Parece trecho de livro do escritor inglês Frederick Forsyth (O dia do Chacal, Dossiê de Odessa, O quarto protocolo . . .) ou de um dos filmes “O Poderoso Chefão”.

Como foi na sexta-feira, a notícia repercutiu pouco, por enquanto.

A Folha de S. Paulo de ontem publicou: 

* “Inimigo de Putin, magnata da Rússia é encontrado morto”

Oligarca Boris Berezovski, que fez fortuna após queda do URSS, morreu aos 67 anos em sua casa na Inglaterra

Empresário era réu em ação da Justiça brasileira que investiga lavagem de dinheiro em operações ligadas ao Corinthians

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O empresário russo Boris Berezovski, que fez fortuna após a queda da União Soviética e se tornou crítico do governo Vladimir Putin, foi encontrado morto ontem em uma banheira de sua casa em Surrey, na Inglaterra.

A causa da morte do magnata de 67 anos ainda não foi divulgada, mas os jornais britânicos citam depoimentos de amigos seus dizendo que ele estava deprimido e que pode ter se matado.

Antigo aliado do Kremlin, Berezovski se tornou um dos homens mais ricos do mundo após fazer negócios durante a privatização de bens públicos no início da década de 1990 -quando o pequeno grupo de novos milionários da Rússia pós-comunista foram apelidados de oligarcas.

Tornou-se, depois, um crítico ferrenho do presidente russo Vladimir Putin após as eleições de 2000 e exilou-se na Inglaterra, que lhe concedeu asilo político em 2003.

No ano passado, o empresário perdeu uma disputa judicial contra seu conterrâneo Roman Abramovich, proprietário do clube de futebol inglês Chelsea, sobre uma suposta dívida de 3 bilhões de libras (R$ 9,6 bilhões).

Foi a maior disputa judicial na história do Reino Unido.

Berezovsky alegou que Abramovich o havia trapaceado em mais de US$ 5 bilhões e o “intimidado” para que vendesse ações em uma companhia russa de exploração de petróleo por uma fração de seu valor nominal.

INVESTIGADO NO BRASIL

O empresário era réu em ação da Justiça do Brasil que o acusa de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha ao financiar as operações da MSI, ex-parceira do Corinthians entre 2004 e 2007.

Junto com seu representante no país, Kia Joorabchian, ele administrava o fundo que investiu dinheiro no clube na época e que trouxe ao Corinthians jogadores famosos como o argentino Carlos Tevez.