Blog do Chico Maia

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Vai uma aí?

Com este calorão danado, estou me lembrando do aniversário do Eugênio Sávio, no fim do ano passado.

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Bom demais da conta!


Atlético e o futebol, de luto pela morte do goleiro Mazurkiewicz, aos 67 anos

Lamentável essa notícia da morte do “Mazurka”, um mito!

Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente.

Do portal Terra:

MAZURKALONDNa Copa de 1966 contra a Inglaterra

* “Morreu na madrugada desta quarta-feira o ex-goleiro uruguaio Ladislao Mazurkiewicz, aos 67 anos, em Montevidéu. O ex-atleta foi internado há cerca de uma semana por problemas respiratórios, e sua condição foi se deteriorando com o passar dos dias. A morte foi confirmada às 4h15 pelo ex-goleiro Fernando Álvez, que acompanhava o colega no hospital.

Considerado uma lenda do futebol uruguaio, Mazurkiewicz defendeu a seleção de seu país em três Copas do Mundo (1966, 1970 e 1974) e é famoso por sua participação em um lance da semifinal do Mundial de 70, em que Pelé executou sobre ele um drible de corpo, sem tocar na bola, e quase marcou um gol épico.

A maior parte de sua carreira foi passada no Peñarol, onde conquistou a Copa Libertadores de 1966, mas o goleiro defendeu também o Atlético entre 1971 e 1974. Pela seleção, foram 36 partidas disputadas entre 1965 e 1974. Mazurkiewicz foi considerado o melhor goleiro do mundo pela lenda russa Lev Yashin, que o elegeu como seu sucessor quando se aposentou em 1971.

MAZURKACAMNo Galo, em 1971, em foto do Superesportes

O ex-jogador será velado a partir das 13h (horário local) na casa Road Hermanos, em Montevidéu. O enterro acontece às 16h no cemitério Parque del Recuerdo.”

MAZURKAPELENo famoso lance do “quase gol” do Pelé, na Copa de 1970

* http://esportes.terra.com.br/futebol/internacional/,7f812f26b8afb310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html


Parabéns, Cruzeiro Esporte Clube! 92 anos!

O jornal O Tempo fez uma boa entrevista com o presidente Gilvan de Pinho Tavares na edição de hoje:

* “Aniversário”

Cruzeiro faz 92 anos hoje e quer apagar campanhas ruins de 2011 e 2012 com títulos em 2013

Gilvan espera um ano melhor

Presidente destaca vários pontos para o time celeste voltar a ser protagonista nos campeonatos

THIAGO PRATA E FERNANDO ALMEIDA

GILVAN

O Cruzeiro completa hoje 92 anos de uma vida marcada por títulos, esquadrões inesquecíveis e craques que desfilaram talento e habilidade em vários estádios do mundo. Mas, em meio às festividades, é também o momento de reflexão e trabalho, já que os dois últimos anos não fazem jus às “páginas heroicas e imortais” da história da agremiação.

Tanto em 2011, quanto em 2012, o torcedor celeste conviveu com uma frustração atrás da outra, desde a ameaça de rebaixamento no Brasileirão, até as campanhas ruins no Mineiro e na Copa do Brasil da temporada passada. De protagonista, o time azul virou reles coadjuvante nos campeonatos.

Após um período tenebroso, surge a esperança de dias melhores. Em seu segundo ano à frente do Cruzeiro, o presidente Gilvan de Pinho Tavares se baseia em vários pontos para afirmar que a equipe vai obter em 2013 o que não conseguiu em 2012. Dentre eles, a volta do time ao Mineirão, após dois anos e meio, a adesão de novos sócios do futebol, a sintonia com a torcida, a contratação do técnico Marcelo Oliveira e a vinda de atletas promissores.

“Estamos fazendo contratações pontuais. Trouxemos atletas que vão ter um valor econômico muito alto ao longo destas competições de 2013, como o Ricardo Goulart e o Lucca”, afirmou Gilvan, em entrevista a O TEMPO. A China Azul vive a expectativa do anúncio de mais reforços hoje, no dia do aniversário do clube. A cúpula celeste trabalha para trazer dois zagueiros.

Balanço. O primeiro ano de Gilvan na presidência do clube não vai deixar saudades ao torcedor e nem ao próprio mandatário, que espera um resultado muito melhor no Brasileirão de 2012.

“A cada dia, o Celso Roth escalava uma equipe diferente, uma teimosia que nunca vi tão grande. Atletas que eram titulares e do gosto da torcida, como o Lucas Silva, foram excluídos do grupo de titulares sem sabermos o motivo. Ficamos na dependência do humor do treinador”, disse o dirigente.

* http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=218148,OTE&IdCanal=3


Paul McCartney quer tocar aqui em 2014! Custa “só” R$ 3 milhões!

Não duvidem se algum político de Minas topar um negócio desses, hein!?

Em época de eleições, vale tudo para aparecer nacionalmente, ainda mais com dinheiro público.

Da coluna Panorama Político, assinada por Ilimar Franco, no O Globo:

* “Paul McCartney”

Os agentes do astro Paul McCartney (ex-Beatles) fazem intenso lobby junto à Fifa e ao governo brasileiro. Vendem uma série de shows no Brasil na abertura da Copa do 2014 e na inauguração de estádios que vão sediar os jogos. Cada apresentação sairia pelo cachê de R$ 3 milhões. Esses shows são disputados por artistas nacionais que veem nele um trampolim para o mercado internacionàl.


