Blog do Chico Maia

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Sem "caça a bruxas", motivos que vi para a eliminação do Galo

O mais fácil para qualquer crítico em momentos como este vivido pelo Atlético é promover “caça às bruxas”, com direito a injustiças históricas.

Não entro nessa, mas também não fujo do dever de criticar e apontar erros, que se repetem no dia a dia futebol em todos os clubes.

Cuca é ótimo treinador e certamente tem crédito para voltar a trabalhar no futebol mineiro em qualquer um dos nossos grandes.

Porém errou feio neste Mundial. Não só pela escalação equivocada de um jovem volante, Lucas Cândido, improvisado na lateral esquerda, deixando um experiente especialista no banco, Junior César, que produziria muito mais e controlaria melhor os próprios nervos, além de ajudar a acalmar os companheiros.

Também na opção por Josué, deixando Leandro Donizete, inteiro fisicamente, no banco.

O grande erro do Cuca foi no psicológico, no ambiente do grupo, ao deixar vazar que já estava fora do Atlético, que aqui no Marrocos trata-se apenas de um “treinador no exercício do cargo”. Quando uma notícia desses vaza para a imprensa os jogadores já estão sabendo há muito tempo, e quem conhece os bastidores do futebol profissional sabe que isso influencia e muito no comportamento, dentro e fora de campo, de cada um.

O treinador que está saindo ou caindo vira um “pato manco”, igual a prefeito, governador ou presidente da república em fim de mandato, com o sucessor já eleito.

Marcos Rocha, num ímpeto de raiva, protagonizou aquela cena ridícula de desrespeito ao seu comandante porque sabia que não estará sob as suas ordens em 2014.

Também não pode ser jogado às feras por isso, porque é jovem e o seu comportamento pessoal sempre foi exemplar. Errou, está pagando e ainda pagará mais por isso, mas é um dos melhores laterais do país, com grande potencial para crescer.

Patrimônio valioso do clube, mas humano, que erra dentro e fora das quatro linhas, como qualquer mortal.

No primeiro treino depois da eliminação do Monterrey, perguntado sobre o que sabia do Raja Casablanca, Diego Tardelli, disse que “nada”, mas que segunda-feira os jogadores assistiriam um vídeo deles.

Lembrei-me da tristemente célebre frase do Zagallo, às vésperas da semifinal da Copa de 1974 na Alemanha, quando perguntado pela Holanda e o “Carrossel holandês”. Respondeu que se alguém  tinha que se preocupar com alguém eram os holandeses com o Brasil, que tinha três títulos mundiais, e emendou: ” “O time deles é bom, mas os holandeses não têm tradição em Copas e isso pesa. A Holanda não me preocupa. Estou pensando na final com a Alemanha.”

Cuca também deve ter pensado isso do Raja Casablanca, pois o time deles sabia tudo do Atlético, que não conseguiu mandar no jogo em momento algum.

O elenco do Atlético é muito melhor que o do Raja, mas vontade e motivação no futebol são fundamentais.

Isso é papel do treinador, nos treinos, na concentração, na preleção momentos antes de cada jogo. O técnico deles, soube trabalhar isso, Cuca achou que não precisava, pois o Bayern é que importava.

Se tivesse esquecido o Bayern, talvez hoje estaria preparando o time para a final contra ele.

No post anterior prometi fotos das cenas da volta do estádio nesta madrugada e aqui estão:

Começando por dentro do ônibus . . .

IGOR

. . . ao ver que seria fotografado, IgorTep da 98 FM, contendo o choro e aguentando a zoação dos seus milhares de seguidores cruzeirenses no twitter . . .

RAJA1

. . . nas ruas, loucura  total . . .

RAJA2

. . . dentro e sobre ônibus e carros, torcedores marroquinos comemoravam . . .

RAJA0

. . . símbolo marroquino da degola de um vencido: garoto exibe estandarte do derrotado de cabeça para baixo. . .

RAJA3

. . . apesar de tanta confusão, não vi nenhum incidente.

Tomara que não tenha havido.


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Comentários:
35
  • Wanderson disse:

    Caro Leandro,
    se o time é fraco assim, o que me diz do Clássico em que o time sem alguns titulares, não deixou o “grande campeão antecipado cruzeiro” jogar bola? sinceramente, muito limitado é esse time do Cruzeiro, que ganhou dos “amigos do leleu” e que deu sorte do único time que poderia tirar-lhe o título estar focado em outra competição, quanto a perder do Raja, pode jogar mais 10 que não perde, digo o mesmo do Cruzeiro contra o Once Caldas, perderam pq subestimaram o adversário também. Isso é fato, jogo em que 90 minutos decide uma vida, o lado emocional pode superar a qualidade quando não houver seriedade.

  • Pedro Vitor disse:

    Chico, foi mais ou menos o que disse, no outro tópico da ressaca no Marrakech. O Cuca perdeu o foco, se tivesse feito diferente talvez o resultado também seria diferente. Mas não há como voltar ao passado, tem que aprender com os erros. Hoje a gente vê o Cuca dizendo para o Marcos Rocha amadurecer. O Marcos errou ridicularmente, não devia ter feito aquilo na saída do campo, levasse pro vestiário e lavasse a roupa suja lá. Só que o Cuca teve caráter de reconhecer, que errou também. Digo isso porque, se o Cuca defendeu tanto o Rocha durante Libertadores, Brasileiro e entre outras campanhas em 2012, ia tirá-lo justamente no Mundial? Faltou ao Cuca manter a lógica, que seria o que foi treinado durante o Brasileiro. Bola pra frente, o Cuca vai ser feliz na China, vai receber bem, o que ele realmente quer é isso! E o Atlético, tem de ter inteligência e tranquilidade, para reforçar o time, elenco, e também dispensar alguns jogadores que não renderam o que esperávamos neste Brasileiro 2013. Casos de Rosinei, Carlos Cesar, Richarlisson, Berola.

