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Cada um com os seus problemas: clubes chiam na França contra o "Super Imposto"

O futebol e o governo da França estão em rota de colisão por causa da nova tributação que o presidente François Hollande, quer impor.

A diferença para o Brasil é que lá, quem frauda ou não paga, vai para a cadeia.

Do site Soccerex:

* “Presidente francês diz que não haverá exceções no ‘Super Imposto’

O Presidente da França, François Hollande, reagiu às críticas da indústria do futebol do país sobre o ‘Super Imposto’, proposto por seu governo, insistindo que nenhum setor será excluído da nova regulamentação.

Francois-Hollande

Os comentários de Hollande foram feitos depois que os clubes da Ligue 1 e da Ligue 2 convocaram uma greve para a rodada do final de semana de 29 de novembro a 2 de dezembro em resposta ao ‘Super Imposto’. Uma reunião da União dos Clubes Profissionais de Futebol viu os clubes tratarem o assunto e criarem uma campanha chamada ‘Futebol em perigo – Todos Juntos’. O governo de Hollande há algum tempo tenta introduzir uma taxa de 75% de imposto de renda para contribuintes que receberem mais de 1 milhão de euros ao ano. Grandes clubes afirmam que esta nova lei aumentará em 20 milhões de euros os seus gastos com impostos.

Hollande aceitou o pedido de um encontro com o Presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noel le Graet, para discutir sobre o imposto, mas afirmou que não vê motivos para criar uma exceção. “Quando a lei do imposto for votada ela irá ser a mesma para todas as empresas, independente de sua área de atuação.” disse Hollande, de acordo com a Reuters. “Isso não nos impede de termos um diálogo sobre as dificuldades enfrentadas pelos clubes profissionais, mas todos precisam estar cientes das regras.”

Enquanto isso, o Presidente do Lille, Michel Seydoux, reiterou sua preocupação com o impacto da nova taxa de imposto sobre o futebol francês, sustentando que serão os clubes, e não os jogadores, a serem afetados. “Eu entendo que o público possa se surpreender com o salário dos jogadores” disse Seidoux ao jornal Le Parisien. “Mas serão seus empregadores, os clubes, que serão taxados e não os jogadores. Se você tivesse me dito que pagaríamos impostos pelos nossos lucros eu teria aceitado. Mas você não pode nos taxar pelas nossas perdas. É totalmente pecaminoso e escandaloso.” Seudoux ainda disse que somente o Paris Saint Germain e o A S Monaco, com seus proprietários do Qatar e da Rússia, respectivamente, poderiam lidar com a nova regra. Ele afirmou ao L’Equipe: “Em que país do mundo o governo faz os proprietários de empresas deficitárias pagarem os impostos de seus funcionários? Esta taxa nos custará mais 4.8 milhões de euros. Nos últimos três anos nossas despesas já subiram 15%. Estamos fartos. Mais uma vez somos forçados a vender nossos melhores jogadores.”

http://www.soccerex.com/industry-news/presidente-frances-diz-que-nao-havera-excecoes-no-super-imposto/


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Comentários:
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  • Marcos disse:

    Prática de “governos esquerdistas”. Patético! rs Então, vamos lá. Quem aumentou a alíquota e a base de cálculo do PIS/COFINS, com a Lei 9718/98? FHC. Quem revogou a isenção de COFINS para sociedades civis com a Lei 9430/96? FHC. Quem instituiu a Contribuição Social para o FGTS pela LC 110/01? FHC. Quem pretendeu acabar com a anterioridade e a imunidade instituindo a IPMF com a EC 03/93? FHC. Quem resolveu tributar o lucro de coligadas e controladas no exterior pela MP 2158-3501? FHC. Então, os “direitistas” de plantão, bem menos, por favor.

    Por outro lado, quem instituiu a desoneração da folha de salários (Lei 12.865/12)? Quem instituiu o PIS/COFINS não-cumulativo (Leis 10.637/02 e 10.833/03)?

    O aumento de arrecadação se deve a crescimento econômico e maior eficiência na cobrança. Não a instituição ou majoração de novos tributos.

  • Vinicius Campos disse:

    Thiago,

    não precisa de mais nem uma virgula no seu comentário. Como disse o J.B.CRUZ, na mosca.

  • J.B.CRUZ disse:

    THIAGO; na “mosca”: Prática de governos esquerdistas…..

  • Thiago disse:

    Prática de governos esquerdistas: aumentar impostos para cobrir suas bobagens e inaptidão administrativa. Aqui no Brasil sou contra moratória, mas cortar receitas de clubes para receber atrasados pode matar o contribuinte. A melhor maneira é negociar, assim o contribuinte sobrevive e o governo tem chance de receber algum.