, apitam contra Atlético, Cruzeiro e América. Muitas vezes, sem dúvida nenhuma e apitam contra do mesmo jeito.
Jogo equilibrado no primeiro tempo; o Galo se impondo no segundo e nenhuma novidade em termos de jovem promessa no Tombense. No Atlético, Carlos César entrou muito bem no segundo tempo; Araújo cresceu e melhorou o rendimento do time, também na segunda etapa. Rosinei também fez uma boa partida.
Agora é colocar o Tardelli em condições legais de jogo e aguardar o São Paulo na semana que vem, no Independência, pela Libertadores.
O Cruzeiro fez pro gasto. Jogou o suficiente para fazer 2 a 0 sobre o América de Teófilo Otoni e administrou o resultado. Bom para alavancar o trabalho do Marcelo Oliveira e gerar expectativa positiva entre os jogadores, já que duas vitórias consecutivas motivam a qualquer time e dão confiança, pois indicam que o caminho seguido está correto.
Não há adversário fácil, principalmente nos jogos dos maiores clubes do estado, onde os times do interior costumam comer grama para não perder os seus jogos.
O mais interessante no Cruzeiro ontem é que está ficando claro que o Marcelo Oliveira está usando como como principal opção ofensiva as laterais, e os jogadores estão dando conta do recado. No primeiro gol, Ceará cruzou para Anselmo Ramon, de novo, aproveitar. Dessa vez ele mesmo marcou; de letra, golaço.
O segundo gol foi pela equerda, originado pelo pênalti, bem batido pelo Dagoberto.
O América já sentiu a força do Araxá.
Entre Tombense e América-TO parece haver equilibrio, apesar do time de Tombos ter jogadores de mais nome; pertencentes ao empresário Eduardo Uran, fortíssimo, aquele mesmo que levou o Figueirense a ser a “sombra” do Brasileiro de 2011; sétimo colocado na classificação final.
Desentendeu-se lá, no fim daquela temporada, retirou seus atletas e ano passado o Figueirense foi rebaixado; terminou na lanterna.
O América tem um treinador mais conhecido de todos nós, que já mostrou que é bom de serviço: o ex-centroavante Gilmar.
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