  • Rodrigo Galodoido disse:

    Perfeito sr. Venilson Fonseca. Concordo com sua excelente análise.

    Confesso que não senti tristeza profunda com essa derrota, como senti nos 6 a 1 (2011) e no 2 a 2 contra o crucru em 2012. Aqueles jogos valiam muito e me deixaram sem dormir.

    Esse mundial é uma ilusão, e, quando não tem time brasileiro disputando, ninguém assiste aos jogos. O antigo formato, com um jogo só, na madrugada e sem a participação da porcaria da FIFA era mais legal, mesmo assim só os países envolvidos acompanhavam. Mas, a FIFA não pode ver dinheiro que quer tomar conta e vem cagar suas regras e fazer exigências. Daqui a pouco vai querer entrar até na Copa Itatiaia.

    A respeito do treinador, vejo Jaime Almeida, do Flamengo, como um excelente profissional, que não fica berrando na beira do campo e fala simples. Um ser humano, diferente dos outros, que são deuses. Mas não está disponível. Bons nomes, na minha opinião seriam: Tite (não toma sufoco e não deixa adversário jogar), Ney Franco (perigo é a falta de comando), Jorginho (nosso antigo 10), Cristóvão Borges (competente e com discurso simples) e nosso Toninho Cerezo, que ao contrário do riquíssimo e badalado Levir, ganhou muitos títulos no Japão e sabe lançar jogadores. Levir ficou mais rico do que nunca e só brigou pra sair da segundona. É um treinador que sabe dar padrão ao time, mas se perde em momentos decisivos como o Cuca, além de não lançar nada da base.

    Nomes como Leão, Roth, Luxa, Dorival e Autuori, nem pensar. Papai Joel é melhor que eles, mesmo assim não serve. Maluf prometeu usar criatividade na escolha… que não venha com medalhão…

  • ALECSANDRO disse:

    Chico, parabéns pela cobertura do futebol mineiro de forma imparcial. Não deixando extravasar sua paixão clubística. Sou um atleticano doente, residente no interior e trabalhador na zona metropolitana de São Paulo. Sempre leio teus comentários. Quanto à derrota de ontem, foi dolorida e vexatória, mas isso não torna esses jogadores de excelentes á medíocres da noite para o dia. Essa derrota talvez seja uma injeção de ânimo para um 2014 vitorioso e cheio de glórias para o nosso querido CLUBE ATLÉTICO MINEIRO. GALO ETERNAMENTE. abraços e parabéns pelo jornalismo praticado.

  • Frederico Dantas disse:

    Amanhã já é sexta-feira e a derrota de ontem já é passado. Vamos mudar de assunto e falar dos preparativos do CAM para o duro jogo de sábado. Qual esquema vocês acham que o Cuca deve usar?

  • Marcos 2013 disse:

    Muitos apostavam que o Galo só sairia derrotado do Mundial pela final, mas não, a derrota foi na semifinal e o Galo saiu pela porta dos fundos. Isso é o que dar em contar com o ovo na galinha antes da hora!
    No Marrocos os atleticanos só falavam em enfrentar o Bayern de Munique, mas esqueceram de avisar isso aos donos da casa. O time do país anfitrião não deixou barato essa empáfia que se apossou do Atlético. E usou bem o fator casa para vencê-lo.
    Agora cabe aos dirigentes galistas não deixarem que esse clube volte à rotina de fracassos que até há pouco tempo o infernizaram, pois um vexame dessa natureza costuma trazer abalos atrozes. Ainda mais que o Atlético sofreu para voltar a ser respeitado e reverenciado pelos rivais.

  • Leandro disse:

    Minha opinião é mais do que clara! O time do Atlético de 2013 é melhor do que vários times brasileiros e do que a maioria dos times sul americanos, pelo simples fato do que os outros times são muito ruins! O Atlético foi campeão da Libertadores jogando contra times piores do que o Raja e piores até que o Náutico, como Strongest, Arsenal, Tijuana, jogou contra o pior São Paulo dos últimos anos, e jogou contra dois times também fracos, o NOB e o Olimpia, o NOB perdeu o argentino para o Velez que foi elimnado pela Ponte Preta na Sul Americana, o Olimpia coitado não ficou entre os 3 do Paraguai nesse ano! Essa é verdade, nem sempre o time que ganha um título é bom, vide títulos de Paulista, Santo André, etc. Então, o time do Atlético perdeu porque é um time limitado, como sempre foi em todos os últimos 33 anos, deu sorte num ano, enfrentou adversários fracos e conseguiu o que ninguém imaginava, só isso! Esse time do Atlético perdeu para a Portuguesa, Flamengo, Botafogo, Atlético PR duas vezes, São Paulo, Vasco, Santos, Coritiba, etc! Mais do que normal perder para um time fraco como o Raja! O que não é normal é a torcida, diretoria e até imprensa valorizar um time que nunca honrou o que se falava dele!

  • Denny de Vitto disse:

    Como você diz, Chico…um cabeça cozida!!!

    Depois do jogo, Marcos Rocha admitiu a irritação com a substituição:

    “Eu saí, não concordei com a substituição, fui no vestiário e voltei ao banco para continuar torcendo. Tenho o direito de concordar ou não. Foi opção do Cuca. Sempre tentei fazer o melhor, mas achei que não era válida a substituição. Não achei correta a substituição. Mas não é justificativa para o que aconteceu”

    O Sportv repetiu essa entrevista dele várias vezes durante o dia de hoje.

    Agora reflitamos:

    Uma coisa é o cara agir de cabeça quente, no calor da emoção. Todos nós somos passiveis disso. Porém, passado o sangue quente, as pessoas normais refletem e assumem os seus erros e excessos.

