Segundo o volante Nilton o time do Cruzeiro “não é desse mundo”, mas se fôssemos basear pelo jogo de hoje em Montevidéu, seria bom que voltasse à realidade brasileira, aquela de 2013 principalmente.
Mas, tão impressionante quanto a falta de futebol cruzeirense esta noite foi o descontrole de alguns companheiros de imprensa na análise dos 2 a 0 para o Defensor em Montevidéu.
De repente o campeão brasileiro de 2013 passou a ser o péssimo dos péssimos, o treinador mexeu errado, fulano foi o vilão, beltrano está mal a muito tempo, cicrano desaprendeu e bla, bla, bla…
Outros tentaram encontrar “cabelo em ovo”, culpando o gramado, elogiado até pelos próprios jogadores e diretoria; aí passaram a dizer que o estádio é acanhado demais, como se o Cruzeiro não fosse acostumado a condições iguais e piores em estádios do Campeonato Mineiro.
À luz da razão o time jogou muito mal e perdeu o jogo pelos seus próprios erros, e assim é o futebol.
Nem sempre se joga bem e do outro lado há um adversário com os mesmos objetivos e ainda por cima jogando em casa.
Dagoberto não é de errar pênaltis, mas hoje errou, e certamente voltará a errar em sua carreira, pois é do jogo.
Foi num momento crucial, 22 minutos do segundo tempo. O time tinha acabado de tomar o gol e desperdiçava ali a chance de empatar e possivelmente reagir.
E o árbitro argentino, Diego Abal, tinha expulsado o autor da penalidade, Arias.
Nem da arbitragem o Cruzeiro pode reclamar.
Nilton ainda se recupera da cirgurgia que fez ano passado e está longe da forma ideal, mas nem ele e nenhum outro jogador pode ser responsabilizado isoladamente pelo resultado, já que ninguém jogou nada.
Não há também motivo para desespero porque a classificação para a próxima fase está sob controle; basta jogar o que jogou contra a La U, no Mineirão, mas fica a lição de sempre nessas situações: se havia salto, ele acabou hoje, ou então que se cumpra sina parafraseada do Nélson Rodrigues: “toda arrogância será castigada!”.
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