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Estádio onde o Brasil encerrou a primeira fase da Copa de 94 vai a leilão

Lamentável e tomara que um dos estádios construídos no Brasil para a Copa não passe por isso. Este estádio foi adaptado para o futebol na época, já que era usado com mais freqüência para a prática de outros esportes e show.

Diante de 77 mil pagantes os suecos fizeram 1 a 0 aos 22 minutos; Romário empatou no primeiro minuto do segundo tempo. O Brasil de Carlos Alberto Parreira jogou com Taffarel, Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Leonardo, Dunga, Mauro Silva, Zinho e Raí; Bebeto e Romário.

Obrigado ao Allan Veloso que enviou:

* “Boa tarde Chico,

Seria este o destino de alguns dos novos estádios construídos apenas pra Copa 14?”

http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/05/em-ruinas-estadio-que-recebeu-o-brasil-na-copa-de-94-sera-leiloado.html

“Em ruínas, estádio que recebeu o Brasil na Copa de 94 será leiloado”

Grupo de investimentos busca compradores para artigos que restaram do Pontiac Silverdome e, caso não receba ofertas, diz que arena de Detroit “pode ir para o lixo”

SILVERDOMEGERAL

Estádio que já recebeu Copa do Mundo, Super Bowl, All-Star Game da NBA e shows de lendas como Elvis Presley, Led Zeppelin e Rolling Stones, o Pontiac Silverdome, em Detroit, já foi um dos mais modernos do mundo, mas atualmente se encontra em estado de abandono extremo e será leiloado. A venda de artigos que restaram da arena de 80 mil lugares, sede do empate entre Brasil e Suécia no Mundial de 1994, iniciará nesta quarta-feira.

– Todo item começa sendo vendido por US$ 5 (R$ 11). Se não conseguirmos esse valor, ele vai para o lixo – disse Jim Passeno, responsável pelo leilão online que vai até o dia 29 de maio.

SILVERDOMEGRAMADO

O estado de abandono é completamente visível no interior do estádio. No gramado já nascem plantas, o telhado começou a ceder, falta energia elétrica… O estádio construído em 1975 para ser a casa do Detroit Lions foi deixado de lado pela equipe da NFL em 2001.

Desde então, foi usado em eventos de menor importância até ser vendido a um grupo de investimentos em 2009 por meio milhão de dólares. Diante dos inúmeros prejuízos com a arena, os empresários interromperam com o funcionamento do estádio e, para diminuir os gastos, decidiram no ano passado que a cobertura fosse desinflada.

O resultado do abandono pode ser visto claramente nas imagens atuais do estádio, casa de quatro jogos da Copa do Mundo de 94 – todos pela primeira fase: Estados Unidos 1 x 1 Suíça, Romênia 1 x 4 Suíça, Suécia 3 x 1 Rússia, além do já citado Brasil 1 x 1 Suécia.

SILVERDOMECAMAROTE

Um dos camarotes onde a Fifa e seus convidados comeram e beberam bastante estão abandonados

http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/05/em-ruinas-estadio-que-recebeu-o-brasil-na-copa-de-94-sera-leiloado.html


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Comentários:
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  • J.B.CRUZ disse:

    Há que se ver, que o Estádio PONTIAC SILVERDOME, em DETROIT, uma das mais ricas cidades americanas na primeira metade do século XX…
    A riqueza foi tão grande á época(décadas de 10 a 50), que impediu a população de pensar que isso um dia iria acabar..
    A partir dos anos 60,com administrações populistas,forte sindicalismo que “matava” as empresas por estrangulamento de + direitos trabalhistas e menos deveres com as fábricas; e as mudanças tecnológicas dos automóveis, que os americanos tinham muito mais capacidade de engenharia que japoneses em fazer; não fizeram..
    Carros ficaram menores,melhores e mais econômicos,.
    A concorrência japonesa,coreana,alemã e agora a chinesa, colocaram a cidade de joêlhos; outrora lider em tecnologia automotiva..
    DETRIT não acompanhou o progresso; e a grande “”MOTOR CITY”‘ tornou-se uma cidade fantasma…

  • Frederico Dantas disse:

    Não diria que o modelo americano é errado por completo mas, como em todos os modelos, tem seus sérios defeitos também.