    Mas ele não, Mister Marcos Rocha é soberano, dono de si e superior a todos os outros jogadores que vestiram a camisa alvi-negra. Mesmo depois de horas de decorrido o triste episódio, e de ter tido tempo de refletir sobre a infeliz atitude de desrespeito ao clube, ao atleta que estava entrando e ao técnico, esse cabeça cozida ainda acha que está certo !!!

    É um detraqué, mesmo !!!

    Por isso eu reafirmo o que venho dizendo: “Enquanto o Marcos Rocha compor o grupo de jogadores do GALO eu não irei ao estádio !!!”

    Agora mesmo eu vi uma entrevista do Maluf dizendo que vai multar o Marcos Rocha…rs

    Só pode ser piada !?!?

    Multa ?!?

    O cara não não assume o erro, ou seja, na cabeça dele ele está certo e pode, sendo os seus princípios, agir assim de novo !!!

    Agora reflita comigo…o próximo treinador vai ter a sua disposição o Marcos Rocha e o Michel para o campeonato mineiro. Se o treinador colocar o Michel (que é um excelente jogador) o que o Marcos Rocha fará no banco de reservas ?

    Agredirá o novo treinador ?

    Baterá no Michel ?

    E o clima do grupo, como fica ?

    O Marcos Rocha pela sua deficiência técnica já deveria estar longe do GALO a muito tempo…essa birra dele agora, foi a “deixa” para a diretoria sumir com esse pseudo-lateral.

  • carlos disse:

    Caro Chico Maia, concordo com a sua análise, porém me impressiona o amadorismo que ainda impera no futebol brasileiro. A frase do Tardelli ao demonstrar desconhecimento do Raja Casablanca ilustra muito bem isto. Eu que não trabalho com futebol, nunca fui jogador ou treinador me preocupei em assistir a todos os jogos deste mundial para formar opiniões sobre os possíveis adversários do Galo. É inadmissível que a comissão técnica não oriente aos seus jogadores que assistam os jogos dos possíveis adversários. Vide o Guardiola presente no estádio dos seus possíveis adversários, o que demonstra o compromisso na busca da vitória. Todos que viram os dois jogos anteriores do Raja se depararam com um time rápido e com bom toque de bola do meio para a frente, além de um excelente preparo físico. Parece que só o Atlético não viu. Uma pena!

  • carlos santana disse:

    Lucas candido não deu conta do recado foi fraco, o junior cesar(não deve ficar em 14) nunca me passou confiança mas o problema dele com o cuca é extra campo, Marcos Rocha tem virtudes mas não existe ambiente pra ele junto a torcida deve sair.
    Sei que devo ser minoria mas não gostaria da permanência do Jô.
    Rosinei, Berola, Alecssandro, Leleu, Carlos César,Michel devem sair, o restante do grupo deve ficar e ser reforçado e planejado para toda a temporada seis disputas(mineiro,recopa,libertadores,brasileiro,copa brasil,mundial) e parar com desculpas pouco profissionais para o altos salários que recebem.

  • Alisson Sol disse:

    Agora que o ano futebolístico acabou, é preciso:

    Parabenizar Atlético-MG e Cruzeiro pelas suas conquistas.
    Times fora do eixo RJ-SP vencerem a Libertadores e o Campeonato Brasileiro não é fácil. Ano como este vai ser difícil de se repetir.

    Repensar a importância que se dá no Brasil ao Mundial de Clubes da FIFA.
    Na Europa, tal torneio é considerado uma mera obrigação para o vencedor da Liga dos Campeões. No resto do mundo, talvez com a exceção do país onde ocorre, o torneio é ignorado. O maior canal de TV em espanhol nos EUA já tem uma página sobre a Copa no Brasil, mas nada sobre o mundial de clubes (e isto com um time mexicano na disputa). Mesmo no Brasil, o “país do futebol”, saia às ruas e ofereça uma nota de R$100 para quem enumerar sem erro os 5 últimos campeões mundiais de clubes. Voltará com a nota para casa.

    O problema que este torneio causa é que após um clube brasileiro vencer a Libertadores, ignoram o campeonato brasileiro e ficam esperando esta competição caça-níqueis. Os jogadores passam 6 meses evitando divididas para evitar contusões que os tirem deste torneio. E os técnicos então, passam a se achar campeões mundiais de estratégia, e literalmente tiram 6 meses de férias (às vezes até colocando seus times em situações arriscadas no Brasileiro).

    Quando era apenas um jogo no Japão, com finalidades claramente comerciais, o retorno no investimento era claro. Agora, há um risco enorme de vexame, estragando a imagem de um ano que só teria memórias excelentes. Algo a ser repensado.

  • carlos santana disse:

    Chico, o técnico anterior ao Guardiola no Bayer anunciou aposentadoria e ganhou tudo que disputou, falta profissionalismo ao futebol brasileiro.
    Todo ano o time brasileiro que teve a glória de ganhar a libertadores esquece o brasileiro e fica sonhando com o time europeu e lança um monte de desculpas esfarrapadas para poupar jogadores e chega ao mundial e sofre para ganhar o primeiro jogo ou perde como inter e Atlético, o time europeu continua a todo vapor chega um ou dois dias antes(era assim no Japão támbem) joga ganha ou perde mas sem frescura de jogadores mimados como o brasileiros, quanto a treinadores a cada competição internacional percebe-se que os estrangeiros são
    mais qualificados taticamente.
    o nível dos times brasileiros está muito abaixo dos europeus e se continuarem arrogantes como estão,continuarão sofrendo com times das outras confederações menos badaladas.
    Quanto time do galo para 2014, precisa sim reformular o elenco, mas o atual não é fraco para os nossos padrões, mas se quisermos o bi da américa e lutar pelo mundial, reforços já.

  • Rafael disse:

    Chico, caça às bruxas não, mas podemos manter a base e renovar e qualificar parte do elenco.

