O resumo da ópera dessa vitória atleticana é o beabá do futebol: para ultrapassar retrancas bem montadas e infalíveis, só o talento individual de alguém acima da média.
E mais uma vez Ronaldinho Gaúcho foi este jogador do Atlético para bater a defesa boliviana.
Foto: http://www.superesportes.com.br/
O gol do Jô foi de um ângulo muito mais difícil do que em outras duas oportunidades que ele teve anteriormente.
Diria o Nelson Rodrigues que é a presença do “Sobrenatural de Almeida” em campo. Só isso mesmo para explicar os mistérios do futebol.
Jogo dificílimo, como era previsto. O The Strongest tem um bom time, já tinha dado muito trabalho ao São Paulo no Morumbi e jogava com 10 defensores até os 11 minutos do segundo tempo, quando o chute do Jô abriu o placar.
Em contra ataques perigosos, quase abriu o marcador, chegando na cara do Victor em três oportunidades.
Ronaldinho e Bernard foram bem marcados, mas mesmo assim fizeram ótimas jogadas e Tardelli estava inspirado, ajudando a confundir a zaga boliviana.
Os bolivianos tentaram explorar a deficiência de marcação do Marcos Rocha no primeiro tempo, mas Pierre foi um cão de guarda perfeito e eles acabaram desistindo.
Com o 1 a 0 Marcos Rocha ficou mais à vontade para avançar e aos 26, recebeu um passe fantástico do Ronaldinho, dentro da área, para sofrer o pênalti que deu a chance para o próprio R10 fazer 2 a 0 e acabar com a síndrome de perder penalidades. Foram três perdidos consecutivamente: Cruzeiro, Inglaterra e Arsenal.
Ele que já tinha dado outro passe magistral para Jô fazer o primeiro.
Bernard aguentou até os 16 do segundo tempo, sendo substituído por Richarlyson.
O time boliviano tem um jogador que merece ser bem observado: Reyna, atacante grandalhão com alguma habilidade, muito fôlego que deu um trabalho danado para Leonardo Silva, principalmente no primeiro tempo, quando o The Strongest se utilizava dos contra ataques.
O gol deles, feito pelo Melgar, foi graças a um vacilo da defesa, desatenta na cobrança de corner pela direita. Como já eram 46 do segundo tempo, não causou grande transtorno, mas não foi a única falha dos defensores na partida.
A pontaria boliviana é que foi pior, quando o jogo ainda estava 0 a 0.
» Comentar