    “Gente que apertava parafuso e soldava peças com salário de quase 100mil dólares por ano no final da carreira, e aposentadoria integral. Este insustentavel “sonho” realmente acabou, e tinha mesmo de acabar.”, destacou o Alisson.

    Isso, de fato é insustentável, a longo prazo.

    No Brasil nossa força braçal ainda está bem longe dos níveis salariais alcançados pela americana. Entendo que o processo de valorização deste tipo de mão de obra pelo qual passamos hoje é bastante válido, mas ele tem limite (o exemplo em questão mostra isso). Ainda dá tempo de quem quiser futuro melhor aproveitar o momento onde melhores condições de base estão sendo oferecidas, reagir, mudar e agregar valor ao seu trabalho (concordo com Alisson nisso também), coisa que os americanos de chão de fábrica, broncos e pedantes, nunca gostaram nem quiseram fazer.

    Dá tempo de mudar? Dá. Vamos mudar? São outros quinhentos.

  • Junior Gam disse:

    Se tivesse jeito de arrematá-lo e trazê-lo inteiro para BH…

  • Alisson Sol disse:

    Interessante é que, hoje mesmo, leio que o caríssimo estádio de Brasília, que normalmente já levaria mil anos para o “retorno do investimento”, já está com goteiras (link).

    Em verdade, o problema de Detroit, assim como o da Grécia, e de grande parte do Brasil, é praticamente o mesmo: o tal “sonho americano” da década de 50, de subir na vida fazendo trabalho braçal. Até hoje há gente reclamando de ter perdido o emprego em Detroit. Acham que perderam o emprego para robôs e asiáticos, quando perderam o emprego para a própria ignorância. Gente que apertava parafuso e soldava peças com salário de quase 100mil dólares por ano no final da carreira, e aposentadoria integral. Este insustentavel “sonho” realmente acabou, e tinha mesmo de acabar. O trabalhor braçal é uma “commodity”, ou seja: uma mercadoria sem nada de especial. Não pode querer privilégio na base de imposições de sindicatos. Agora, quem tiver conhecimentos sólidos em ciência aplicadas, exatas ou Biológicas, tem hoje emprego em qualquer lugar do mundo. Bons engenheiros e medicos tem enorme mobilidade social. Mas é preciso dedicação e estudo, e não apenas sentar no banco de uma faculdade “pagou passou”.

    O nível de escolaridade da população brasileira é baixo e desigual“, conforme conclusão de estudo governamental (link). O problema a resolver é conhecido. A solução também é conhecida, e há inúmeros exemplos de sucesso Brasil afora. Se o Brasil investor correto nos próximos anos, tem tudo para liderar os BRICs. Caso contrário, é melhor mesmo investor em pão e circo. E talvez até falte pão no circo…

  • Márcio Amorim disse:

    Caro Chico!
    A vontade de fazerem politicagem com a Copa do Mundo falou mais alto.
    Deveriam ter proposto à FIFA uma reforma barata nos principais estádios dos maiores centros esportivos do país: Salvador, BH, Rio, São Paulo, Coritiba, Porto Alegre. Recife e Fortaleza.

    O que está acontecendo em Detroit e, dizem, na Grécia com o parque olímpico, deverá ocorrer no Brasil. O Itaquerão, o estádio de Manaus e o de Cuiabá, além do Mané Garrincha são pura politiquice cara.

    A manutenção de uma estrutura destas é caríssima. Sem jogos, fecham.
    Temos visto em algumas transmissões, os melhores lugares de qualquer estádio sempre vazios. Parece-me que colocam preços abusivos nestes lugares em qualquer pelada.