    Dispensas – rescisão, troca, empréstimo: Carlos César, Rosinei, Richarlyson, Alecsandro, Gilberto Silva, Guilherme, Neto Berola, Leleu, Jemerson, Lee

    Para análise: Leonardo Silva, Michel e Josué

    Técnicos – opções:

    1 – Muricy Ramalho
    2 – Carlos Bianchi
    3 – Marcelo Bielsa
    4 – Levir Culpi
    5 – Humberto Ramos
    6 – Dario Pereyra
    7 – Márcio Araújo
    8 – Jorginho – que jogou no Galo
    9 – Adílson Batista

  • Emerson Talma disse:

    O que ocorreu com Atlético ontem, foi parecido com o que ocorreu com o Cruzeiro, melhor time da primeira fase da libertadores contra o pior, Once Caldas, coincidência ou não, com o próprio Cuca. Mas fica um aprendizado, vale tanto para futebol quanto para a vida, quando um time ou alguém se julga superior ao outro, não estamos errados ao valorizar a vitória do mais fraco.

  • Jean Araújo disse:

    A muito o Atlético vem iludindo as frangas torcedoras. Ganhar a Libertas do jeito que ganhou é ou não uma ilusão? Mas como tem anos que são passados pra trás, sempre sendo induzidos de que são a massa sofredora (já incorporaram isso), que devem amar o time mesmo não ganhando nada. Daí, qdo ganharam uma competição caracterizada claramente pelo acaso, se acharam, mas nada como um choque de realidade. Já voltaram com a velha ladainha de que importa é ser pateticano, porque espírito vencedor só mesmo o maior de Minas, dono de títulos, no plural claro, e não de um campeonato a cada meio século. Agora vem outra lavagem cerebral e o tom é o mesmo de sempre.HAJA paciência.

  • Adalton disse:

    Peço licença para discordar de muita coisa, mas respeito toda a opinião: O Cuca há muito( e eu sempre falo isso aqui) escala o time com marcação muito froxa no meio-de-campo e por isso passou todos aqueles sufocos na Libertadores; Eu estou torcendo para o Tite chegar, pois é um treinador, que o seu time dificilmente perde. Claro que o Cuca é um grande treinador , mas nessa parte defensiva deixa há desejar (remember Cruzeiro na Libertadores).
    Quanto ao Marcos Rocha, a gente entende o momento e tensão do jogo, mas foi muito triste a reação dele; isso é muito ruim para o grupo.
    Outro ponto: todo o jogo do Raja, principalmente no primeiro tempo era nas costas do M. Rocha e nenhum jogador, mesmo os mais experientes e o treinador corrigiram isso; outro ponto: todo mundo viu o jogo do Raja anterior e sabia que eles jogam assim, com forte marcação e saem rápido nos contra-ataques; não se pode deixar a zaga do CAM exposta, pois apesar de bons, são jogadores lentos , de difícil recuperaçção.
    MAS , NA MINHA OPINIÃO, O CAM CONTINUA COM UM GRANDE TIME, PRECISANDO DE UNS 3 OU 4 REFORÇOS(MAS REFORÇOS MESMO) PARA AS POSIÇÕES CARENTES. E SE O RONALDINHO SAIR, VAI PRECISAR DE MAIS UM PARA SUA POSIÇÃO. Todo munto está contratando e o Atlético já perdeu algumas boas chancesç.

  • Lucas disse:

    Choram as rosas!!!!! O time era todo bom, agora não presta!Oh falta de critério e coerencia!

  • H.Almeida disse:

    Cheio de profeta do acontecido aqui!

    cheio de gente dando razão para as bizarrices ditas pela torcida azul das

    arquibancadas e da imprensa.

    desvalorizar tudo que foi feito por esse grupo não é coisa de atleticano de

    verdade,tudo q eles querem é que um golpe duro como esse seja motivo

    para se fazer terra arrasada no Galo,e não há isso!!!

    atleticanos não nos deixemos levar pela emoção como em outros episódios

    de nossa gloriosa história.Sejamos inteligentes!!!

    se acham que vamos desmanchar a boa base que temos e entrarmos

    enfraquecidos na liberta 14,afirmo,não iremos!

    os erros e foram poucos porém importantes,devem ser muito bem

    detectados e corrigidos!

    só temos um gênio nesse time e essa derrota pode mostrar a

    todos dentro do Galo esta dura realidade.

    chega de jogador que acha que joga muito mais do que realmente joga!

    Réver e Marcos Rocha muito obrigado pelo título da libertadores e nossa

    gratidão eterna,mas adeus,o dinheiro que pode entrar no caixa com a

    venda de vocês pode ser muito mais útil que a presença aqui em 2014.

    o Réver sempre quis entregar a rapadura e ontem apesar de não ter feito

    nada sozinho,conseguiu.pra que dar aquele carrinho numa bola que ia para

    a linha de fundo?

    Aos azuis, não me venham falar que o galo tomou sufoco de um time

    pequeno e que isso é um vexame,quem viu a final da libertadores de 97

    sabe do que estou falando,infelizmente não temos a sorte q sempre

    permeou o destino Azul.Decisão de campeonato se ganha.jogando bem ou

    mal, e por isso devemos ser cobrados,por não decidir um jogo como o de

    ontem!

    pra terminar, Kalil confio em você e use toda sua sabedoria para definir o

    novo técnico, está provado que precisamos de mentes arejadas,nem

    pensar em TITE(vide 2005) e muito menos o Traidor do Levir Culpi.

    Saudações Atleticanas

  • Antonio Expedito disse:

    Parabéns ao cruzeirão, timão da baderna e da corrupção. CAMPEÃO MUNDIAL!!!!!! As MARIAS estão histéricas, em polvorosas!!!!!!!

