Para mim um dos poucos equívocos do Felipão é não chamar o Cássio, do Corinthians. Ontem ele confirmou o que penso dele: é o melhor goleiro do país. As defesas, principalmente no primeiro tempo, evitaram a vitória do Cruzeiro. Andou engolindo uns frangos recentemente, coisa de qualquer goleiro, mas na média, suas atuações são acima da maioria dos colegas de posição.
O Cruzeiro jogou como se estivesse no Mineirão e essa forma de jogar está fazendo a pena ver as suas partidas. Meu conterrâneo Luciano Rocha e o conterrâneo do Domingos Sávio Baião (Ponte Nova), Geraldo Gomes Pinto, cruzeirenses, pediram que eu escrevesse que o time do Marcelo Oliveira está jogando como a Holanda de 1974.
Recomendei a eles o que sempre recomenda o mestre jornalista Rogério Perez: “menos, companheiros, menos!”.
Está melhor que todos os concorrentes, em todos os aspectos, mas o campeonato é longo e não permite nenhum momento de relaxamento.
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A charge do Duke, no Super Notícia de quinta-feira, mostra a realidade do atual momento do Brasileiro: a Raposa deitada em uma rede, enquanto os seus concorrentes ralam.
É só administrar, até que o título chegue, mas sem achar que já ganhou.
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E pensar que ainda há quem defenda a volta da fórmula do Brasileiro para a base do “mata-mata”. Cruzeiro e Corinthians empatavam; o Botafogo vencia o Bahia, no Rio, até os 37 do segundo tempo, quando tomou o empate e mexeu consideravelmente com a classificação, nas partes de cima e de baixo da tabela. Aos 44 os baianos viraram o jogo.
É preciso dizer mais alguma coisa?
Só se for por algum interesse inconfessável.
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Sábado O TEMPO mostrou reportagem do The Independent, de Londres, valorizando o futebol mineiro, dizendo que Belo Horizonte é atual capital do futebol brasileiro.
Mostrou a campanha do Cruzeiro no Brasileiro e que o Atlético é o atual campeão da principal competição do continente sul-americano. Quando um dos principais jornais do Reino Unido destaca alguém dessa forma é porque o mundo está de olho. E com toda a razão.
Os ingleses só não disseram nessa bela reportagem é que Atlético e Cruzeiro recebem muitíssimo menos dinheiro que os seus concorrentes do Rio e São Paulo, nas cotas de televisionamento e publicidade nas camisas e estádios.
Nem que a diferença está na competência e correção dos dirigentes de ambos, que conseguem montar times melhores, com orçamento absolutamente menor.
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Neste contexto faltou incluir o América, que, por não ter ainda se consolidado na prateleira de cima do futebol nacional, não tem a mesma visibilidade dos seus maiores rivais no estrado.
Mas, apesar dos erros no futebol (contratação do técnico Vinícius Eutrópio em fins de 2012, por exemplo), essa diretoria americana operou milagres nos últimos anos.
É o clube que mais aumentou o seu patrimônio, que tem menos dívidas e que melhor negociou a sua participação na estruturação da Copa do Mundo 2014.
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O Atlético marcava um gol antológico contra o Vasco quando eu finalizava a coluna. Com qualquer resultado, não vejo motivo para tanta exasperação dos atleticanos. O time precisa se cuidar para uma competição que poucos clubes brasileiros tiveram o privilégio de disputar, em dezembro. A temporada europeia estará no auge, quando a nossa estará terminada. É preciso preservar os principais jogadores e evitar o rebaixamento no Brasileiro. Pronto!
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