O que escrevi na coluna de O Tempo segunda-feira está se confirmando aqui em Assunção: trata-se de “questão nacional” e tratam o primeiro jogo da final da Libertadores como guerra mesmo.
Para eles, a chance é hoje, de pegar a metade da Taça e concluir a tarefa semana que vem em Belo Horizonte.
A noite foi de foguetes e até macumba na porta do hotel Bourbon, onde está hospedado o Atlético.
A macumba visa principalmente Ronaldinho, que se for “amarrado”, segundo eles, o Galo não anda em campo.
A imprensa começou a cobertura pela TV às 5h30 da madrugada; as rádios mantiveram plantões; os jornais, todos, trazem mensagens de força ao Olímpia . . .
. . . e aprovam todo tipo de artifício que possa ajudar o time a vencer esta noite.
Fazem gozações dos foguetes e da macumba!
Paraguaio que torce contra, é tratado como traidor da pátria! Caso dos torcedores do Cerro Porteño, maior rival do Olímpia, chamados de antipatriotas pela mídia.
Até o ex-jogador Romerito, um dos melhores da história do país, teve de se explicar e jurar que está neutro, mas que “detesta” o Atlético, pois torce para o Fluminense no Brasil, e que apesar de torcer pelo Deportivo Luqueño, aqui, gostaria de ver a Libertadores ficando com o futebol paraguaio.
Isso porque ele deu uma entrevista à Rádio Ñanduti, domingo, dizendo que Ronaldinho poderia fazer diferença nesta final.
Na segunda-feira o jornal Crónica o colocou na capa com uma camisa do Atlético e ele teve que passar o dia dando explicações.
O estádio Defensores Del Chaco é um Independência muito piorado, em termos de estrutura, mas o gramado parece que está bom.
Se for assim, e a polícia garantir segurança, basta o Atlético correr como o Olímpia correrá, que poderá conseguir um bom resultado.
O time deles é raça, vontade pura!
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