  • Denny de Vitto disse:

    Caro Chico,

    Discordo frontalmente de você com relação ao Sr. Marcos Rocha.
    Esse rapaz não tem condições NENHUMA de atuar no GALO ou melhor, de atuar em qualquer outro time da primeira divisão brasileira.

    Ele é fraco fisicamente.
    Ele é fraco tecnicamente.
    Ele é fraco psicologicamente.

    Não adianta jogar “um bolão” no campeonato mineiro…e sumir nos jogos do brasileiro.

    Esqueçam o jogo do Raja e veja os lances do brasileiro desse ano !!!
    Quantos gols o GALO tomou por causa das perdas de bola do Marcos Rocha?
    Quantas faltas ele simulou, o juiz não deu e o GALO tomou o contra-ataque?

    Ontem esse rapaz errou até cobrança de lateral !!!
    Preciso acrescentar mais alguma coisa para demonstrar a ruindade dele?!?
    Ele não transmite confiança a zaga e sempre, sempre deixa-a descoberta.

    Só isso já seria o suficiente para que ele não pertencesse ao elenco do GALO, mas não…ele (graças a Deus) fez o favor de protagonizar aquela cena ridícula.

    Por mais que a imprensa tente elevá-lo e que o treinador faça vista grossa às suas falhas…ele se entregou!!! Você não consegue enganar a todos o tempo todo…uma hora a mascará cai.

    O Kalil fala em multa…ele deve tá doido ou atordoado com a derrota.

    O Marcos Rocha não deve vestir a camisa do GALO nunca mais na vida !!!

    Enquanto ele compor o elenco do GALO eu e minha turma já decidimos… não iremos ao estádio torcer para o GALO.

    Uma das posições mais importantes do futebol hoje é o lateral.

    Aí o GALO vai para o Mundial, justamente, com a sua maior deficiência nesse setor, devendo salários, com o técnico já empregado em outro clube.

    É muito amadorismo…

  • Marília da Silva Miguel disse:

    Chico, você foi de rara felicidade na análise. Assino embaixo de tudo ( Cuca, completamente sem tato para conduzir sua saída, apareceu de paletó, como nunca antes e pouco se mexeu , ao contrário de sempre; Marcos Rocha jogou como todo o time, mas era o único a correr; Lucas, improdutivo e inexperiente; meio campo ineficaz; ataque perdido; zaga batendo cabeça e acrescento a péssima atuação de Jô, que caiu o tempo todo. Enfim, todo mundo amarelou. Não se viu a tão falada experiência.)
    Como atleticana agradeço a cobertura, sempre inteligente e sensata.

  • Milhares de atleticanos hoje estão execrando e desvalorizando todo o plantel e o Cuca, mas é preciso lembrar que futebol é feito de vitória s e derrotas, e uma coisa não apaga a outra. Este mesmo grupo derrotado vexatoriamente ontem, nos deu alguns meses atrás o maior título da nossa história, coisa que os maiores ídolos da massa não deram.

    Começando a perder o mundial;

    Cuca já nas fases decisivas da Libertadores mostrava que já não conseguia extrair o melhor do grupo e o Galo apresentava um futebol feio e altamente previsível, vivendo de lampejos de R10 e principalmente da força da massa que foi decisiva para reverter os péssimos resultados do time fora de casa. Mas a derrota do Galo no mundial começou no dia em que ganhamos a Libertadores. 3 dias após a conquista enfrentamos o nosso rival, e ali ficou clara qual seria a postura adotada pelo time até o fim da temporada.

    Cultura Brasileira;

    Não se vê na Europa e em outras partes do mundo o comodismo que impera no Brasil. Real Madrid, Barcelona, Manchester, Bayern para citar alguns, sempre tiveram seu apogeu marcados por várias conquistas em uma só temporada, coisa rara de se ver por aqui. Mas isso é coisa que vem de cima para baixo, vem da diretoria para comissão técnica e assim para o grupo de jogadores. Kalil a quem seremos eternamente gratos pecou nesse ponto, quando não exigiu do grupo uma postura diferente.

    O vexame final;

    O nosso amor ao Glorioso as vezes nos cega. Hoje depois do ocorrido podemos nos perguntar; Esperar o que de um grupo que passou 6 meses colecionando eliminações e derrotas? Como ser campeão quando se desacostumou a vencer? A derrota de ontem deixou claro 2 opostos se enfrentando; Um time de raça e brio,buscando a vitória com uma estratégia clara de contra ataque, contra um time apavorado e perdido, que só precisava impor seu futebol, mas que não o fez pois se acostumou a perder. Se acostumou a se salvar na força de sua torcida.

    2014 pode ser melhor;

    Reformulação é a palavra de ordem, mas depois do planejamento.
    O que mais ouvimos este ano foi que o Galo tem um plantel experiente, maduro. Ao meu ver o galo tem uma média de idade alta, 29 anos. Mas não podemos analisar de cabeça quente e com o coração de torcedor. Como afirmei antes, temos um grupo que seja como for nos deu a Libertadores e não se pode execrar todo o plantel. A tal reformulação independe do nosso querer e passa primeiramente pela diretoria.
    Um alento nessa questão é a saída do Cuca, que ao meu ver deixou claro não ter mais poder de reação e de motivação tanto tática como psicológica. Para a diretoria resta fazer uma boa escolha e trazer um treinador para dar sequência aos bons frutos colhidos pelo seu esforço e trabalho.

  • Walmir Chaves disse:

    O Culpado é o Kalil… Ele é o ilusionista mor. O que comanda os demais ilusionistas, inclusive os que se manifestam pela imprensa.

