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Nicolas Leoz: mais um cartola que cai de podre

Assim como Ricardo Teixeira, o presidente da Conmenbol alega “problemas de saúde”, mas a razão verdadeira da renúncia é o fechamento do cerco por causa da vitória do Qatar como sede da Copa de 2022. 

CARTOLAS

Presidente da Fifa, Joseph Blatter (centro) continua limpando a área e tirando os holofotes de cima dele. Depois da queda do Teixeira (esquerda), hoje foi o Leoz.

* “Paraguaio Nicolas Leoz anuncia saída do comando da Conmebol”

Do UOL, em São Paulo

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) divulgou em um comunicado em afirma que o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nicolás Leoz, deixou seu atual cargo por motivos de saúde.

O paraguaio, de 84 anos, que passou pela quarta cirurgia do coração em dezembro e dirigia a Conmebol desde 1986. Integrava o comitê-executivo da Fifa desde 1998, cargo que também deixou.

“A Fifa tomou conhecimento da renúncia formal de Nicolas Leoz como membro do comitê executivo da Fifa e presidente da Conmebol para a saúde e razões pessoais”, diz comunicado da entidade máxima do futebol.

“Eu me sinto muito feliz, porque estou me aposentando com a tranquilidade e conhecimento de ter feito um trabalho honesto e sincero. Colocarei meu cargo na Conmebol à disposição no dia 30 em reunião com os presidentes das federações nacionais”, falou Leoz. “Mentalmente me sinto muito bem. O problema é realmente físico. Cheguei em uma idade que devo deixar a vaga para mais jovens.”

Leoz presidia a entidade desde 1986 . Quem deve assumir o cargo será o vice-presidente, o uruguaio Eugenio Figueiredo.

Antes de chegar a presidência da Conmebol, o cartola foi presidente da Confederação Paraguaia de Basquete, presidente da Associação Paraguaia de Futebol e dirigiu o Libertad, clube da primeira divisão de seu país.
Acusação de suborno

Em janeiro deste ano, a revista francesa France Football fez matéria em que acusa Leoz de ter recebido suborno em 2010 para votar no Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, país que acabou sendo escolhido.

“Que alguém tenha me oferecido sequer um centavo, não é verdade, jamais. De modo que, se querem abrir um julgamento, me parece fantástico. Não tenho nenhum problema, pelo menos da minha parte estou aberto a qualquer investigação”, disse o dirigente, ao se defender na época.

A eleição se celebrou em outubro de 2010, e Qatar ganhou com votos de 14 dos 22 membros do comitê da Fifa, se impondo sobre Estados Unidos, que era considerado para ser a sede de uma das competições mais importantes do mundo pela segunda vez.

Um pouco depois da vitória de Qatar, o ex-vice-presidente da Fifa, o trinitino Jack Warner, fez correr o rumor de que Leoz havia sido um dos membros do comitê que recebeu US$ 20 milhões por parte do Qatar para dar voto favorável, informou a agência alemã de notícias DPA.

* http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2013/04/23/paraguaio-nicolas-leoz-anuncia-saida-do-comando-da-conmebol.htm


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