Há idiotas e analfabetos funcionais que escrevem ao blog dizendo que trato este assunto com parcialidade.
Não leem direito, não sabem interpretar texto, não se informam a fundo e aparecem aqui para falar bobagens.
A estes, repito: os dois maiores clubes de Minas, estão faturando muito menos do que poderiam e deveriam. Têm torcidas gigantes, que consomem tudo que os clubes põem do mercado, de ingresso para jogos a souvenir e qualquer outro produto.
Por isso, precisam ser alinhados aos maiores do Brasil e do mundo, que sabem explorar o próprio potencial e não ficar contando migalhas, dependendo de favores políticos, tendo de engolir sapos como têm engolido. Pensar e agir com grandeza, de acordo com o tamanho que chegaram, graças à sua trajetória, que lhes deram o maior capital que qualquer empresa pode ter: público e fidelidade.
Seria preciso citar Grêmio, Inter, São Paulo, Boca, River, Barcelona, Real Madri ou os grandes italianos, ingleses e demais que têm seus estádios próprios?
Atlético e Cruzeiro estão nessa, porque ao invés de construirem as suas próprias casas, pois já tinham parceiros privados para isso, preferiram acordos com o governo do estado, na época comandado por Aécio Neves.
Seus presidentes de então, Zezé Perrella e Ziza Valadares, eram e são políticos, aliados do então governador que pavimentava e continua pavimentando a sua candidatura à presidente da república. Zezé virou senador; Ziza voltou a ocupar alto cargo em uma estatal e largaram os clubes, depois dos objetivos pessoais cumpridos.
Escrevi isso logo no início desse debate, assim como já escrevi sobre os absurdos dessa obra milionária e cheia de defeitos, também, do Independência, outro absurdo com verba pública, dentro do mesmo projeto político.
É só voltar a posts deste mesmo blog ou recorrer às minhas colunas no O Tempo e Super Notícia.
Mas ainda assim, aparecem idiotas e analfabetos funcionais dizendo que estou sendo parcial no tratamento do assunto.
Só faltam dizer que é porque o Aécio é cruzeirense, como se o Anastasia, que pertence e dá sequência ao mesmo projeto, não fosse atleticano!
Ufa!
Vamos ao texto, novamente:
A cena de filas gigantes e torcedores voltando pra casa frustrados por não conseguir comprar ingressos para ver América 1 x 4 Cruzeiro voltou a se repetir.
A Minas Arena não está dando conta de resolver o problema e já deveria ter recorrido a alguém experiente da Ademg há muito tempo.
Vai acabar aprendendo, à custa de muita sacanagem com famílias inteiras que se deslocam ao Mineirão.
O torcedor é que se dane!
Hoje saiu o borderõ da partida, com as despesas absurdas, onde quem menos arrecada são os clubes, responsáveis pelo espetáculo.
A turma do oba-oba está alardeando a renda bruta de R$1.475.765,00, porém, não fala que dessa grana toda, o Cruzeiro, dono de quase 100% do público presente e pagante, ficou com apenas R$ 66.647,39.
Atlético e Cruzeiro têm que ter os seus estádios próprios e ninguém vai conseguir me convencer do contrário.
Como os antecessores de Gilvan de Pinho Tavares e Alexandre Kalil entraram no jogo político e aceitaram as regras impostas pelo governo do estado, não há outra opção para os atuais presidentes, no momento, em se contentarem com o quadro atual. O Galo satisfeito com o Independência e o Cruzeiro com o Mineirão, ambos faturando muito menos do que deveriam.
Mas no futuro, terão de buscar suas casas próprias!
O Superesportes publicou hoje o borderô:
* “Borderô revela renda líquida de América e Cruzeiro no clássico desse domingo”
A Federação Mineira de Futebol divulgou, na tarde desta segunda-feira, o borderô do clássico entre América e Cruzeiro, realizado nesse domingo. O documento mostra que o Coelho ficou com R$ 522.386,08, enquanto a Raposa ganhou R$ 348.257,61.
Na prática, porém, o clube celeste só recebeu 66.647,39, pois os outros R$ 281.610, relativos aos sócios do futebol, já estavam em poder da diretoria. O América ficou com R$ 470.147,77, abatido o valor de penhora.
Além das taxas comuns de jogo cobradas em todas as partidas, o América pagou um aluguel de R$ 103.303,55 para usufruir do Gigante da Pampulha. Nas partidas em que o Cruzeiro é o mandante, esse valor não é cobrado, por conta da parceria do clube celeste de fidelização por 25 anos com a Minas Arena.
Veja o borderô da partida:
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