  • Walmir Chaves disse:

    Kkkk. Até ontem era a ilusão da perfeição…. Hoje é a ressaca da desenganação…. Pelo menos estão começando a reconhecer que são iludidas… KKKKK

  • pedro disse:

    Digo aqui o que já tinha dito há alguns meses atrás, acrescentando algumas outras: a zaga do Galo sempre foi fraca, Leonardo Silva SEMPRE chega atrasado e desarmando na porrada, Réver não joga metade do que ele acha que joga. Na Libertadores quem segurava a “bronca” da defesa sem pre foram os dois volantes. Cuca errou ao entrar com o Josué, o Donizete, estando inteiro como estava ontem, é muito melhor que ele. O time pós Libertadores é muito pior que o time campeão, pois o Fernandinho apesar de jogar bem, é muuuito inferior ao Bernard. As deficiências do time estão também no banco, continuamos sem ter banco, Alecsandro, Neto Berola, Rosinei e cia. não são opções para um time que deseja disputar grandes títulos. O sinal amarelo já deveria estar ligado, porque time que não ganha fora de casa no Brasileirão é o sinal óbvio de que o time tem claras deficiências. Não é prudente (apesar de possível) ganhar títulos apostando no “sufoco” do fator casa. Time que viaja para um Mundial em busca de título tem que passar a segurança de resolver a partida jogando em qualquer lugar. Foi um vexame, mas não foi uma tragédia. O Kalil falou em humildade, muito bem, que ele seja o primeiro a reconhecer que para montar um time forte em 2014, temos uma base boa, mas eu diria que entre reservas e titulares uns 30 a 40% do elenco tem que ser renovado. Vamos aproveitar a já consolidada troca de técnico e pensar seriamente nisto. O Cruzeiro já mostrou essa humildade. Já estão contratando pois sabem que apesar de terem vencido o Brasileirão, reconhecem que o Brasileirão foi muito fraco e que tem um time bastante medíocre para almejar algo mais consistente. Miremo-nos no exemplo celeste.
    Um abraço.

  • Vinicius Campos disse:

    Perfeito Chico.

    Disse tudo o que penso e o que vi também.

    O Cuca cometeu um tremendo vacilo deixando vazar a notícia da proposta. Ficou nítido que o time não estava bem psicologicamente.

    Depois desta ele que tome mesmo o seu rumo.

  • francisco disse:

    Eu concordo com vc chicho e vou mais longe, desde quando o cuca disse que o campeonato brasileiro não era prioridade, que ele conseguiu desmontar o time.
    O lucas não teve nenhuma chance no campeonato mineiro, e depois ja inventou o cara na lateral, posição que não é dele, e também vale lembrar que a derrota não foi culpa dele e sim dos experientes que não fizeram nada. Quanto ao marcos rocha, também concordo com vc e ontem ele era o único jogador que estava procurando jogar. Agora na marcação ele é fraco, mas cabe ao treinador colocar um cabeça de área, pra cobrir. O futebol mostra que não se poder ter volantes que não sabe sair jogando, então isso é uma situação que o presidente e o treinador que vai chegar vai tê que analisar. Agora de forma alguma devemos crucificar Marcos rocha e Lucas, pois são patrimonio do clube e ao meu ver não foram os responsáveis por esse vexame.

  • Frederico Dantas disse:

    Não é de hoje que o Cuca é conhecido por ser muito bom tecnicamente no que faz e por ser fraco no quesito psicológico.

    O próprio Cruzeiro passou por isso com ele naquele jogo da Libertadores na Arena do Jacaré, quando também foi eliminado bisonhamente.

    Esperava-se que o título conquistado este ano pudesse ter dado mais confiança a ele neste quesito. Deu? Sei lá. Cabeça é um negócio complicado.

    O time do CAM continua sendo muito bom. Mas algo de muito errado aconteceu. Mesmo com um técnico de saída o time não precisava ter passado pelo vexame que passou. Porque perder pra esse time é, sim, um vexame. Qualquer time brasileiro que perdeu ou vier a perder para um time desses na semifinal de um mundial será um vexame.

  • Rodrigo disse:

    “Titulo internacional que merece”

  • Rodrigo disse:

    Cada um tem o que merece, assim como disse o Tardelli quando o Sada Cruzeiro se tornou campeão mundial.
    “Cada clube tem o titulo que merece”
    Ta ai o que o atlético merecia!

  • Marco Tulio disse:

    Parabéns Chico, vc conseguiu colocar com precisão a minha opinião e de muitos amigos com relação ao Cuca e seu comportamento nesse mundial, ao qual credito a maior culpa pelo fracasso.Porém não é o único culpado, deixemos claro.Ainda quero ver o Tardelli, por exemplo, decidindo um grande campeonato para o Galo.

  • Paulo Henrique disse:

    Foi um vexame. Atuação sofrível.

    Sejamos realista, o Galo de ontem seria massacrado pelo Bayern.

    O Galo fazia péssimos jogos no Brasileiro. Muitos (inclusive eu) pensavam que era “cabeça no mundial”.

    Nada disso.

    Desde os últimos jogos da Libertadores, as opções táticas se tornaram limitadas. Só chutão para Jô fazer pivô ou R10 cobrando faltas com perfeição.

    As atuações sofríveis do Brasileiro eram por ruindade mesmo. Time cheio de bons jogadores, mas mal treinado e sem compromisso.

    Pagou um preço alto. Que sirva de lição.

    A base é boa. Se chegar um treinador bom, e trazer reforços pontuais, dá para brigar pelo bi da Libertadores.

  • Antonio Expedito disse:

    Chico, concordo plenamente com seu texto, mas também que os jogadores amarelaram diante da possibilidade de enfrentar o poderoso Bayern. Fracasso total! Para mim foi vexame total.
    Os chutões só funcionam no Independência.
    A muito percebo uma birra do Cuca para com o Júnior César.
    Os volante moderno, defendem, armam e atacam; chega de brucutus.
    A barca de dispensa: Ricky. Alecsandro, Pierre, Josué, Jô, Fernandinho será um bom reserva, Marcos Rocha e outros. Volta Bernard!