As coisas boas de Minas, exaltadas mundo afora!

Com toda a razão, vivemos cobrando melhorias e reclamando das coisas mal feitas e ruins de Minas, porém é tão importante quanto, valorizarmos e exaltarmos o que temos de bom.

Inhotim, por exemplo, um dos centros de arte contemporânea mais elogiados do mundo, e ao lado da nossa capital.

Vejam que beleza essa coluna do Marcelo Coelho, na Folha de S. Paulo de 26 de dezembro:

* “Marcelo Coelho”

Inhotim

O notável do instituto está em provar que a arte contemporânea pode ser sucesso de público

A MAIOR atração do Instituto Cultual Inhotim, nestes dias, não tem diretamente a ver com arte contemporânea, ainda que o belíssimo parque (a uns 50 km de Belo Horizonte) seja famoso internacionalmente pelas obras de Tunga, Cildo Meireles, Hélio Oiticica e muitos outros.

É que, além das galerias e galpões especialmente projetados para abrigar tantas instalações de grande porte, o lugar também funciona como um jardim botânico, exibindo muitos hectares (mas o que é um hectare, afinal?) de mata nativa e plantas de várias partes do mundo.

Entre essas plantas, está a sensação do momento. Trata-se de um espécime da maior flor do mundo, originária da Indonésia, e devidamente registrada no livro Guinness dos recordes.

O nome científico é Amorphophallus titanum (falo amorfo de um gigante?), mas o vegetal, que alcança até três metros de altura, deve sua denominação popular (flor-cadáver) ao péssimo cheiro que exala.

Como nada é tão ruim como se pensa neste mundo, a vantagem da Amorphophallus está no fato de que só floresce uma vez a cada dois anos. Pode demorar mais, até 12. Conta apenas com três dias para exalar um cheiro de peixe podre com açúcar queimado, capaz de atrair as moscas e os besouros responsáveis por sua polinização.

Nossa reportagem esteve em Inhotim para conferir o acontecimento, mas o cronograma não coincidiu. A flor-cadáver ainda se preparava para o grande dia. De todo modo, esta época traz vantagens para quem quiser conhecer a instituição. Os guias, estagiários simpáticos e nada pretensiosos, dizem que em feriados como o Carnaval aparecem mais de 5.000 pessoas.

Não peguei nenhuma fila, mas o calor no meio da mata nativa desafia os maiores entusiastas de Adriana Varejão, Chris Burden, Rivane Neuenschwander e Matthew Barney.

Cada um desses artistas tem um edifício próprio, onde felizmente não se faz economia de ar refrigerado. Carrinhos de golfe transportam os visitantes para os cantos mais remotos do parque; mesmo assim, caminha-se bastante.

Embora o paisagismo atraia muita gente, o notável de Inhotim está em provar que a arte contemporânea, tantas vezes acusada de incompreensibilidade, pode tornar-se um genuíno sucesso de público.

Apesar da verborragia que a cerca (e os textos explicativos em Inhotim não padecem desse defeito), a arte contemporânea não é tão inacessível quanto parece.

Muitas vezes, tudo reside no seu impacto sensorial. Um iglu do islandês Olafur Eliasson, por exemplo, oferece nada mais do que um jato d’água, como um bebedouro baixo, sob flashes de luz estroboscópica.

As formas que o jorro adquire se “congelam” numa série de imagens distintas, enquanto o ruído produzido pela água se mantém contínuo.

O efeito é instantâneo e mágico. Torna-se supérfluo, num caso desses, especular sobre o que a obra “significa”.

Conhecem-se as tentativas do gênero. O artista “joga com os conceitos de tempo e permanência”… “inverte a equação duchampiana”… “alerta para a finitude dos recursos naturais”…

Pode-se fazer esse tipo de discurso a respeito de qualquer coisa; a torneira aberta, no fundo da instalação “Desvio para o Vermelho” (Cildo Meireles), talvez tenha sido lembrada no bebedouro de Eliasson; pode aludir a um banho de sangue nas ditaduras latino-americanas.

Mas oferece, sobretudo, um efeito óptico para quem acaba de ver o interior de uma residência reproduzido em detalhes, com tudo (móveis, roupas, livros, quadros, tapete) na cor vermelha.

Claro, vermelho é sangue, vermelho é política, vermelho é hospital numa obra de Tunga; em outra do mesmo artista, preto é morte, esqueleto, carbonização, consumação.

O jogo proposto nessas obras, entretanto, não passa pela necessidade de “interpretar”. Um quadro renascentista da paixão de Cristo igualmente põe em cena “a questão do corpo”, se quisermos falar em “contemporanês”.

Na maior parte das galerias de Inhotim, a obra vale pelo que é, pelo impacto, pelo contraste que impõe sobre o cotidiano e a natureza. É uma arte da imanência -no fundo, não “remete” a nada, e seu interesse (ou não) depende pouco do discurso crítico.

Disso sabem os visitantes. Em seu paradoxo essencial -flor/fedor, morte/reprodução-, a Amorphophallus titanum não deixa de ser arte contemporânea também. Dura pouco a flor-cadáver. Longa vida à flor-cadáver.

* http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/85700-inhotim.shtml


Ano Novo: verdade verdadeira de Carlos Drummond de Andrade

* “Cortar o tempo”
Carlos Drummond de Andrade

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e
outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.

Será que vai?
Temos de acreditar que sim

* Feliz 2013 a todos, e obrigado ao Marcio Amorim, que nos enviou este texto do grande poeta!