Aos 42 minutos do primeiro tempo o centroavante Borges desarmou o zagueiro Réver que tentava sair jogando para armar uma das principais jogadas do Atlético, o contra ataque. Como todo atacante tem dificuldade em marcar, o camisa 9 recorreu a um carrinho para atingir o seu objetivo.
Este foi o retrato do primeiro tempo quando o Cruzeiro chegou aos 2 a 0, sem muitas dificuldades.
Foi uma exibição de gala; futebol solidário, onde nenhum jogador cometeu qualquer vacilo e a concentração no objetivo de fazer os três gols que dariam o título era total.
É injusto dizer que o primeiro gol saiu em função da lentidão do Gilberto Silva. Seria tirar o mérito de Dagoberto que, na raça, se antecipou ao Marcos Rocha e partiu pra cima do zagueiro improvisado. Invadiu a área e driblou bem, ao seu estilo, sendo parado com o pênalti. Isso aos 16 minutos.
O Atlético esboçou reação, mas sem convencer. Fazendo lembrar o sol desse outono, que quase não aquece.
O segundo gol nasceu do afobamento característico do Rycharlison, que não raramente usa excesso de força para resolver situações simples dentro da área, derrubando Borges.
Entrevistado no intervalo o capitão Réver disse que o Atlético não tinha ido para o jogo.
O primeiro tempo foi tão corrido, e o Cruzeiro queria tanto jogo que o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden deu apenas um minuto de tempo extra. O Atlético fez lembrar o Grêmio que na quinta-feira tentou jogar pelo empate contra o Santa Fé, em Bogotá, e foi eliminado da Libertadores, ao perder de 1 a 0, aos 34 do segundo tempo.
Na segunda etapa o Atlético começou dando a impressão que iria reagir.
Aos 34 minutos entendi porque os amigos flamenguistas Waldívio e Walmisson Régis de Almeida disseram que a torcida do Urubu não gosta do Egídio. Displicente, deu o passe para Luan invadir a área e sofrer o pênalti, cometido pelo próprio lateral, que tentou corrigir a grave falha.
A decisão que àquela altura estava indefinida, foi sacramentada ali, com o gol marcado pelo Ronaldinho Gaúcho.
Com este gol a situação se complicou e toda a mobilização celeste para chegar até aquele ponto foi desfeita pela presunção da impossibilidade de marcar mais gols em menos de 10 minutos.
Luan, cuja raça é a principal característica, evitou que Dagoberto entrasse na área, através de carrinho perigoso que justificou a expulsão.
O tempo fechou, pescoções saíram de lado a lado, ninguém mais foi expulso e o Galo administrou para ser bicampeão.
O lance determinante da partida foi o passe errado do Egídio, já que a vontade atleticana no segundo tempo topou com o goleiro Fábio, que fez defesas memoráveis, em duas cabeçadas do Jô.
A força que a torcida deu ao time, todo o trabalho de motivação que foi feito pela diretoria funcionaram e só não deu certo porque o Atlético tem elenco melhor.
No futebol, nem sempre querer é poder!
Nestas fotos do Superesportes a alegria do Ronaldinho Gaúcho que aliviou o sufoco alvinegro, e esta, antes do jogo, mostra atleticano com faixa de campeão, que costuma dar um peso danado.
Foi por pouco!
E viva o Galo!
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