  • EDUARDO - BH disse:

    Concordo plenamente com tudo isto e acrescento uma falha do Kalil:
    -Nao reforçou o time corretamente para o Mundial. A vinda apenas do Fernandinho foi insuficiente.
    Juntar os “cacos”e bola pra frente. Temos time para o BR14 e Libertas14, mas reforçar será necessario:
    -Volante : maior carencia da equipe
    -Laterais dir e esq (Marcos Rocha tem de ficar)
    -centroavante habilidoso.
    Tecnico : Nei franco ou levir

    SDS

  • Venilson Fonseca disse:

    Me permitam divagar:

    Em primeiro lugar, gostaria de voltar um pouco no tempo e pensar no Atlético de Cuca este ano (sei que é um exercício quase leviano, dado que, após não ter dado certo uma coisa, como foi o jogo de ontem, fica ‘fácil’ profetizar o acontecido. Mas não é bem esse o caso, você verá): fizemos, a meu ver, 7 excelentes partidas no ano, que foram: São Paulo (Horto – 1a fase); Arsenal (Argentina); The Strongest (Horto); The Strongest (Bolívia); Arsenal (Horto); Palestra de Minas (Horto, 1o jogo final do Mineiro); São Paulo (Horto, Oitavas). Talvez haverá outras, mas me lembrei dessas. As demais partidas, incluídas as da Copa do Brasil, as duas do São Paulo (na 1a fase, Morumbi, quando não “valia” nada) e a 1a partida das oitavas, que mostrava-se complicadíssima até a expulsão do Lúcio e a 2a contra o Palestra Mineiro, foram jogos fracos e que já demonstravam uma certa incapacidade do Cuca de ‘enxergar’ o jogo, em situações adversas e mexer no posicionamento dos jogadores até mesmo com substituições. O vulgarmente chamado ‘talento individual’ de nossos jogadores (em especial R10) nos tirou de algumas destas situações adversas (gol contra o SP; gol contra o ex-Yale). De fato, na minha perspectiva, a última boa partida do Galo no ano foi o jogo de 4 x 1 contra o São Paulo, no Horto.

    Será preciso lembrar o Tijuana, tido como o ‘divisor de águas’ na campanha da Libertadores? É claro que sim, mas sob outro prisma: a permanência do Cuca no comando. Lá no México, contra um adversário terrível, acostumadíssimo a atuar na grama sintética, já poderíamos ter sido eliminados: estava 2 x 0, já no 2o tempo, e o time não conseguia jogar (Lembro que o Palmeiras, 2a divisão deste ano, não sofreu gols lá e foi eliminado em SP por uma infeliz falha de seu goleiro). E nossos gols? O primeiro, a bola quase não entra, numa falha boba de marcação da defesa do Tijuana (que se repetiu no Horto, de outra maneira, no empate do Rever), que o Tardelli aproveitou. O 2o gol, do desmiolado Luan, foi de uma sorte incrível (mais ou menos como foi o gol do Auckland City, contra o Raja). Cuca não conseguiu fazer o time jogar por lá e o fato de um jogador que estava no banco entrar e fazer o gol, não significa, plenamente, o ‘dedo’ do treinador, já que não se garante, individualmente, que um jogador vá ou não desequilibrar: penso que importa mais a função tática desempenhada, mas deixo isso pra outro parágrafo.

    No jogo da volta foi aquele sofrimento que todos sabemos e que o Vitor nos salvou. Salvou? Lembro que fez uma defesa ainda mais difícil num contra-ataque em que dois jogadores tcholos invadiram a área sem marcação. Salvou o Cuca e salvou o Leo Silva. O gol do Riascos no 1o tempo era prenúncio de desorganização tática: ele chegou livre pelo lado esquerdo de seu ataque, numa bola cruzada da direita para a esquerda. Nossa defesa apavorada e lenta, esperando o cruzamento na área e, no esquema tático com pontas direita e esquerda, mal feito, do Cuca, recebeu a bola em seu ‘costado’, onde Riascos, livre (onde estaria o ponta que deveria ter voltado para auxiliar o M.Rocha em sua função de marcação?) arrematou para gol. O empate do Rever foi salvador, neste sentido. O pênalti infantilmente cometido pelo Leo Silva (contumaz nesta função de derrubar jogadores em sua área) já havia sido anunciado antes, na já citada defesa do Vítor e pelo menos umas duas outras vezes, de lançamentos longos, pegando os volantes na linha do meio campo, com um de nossos defensores voltando lentamente (Rever, neste caso) e deixando nosso zagueiro no ‘mano a mano’. Se Riascos marca, acabava ali o sonho e o Cuca também.

    Para não me alongar, jogamos pessimamente os dois jogos contra o NOB, que tinha um baita treinador e não por acaso agora está no Barça. O apagão do Horto e uma sucessão de passes descoordenados nos deram o empate: o cabeça oca do Luan joga a bola pra área, sempre por jogar, sem saber porque, numa rebatida da defesa. Se o zagueiro deixa passar, estava na mão do goleiro; se um jogador do Atlético vai na bola (não me lembro se era o Alecssandro) estava impedido; se o zagueiro acerta o chutão pro alto não chegaria no Guilherme; se o Guilherme não acerta o chute não haveria o gol; se o zagueiro não atrapalha a visão do goleiro… quantos “se” conspiraram para salvar o Cuca e um esquema de jogo manjado e que não surtia mais efeito contra adversários obedientes taticamente (preciso lembrar que nosso time não tem obediência tática e não mantem posição?).

    Contra o Olímpia até que jogamos um pouco melhor fora, mas o Olímpia não era o NOB, a meu ver um dos melhores times da Libertadores 2013. Assisti a partida dos paraguaios contra o Santa Fé (nosso provável adversário em 2014) e tiveram muita sorte também, para classificarem-se para a final. Como foram nossos gols contra o Olímpia? O escorregão do Samúdio? A inoperância ofensiva e bagunça tática defensiva. Mas tínhamos Bernard, com anos luz de inteligência e precisão em relação a Fernandinho. Vencemos. E tudo bem, vida que segue.

