Depois dos modorrentos campeonatos estaduais, começou pra valer o ano futebolístico para os grandes clubes, que não estavam ou estão disputando a Libertadores, monopolizadora das atenções da maioria, nos primeiros meses de cada ano.
O Brasileiro é uma das competições mais difíceis do mundo, tão difícil quanto a previsão de qualquer classificação final. São muitos os candidatos ao título e também ao rebaixamento. Normalmente, são oito vagas para onde todas as atenções se voltam: as quatro da parte de cima da tabela, que levam à briga pelo título e vagas na Libertadores, e as quatro da parte de baixo, do pavor da Série B.
Dias desses conversei com o Dr. Paulo Lasmar, um dos mais importantes dirigentes do América neste processo de reconstrução do Coelho, porém, ligado às questões jurídicas/administrativas. Ele falou do tanto que o clube perdeu, e pior, deixou de arrecadar, ao ser rebaixado em 2011, enfrentando as consequências agora.
Sem falar nos prejuízos indiretos, de imagem, já que a Série A é vitrine, mas para isso é preciso uma sequência nela.
Já vimos de tudo neste Brasileiro disputado por pontos corridos, fórmula ideal, que começou em 2003.
Até apontados como “favorito” ao título, nas primeiras rodadas, beijarem a lona e amargar a segundona no ano seguinte. Palmeiras, Vasco, Corinthians, Botafogo, Grêmio, o Atlético, que em 2005 foi um dos que mais contrataram, investiu no já então cotadíssimo técnico Tite, mas nada deu certo.
Para o futebol mineiro o momento é otimismopois as perspectivas são positivas. No Cruzeiro, Marcelo Oliveira vem comendo pelas beiradas, conquistou primeiro a confiança da torcida e agora começa a ganhar prestígio nacional e superar as desconfianças.
Mesmo com o ótimo trabalho no Coritiba em duas temporadas seguidas não era visto como um dos “10 mais” do país; daqueles que não ficam fora de um grande clube nem uma semana, depois de dispensados de algum outro da prateleira de cima.
Marcelo merece! E só não tinha chegado lá ainda porque começou mais tarde a sua carreira de treinador. É discípulo de Telê Santana e Barbatana, nos métodos dentro e fora de campo, já que foi jogador deles; prestigiado por eles na formação de um dos melhores times da história do Galo. Quando o clube não tinha dinheiro para nada, devia a todo mundo e foi obrigado a apostar nas crias da casa.
O Atlético está bem, mas precisa dividir as atenções neste início de Campeonato com a Libertadores da América e isso não é fácil. A primeira rodada mostrou isso. Viagem longa, time muito desfalcado, enfim…
Bernard caiu de produção e como todo jogador feito em casa, enfrenta cobranças muito maiores que incontáveis “come-dorme”, enganadores que já passaram e passam pelo clube, contratados a peso de ouro.
A estes inquisidores, lembrem-se que trata-se do jogador mais corajoso do time, apesar daquela “carcaça de grilo”; o que mais apanha, na bola e fora dela, e o que mais corre.
É humano, isso tem preço. Torçamos para que ele não se machuque mais, o que não é fácil, por tudo que conhecemos e já vimos da sua dedicação.
Felizmente, o cérebro do time disse que está bem da bolada que levou no olho contra o Tijuana.
Postou esta frase em seu twitter, ontem:
“Fui ao oftalmologista hoje e realizei alguns exames. Estou bem!”
E esta foto!
Quanto aos nossos da Série B, só mesmo torcer. Não vejo forças suficientes no Boa e desconfio profundamente dessa legião estrangeira que o América está importando.
Desprezou a sua base, de novo; fez parcerias com empresários, que só visam o lado deles, e começou totalmente errado a sua preparação, em fins de 2012.
Surpreendeu o Avaí, lá, pela Copa do Brasil, mas perdeu na estreia para o Guaratinguetá, num frango difícil de compreender do Neneca.
Mas, frango não se explica; se engole!
Com meus 15, 16 anos de idade, ainda sonhava ser goleiro profissional. Cheguei ao juvenil do nosso Democrata Jacaré. Costumava fazer grandes defesas, mas acabava tomando gols como este que o Neneca tomou e até mais feios.
Num jogo em Inhaúma, a bola passou debaixo das minhas pernas, depois de salvar o time durante quase os 90 minutos! Desisti.
Vi que não era a minha praia. Se insistisse, seria no máximo um Neneca, piorado, por não ter a altura dele!
» Comentar