Com quatro opções de horários e dias de jogos do Brasileiro, a CBF e a Rede Globo marcam as estreias de Atlético e Cruzeiro para o mesmo horário do domingo, 18h30! Fazer o quê? A emissora paga e tem o direito de determinar o que mais interessa ao seu departamento comercial. Neste caso, os mineiros são apaixonados pelos seus times e estão no topo da lista dos melhores clientes da TV paga. É o mercado.
Lamentável mesmo é o descaso da CBF e dos próprios clubes com a competição, que começa fria, desinteressante e sem nenhuma promoção para mudar este o quadro, todo ano. Muita gente que adora futebol nem sabia que o principal campeonato do país começou sábado.
Diferente do primeiro mundo da bola onde ingleses, alemães, espanhóis, franceses e holandeses fazem da abertura e encerramento de suas competições uma grande festa, aproveitando para ganhar muito dinheiro.
Viram a final da Champions League, sábado? Show de bola, de organização, de marketing e civilidade. Londres, finalmente invadida pelos alemães, porém de forma festiva, saudável e em ritmo de confraternização, como deve ser sempre o futebol em toda parte do mundo.Foto: Superesportes
Goleada merecida no Independência com os 5 a 0 do Cruzeiro no Goiás. Nada de anormal. O time do Marcelo Oliveira no mesmo ritmo acelerado do Campeonato Mineiro contra um adversário semelhante aos nossos domésticos do interior.
O Atlético em situação parecida, preservando Ronaldinho Gaúcho, Leandro Donizete e Jô, mas com Tardelli, Bernard e Cia.
Gilberto Silva também não jogou e para quem acha que ele não deve ser titular porque “é lento”, o gol da virada do Coritiba saiu aos 47 do segundo tempo, com o atacante Arthur se antecipando à zaga.
O tempo passa depressa e, lamentavelmente, exerce os seus efeitos principalmente sobre os craques. O Coritiba tem Alex, muito abaixo daquele que conduziu o Cruzeiro aos títulos de 2003, com o centroavante Deivid, jogando menos que já jogou, mas artilheiro a qualquer vacilo. Quem evoluiu foi o zagueiro Leandro Almeida, melhor que em seus tempos de Atlético.
São risíveis muitas previsões de vários comentaristas em todo o país quanto até onde pode chegar cada um dos 20 integrantes da Série A nacional. Da briga pelo título ao cúmulo de arriscar até candidatos ao rebaixamento, usando o jargão de que “um ou dois grandes vão cair”. Um desses companheiros chegou a sugerir que Vasco e Santos aproveitem o período da Copa das Confederações para se aprimorarem e não correr risco de queda. Santos e Vasco!
Como se 20 dias durante o campeonato, fossem capazes de mudar algum time para melhor.
Campeonato longo, sempre com reviravoltas e surpresas, melhor esperar!
Impressionam os chutes errados de “especialistas” incorporados pela imprensa esportiva. Pelo fato de terem jogado futebol seria de se esperar que fossem mais precisos em seus palpites, ou que usassem o bom senso. Mário Sérgio, na Fox Sports, disse que o gramado sintético de Tijuana seria melhor para o Atlético, que tem jogadores mais talentosos. Ora, ora! Exatamente o contrário, não!?
Um outro comparou, semanas atrás, Luan, do Galo, com mais um entre tantos “cai-cai” existentes no futebol brasileiro, tachando-como um Neto Berola “melhorado”.
E os que defendiam que Neymar fosse jogar na Europa para “melhorar o seu nível de competitividade”? Nada mais ridículo. Jogará lá o que jogava aqui, com apenas uma diferença: ganhando ótimo salário, vai se dedicar quase que exclusivamente a jogar futebol. Sem tantas interrupções de treinos e atrasos para gravar comerciais para “inteirar” o seu salário, como fazia no Santos.
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