    Da madrugada do dia 25 de julho em diante o Atlético só voltou a jogar ontem, contra o melhor semifinalista que um brasileiro já pegou, em todas as competições e jogando em casa. Fez toda a diferença. Toda derrota no Brasileiro e na Copa do Brasil (para um velho conhecido, mas desfigurado Botafogo) era descontada do crédito que a ‘rapaziada’ tinha por ter ganho a Libertadores. Tudo era treino, tudo era festa. Não condeno, apenas aponto mais esta falha. Ficamos quase 6 meses nos ‘preparando’ para 2 partidas em dezembro, abandonamos o Brasileiro. Valeu a pena? Como perdemos do Raja, não, mas se fôssemos pra final e vencêssemos, poderíamos dizer que sim. Contudo, esse risco não era grande demais? Não era uma aposta muito alta com um prêmio relativamente pequeno? Kalil e sua trupe também embarcaram no ôba-ôba do Mundial e se deixaram levar: muito luxo para todos, logística perfeita, mas o foco errado: por dois jogos apenas jogamos fora a Copa do Brasil e o Brasileiro. Hoje vemos o tamanho do equívoco: o blefe. Compreensível para um Clube ‘acostumado’ com derrotas e que, de repente, se vê diante do deslumbramento. Se nos serve de alento, a derrota para o Raja fortalece, já que não seremos mais tão deslumbrados assim ano que vem pelo bezerro de ouro do título “mundial”.

    Contra o Raja (bravo time, apoiado pela torcida, ‘operário’ como se costuma dizer) Tardelli se embolou com R10 (compreensível, já que se desdobrara, anteriormente, para fazer a ‘função do R10 na sua ausência), não jogou pelas pontas, como Fernandinho; Jô não recebeu bolas e quando recebeu, não conseguiu funcionar (parecendo o Jô que tomava porrada o jogo inteiro e não produzia, injustiçado pela torcida, no Brasileiro de 2012, na sua insistente função de ‘pivô’); Josué se mostrou inoperante; Rever e Leo Silva continuavam suas sinas de lentos e utilizando carrinhos como recursos para a falta de velocidade, o que redundou no pênalti (que não houve, mas houve o carrinho infantil, dentro da área, numa semifinal, contra o time da casa, com um juiz fraco. Jogador também precisa pensar nessas coisas). Cuca, mais uma vez, ficou ensebando suas imagens, roendo suas unhas e não enxergando o óbvio: veja o 1o gol. Até eu sei que, estatisticamente, escanteios batidos para a grande área tem 50% mais chances de originarem contra ataques perigosos do que redundarem em gols a favor. Matemática à parte, nossos dois zagueiros na área adversária, nossos dois volantes tentando cobrir as laterais e o meio campo simultaneamente, porque nossos laterais também estavam lá, para ‘colher’ o cruzamento. Tomamos o gol mais manjado do futebol, atacante sozinho, de frente para gol e o goleiro, com os defensores ralando a bunda no chão, na lateral, tentando dar o carrinho de ‘raça’ no armador, que apenas espera por isso para lançar seu companheiro em perfeitas condições de fazer o gol…

    De novo o craque dá o alento na magnífica cobrança de falta. Mas Cuca parece não enxergar. Josué não produzia e Lucas sentia na lateral. Trocar Josué por Donizete é atestar a dúvida e a incompetência: ele pensa no jogador e não na função tática. Optar por um ou por outro jogador é parte da função do técnico e nada garante que ele vai render. Não se pode cobrar a atuação de um jogador pela escalação do treinador. Mas a função tática, sim. Naquela altura, porque não colocar o Júnior César na lateral esquerda, jogar o Lucas para o meio (sua posição original) e ajudar o Pierre e tirar o Josué? Porque tirar o Rocha, lateral de ofício, que sofria muito pela desobediência tática do Tardelli e às vezes do Fernandinho, que não voltavam e perdiam a bola com facilidade? Colocar o Luan no lugar do Rocha é desespero ou medo de tirar os queridinhos: Luan poderia entrar no lugar do Fernandinho ou Tardelli, pela já citada desobediência tática, já que o ‘doidinho’ recompõe melhor a defesa e protegeria melhor o Rocha.

    Jô não funcionava, o ataque não funcionava contra a sólida, mas inocente defesa Casablanca. Supondo que já tirei o Josué e o Fernandinho, tirava agora o Jô: desloca-se o Tardelli para a área (mas não fixo, como o Jô), abre o Luan pelas pontas, recompõe a defesa desguarnecida com Pierre, Donizete e Rosinei, mantém o R10 livre. Segura mais o Rocha e o J.César. Ora, estamos falando de um jogo só, de uma partida só: obstrui do meio pra trás com 7, dê espaço pro R10 no meio e abre as pontas com Luan, com possibilidade de, com a bola nos pés, aproximar o Donizete do ataque. Daria certo? Jamais saberei! Eventualmente, apenas a substituição tática do Jô pelo Rosinei, deslocando o Tardelli pra área, mas sem mexer com Fernandinho, p.ex., ainda te deixa com uma substituição por fazer, sem necessidade da entrada do doidinho: tudo seria melhor do que o Cuca fez, porque ele nada fez. Não espanta o Rocha chamá-lo de burro.

    Penso que o Cuca foi longe demais, venceu a Libertadores, ganhou moral e dinheiro. Mas continua teimoso, amigo das panelinhas e com medo de jogador. Não sei se outro treinador, como o Tite, poderia nos dar a Libertadores 2014. Mas acho que, no Brasil, nossos técnicos são mais entregadores de camisa e contam muito com a sorte.

    Um abraço e desculpem o e-mail longo.