O Atlético entrou em campo pensando que o América seria uma presa fácil e quase quebrou a cara. Um dos exemplos da displicência foi logo aos oito minutos com o vacilo do ótimo zagueiro Otamendi que originou o primeiro gol do Obina na partida.
Por outro lado o técnico Moacir Júnior mudou jogadores e a forma de jogar neste segundo jogo sob o comando dele. Optou por um time mais defensivo, porém, explorando contra ataques com muita eficiência.
Mesmo buscando o empate o Atlético não estava bem. Era visível que os principais jogadores não estavam se empenhando com o devido interesse, possivelmente por causa do calor e pensando no próximo jogo pela Libertadores da América.
O segundo gol americano foi fruto de nova falha, de outro excelente jogador: Victor errou o soco na bola no cruzamento e novamente Obina balançou as redes.
Na ida para o vestiário, no intervalo, as vaias eram muitas, dirigidas só ao técnico Paulo Autuori que não tinha culpa nenhuma pelo fraco desempenho dos jogadores. Isso foi fundamental para a mudança de postura no segundo tempo. Mexeu com os brios do grupo que resolveu acordar.
Os jogadores viram que estavam complicando o trabalho de um treinador que vem sendo perseguido pela maioria da torcida, desde quando foi anunciado. E foi um outro Galo no segundo tempo; ligado, interessado em todos os lances, correndo muito e sem erros. A virada foi em 28 minutos, com Tardelli fazendo a diferença, e a cada gol um abraço no Autuori. No terceiro, todos os jogadores foram cumprimentá-lo.
Os abraços no treinador a cada gol foram uma forma de desagravo, para mostrar à torcida que eles gostam dele e que é preciso que ela pare com essa perseguição, que não se justifica, já que o time está subindo de produção a cada jogo.
Mesmo depois da virada continuou ligado e conseguiu resistir à pressão do América que não se entregou em momento algum. O Coelho mostrou progressos em relação aos últimos jogos.
Além de dois gols Tardelli jogou muito no clássico
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