Parte da imprensa e alguns atleticanos estão dando sugestão à diretoria, que já foi rechaçada de forma veemente por Alexandre Kalil, que é voltar a mandar os jogos no Mineirão.
E ele apresenta argumentos: rendas superiores a R$ 14 milhões só em situações como a final da Libertadores. No Brasileiro, Mineiro e Copa do Brasil, a maioria absoluta das partidas cabe no Independência e dá retorno financeiro que satisfaz ao Atlético. Mesmo isento de taxas e ficando com 100% do faturamento dos estacionamento, o Galo teve que deixar R$ 2,7 milhões para o Consórcio Minas Arena.
Aliás, sobre essa isenção de taxas, reclamada pelo Cruzeiro, que paga 70% das despesas de todo jogo que faz lá, Kalil apresenta cópia do edital 00/2010 – Seplag/MG de Licitação e Concorrência, que deu o Mineirão ao Consórcio. A cláusula 16ª diz que, o poder concedente (o estado) tem direito a até 66 eventos de futebol por ano, conforme calendário estipulado pelo Comitê de Esportes Cultura e Lazer (que deveria ter sido criado e ainda não foi), cujos presidentes dos três clubes da capital têm assento garantido e obrigatório.
O Atlético leu com muita atenção este edital e se preveniu, no dia 19 de dezembro de 2012, ao notificar extra-judicialmente ao estado, à Secopa/MG e ao Consórcio Minas Arena para a possibilidade de jogar a final da Libertadores, inclusive no Mineirão. Exigindo todos os seus direitos previstos no edital, sem taxas extras, sem despesas adicionais e coisas tais.
Edital registrado no Cartório de 1º ofício de Belo Horizonte, número 0137 8025. E assim será, toda vez que o Atlético quiser jogar no Mineirão. Ou seja, não precisou assinar nenhum contrato que o amarre ao Consórcio Minas Arena, assim como o Cruzeiro também não precisaria assinar, já que, do jeito que foi feito, é uma via de mão única: só o Minas Arena leva vantagens.
A parceria com o Consórcio é ingrata, ao ponto de o presidente Gilvan de Pinho Tavares, reclamar publicamente, em entrevistas do tratamento que o Cruzeiro recebe como principal parceiro: taxas, divisão de despesas, chamar o Cruzeiro de “Futebol Clube” no ingresso, e até hino do maior rival tocado no jogo final do Campeonato Mineiro.
Outra sugestão de muitos torcedores à diretoria do Atlético é que seja marcado um jogo de entrega de faixas contra os Estudiantes, da Argentina. Kalil diz que pensou nisso, mas com jogos remanejados pelo Brasileiro e entrada na Copa do Brasil a partir de agora, a falta de datas torna a idéia impossível, no momento.
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