Diretoria do Cruzeiro confirma que hino do Galo foi apenas a gota d´água!
Para os mais exaltados que acham que qualquer crítica à Minas Arena “é coisa de atleticano”, e não se importam que os seus ganhos absurdos sejam muito maiores que os dos clubes que usam o Mineirão, aí está: “. . . hino foi a gota d´água, mas existem outros fatos . . .
“. . . O dirigente celeste cobrou também mais transparência. Pelo contrato firmado, a Minas Arena arca com 30% das despesas do Mineirão, porém, segundo Valdir Barbosa, o consórcio não apresenta notas fiscais confirmando os valores dos gastos com a manutenção do estádio, obrigando o Cruzeiro a cobrir os outros 70% dos custos sem saber se realmente está pagando o que deveria. . . “
Confira a entrevista completa no site da Itatiaia, que inclusive disponibiliza o áudio da conversa do Valdir com o João Vitor Xavier:
* “Valdir Barbosa ataca o consórcio Minas Arena e dispara: ‘o relacionamento azedou’”
Dirigente celeste se esquivou sobre a rescisão unilateral do contrato, mas deixou em aberto que o clube pode estar estudando a possibilidade
Fonte: Rádio Itatiaia
22 de Maio de 2013 por Fábio Rocha
O gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, se pronunciou nesta quarta-feira sobre a insatisfação do clube na parceria com o consórcio Minas Arena, que administra o Mineirão. Um dia após a divulgação da nota oficial relatando os problemas com a concessionária, o dirigente citou várias falhas que a empresa vem cometendo e chamou de “estúpida” a atitude de tocar o hino do Atlético no sistema de som do estádio, ao final do clássico que deu o título mineiro ao rival.
Barbosa confidenciou que o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, tentou contornar as divergências através do diálogo, mas que agora “a tampa da panela voou e não tem mais jeito. O relacionamento azedou de vez”. O dirigente cogitou a possibilidade de recorrer ao governador do Estado, Antonio Anastasia, para auxiliar na resolução do problema.
O diretor criticou duramente as atitudes da concessionária. “A Minas Arena está achando que é dona (do estádio) e que o futebol é simplesmente um complemento. Eles acham que o futebol está dependendo de favores desta instituição. Pessoas que não conhecem a cultura, o futebol mineiro e a história do Mineirão”, disparou Barbosa, que afirmou a existência de outros problemas e que a execução do hino do Atlético foi apenas a “gota d´água”.
“O Cruzeiro quando chega ao estádio, parece um mero participante, não é um parceiro, não tem um contrato assinado por 25 anos. O hino foi a gota d´água, mas existem outros fatos”, observou. No entanto, Valdir Barbosa disse que o Cruzeiro não se arrepende de ter assinado o contrato de fidelidade para jogar no Mineirão, mas sim “do parceiro com o qual assinou”.
O diretor se esquivou quando o assunto foi a rescisão unilateral do contrato de fidelização com a Minas Arena, mas deixou em aberto que o clube pode estar estudando a possibilidade. “Tem alguns assuntos que estão sendo tratados diretamente pela presidência e pelo departamento jurídico. Coisas que são mantidas em sigilo até que sejam formatadas de forma oficial”, disse.
Valdir Barbosa revelou que a Minas Arena deve ao Cruzeiro, há quase 30 dias, o valor de R$ 500 mil como luvas pela assinatura do contrato. Outro questionamento do dirigente é sobre a parte da renda do clube arrecadada no primeiro jogo contra o Atlético, em fevereiro, na reinauguração do Mineirão.
De acordo com ele, o dinheiro da renda foi levado para São Paulo pela empresa que fazia o controle financeiro. O Cruzeiro, por sua vez, procurou os valores por cerca de dez dias e a Minas Arena não sabia informar onde estava a arrecadação da partida. O diretor ainda disse que existem algumas pendências da Minas Arena para com o clube celeste em relação ao clássico realizado em fevereiro.
A falta de flexibilidade da empresa também foi argumentada pelo dirigente. Ele citou o exemplo do show do cantor inglês Paul McCartney, quando o Cruzeiro não pôde jogar no estádio, mas também não cobrou a multa de R$ 2,5 milhões estipulada em contrato como ressarcimento. E quando o clube precisa do Gigante da Pampulha, o consórcio não dá brechas para negociação.
O dirigente celeste cobrou também mais transparência. Pelo contrato firmado, a Minas Arena arca com 30% das despesas do Mineirão, porém, segundo Valdir Barbosa, o consórcio não apresenta notas fiscais confirmando os valores dos gastos com a manutenção do estádio, obrigando o Cruzeiro a cobrir os outros 70% dos custos sem saber se realmente está pagando o que deveria.
“O Cruzeiro agora vai exigir que o contrato seja cumprido integralmente e o clube vai conversar com o governador. Porque do jeito que a coisa caminha, é insustentável. Passamos do limite da tolerância”, sentenciou.
Ouça a entrevista completa concedida à João Vitor Xavier
* http://www.itatiaia.com.br/site/noticias/noticia/13361
Os portais Terra, Uol e todos os mais acessados do país reproduziram a fala do Valdir à Itatiaia:
* “Diretor do Cruzeiro diz que se arrependeu da parceira com Minas Arena”
» Comentar