    À ideia do Alisson eu acrescentaria que todos deveriam usar o Independência contra times da prateleira de baixo. E todos deveriam usar o Mineirão em jogos contra os times que atraem torcedores.

    Clássico entre times com torcidas muito grande para 9.000 torcedores e com torcida única e, depois, o mesmo jogo no Mineirão com torcida única, só para dar o troco, é uma das coisas mais ridículas que tenho visto.

    Nesta toada, teremos muitos elefantes brancos e muitos bilhões jogados no lixo. E muita gente eleita ou reeleita em cima dos nossos impostos.

  • THIAGO disse:

    Anotem ai pra não esquecer. Dentro de dois anos a Arena pantanal estará sediando festa de rodeio e feiras agropecuárias. A Arena Amazônia sera palco da festa do boi bumba. A arena do Corinthians e do Atlético Paranaense nunca serão pagas e brigas judiciais se arratarao por 10,20 anos. Quando ouço falar de greves no setor publico penso que não ha como ser contra uma vez que se tem dinheiro para bancar estes estádios também deve haver dinheiro para aumentar os salários.

  • Martens disse:

    Alisson Sol,

    A proposta do governo de minas antes de aparecer minas arena era justamente esta , entregar o mineirao para Atletico e pirangi, este e o motivo do America ter ganhado a reforma do independecia, ai apareceu a minas arena e o contrato em que o estado paga a minas arena para ter prejuizo com o mineirao.

  • Thiago Dória disse:

    Chico,

    Apenas complementando, a decadência não foi do Fundo que administrava o Estádio ou do Clube que lá mandava as suas partidas, o Detroit Pistons.

    A decadência é do tal sonho americano

    Fatos sobre a decadência da cidade de Detroit: http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/24-fatos-sobre-a-decadencia-da-cidade-de-detroit

    A decadência de Detroit: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,a-destruicao-do-sonho-americano-de-detroit,174417,0.htm

    Veja estas fotos do antes e hoje da cidade Detroit:

    http://detroiturbex.com/content/ba/index.html

    Veja quantos bairros abandonados:

    http://detroiturbex.com/content/index.html

    O estádio dos Detroit Pistons é apenas um pedaço dessa história.
    Eu já estive neste estádio também e me lembro o quanto ele era limpo e organizado.

    Ainda bem que o atual governo federal não é capacho dos EUA…senão, durante essa mesma crise que devastou Detroit, iríamos para o buraco também !!!

    Interessante: O fim do sonho americano:

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-o-sonho-americano-se-transformou-num-pesadelo/

    http://www.brasildefato.com.br/node/10104

    Mas a síndrome de vira-latas, incutida na alma de alguns brasileiros insiste em perguntar: Seria este o destino de alguns dos novos estádios construídos apenas pra Copa 14?”

    A resposta é: Será se deixarmos o passado neoliberal voltar a governar o Brasil.

  • Frederico Dantas disse:

    Esta história de estádio ficar obsoleto, virar elefante branco ou até mesmo em ruínas, como no caso do Silverdome, varia de caso para caso.

    Este ano, ainda no exemplo americano, o San Francisco 49ers deixou seu histórico campo do Candlestick Park da década de 1960 (histórico não somente pelo futebol americano mas pelo beisebol e também por shows, como Beatles), praticamente dentro da cidade, e construiu (ou teve construído?) outro novo em folha em Santa Clara, a 80 km de San Francisco. A torcida até chiou por causa da distância, mas a grana falou mais alto. Por outro lado, era tido nos EUA como um dos piores da liga para se assistir aos jogos. Estava, de fato, obsoleto.

    Outro exemplo é Delle Alpi, de Turim. Construído para a Copa de 1990, onde o Brasil saiu da competição perdendo pra Argentina com gol do Caniggia, já não existe mais. Recebeu seu último jogo em 2006. Apenas 16 anos de uso!!! Se fosse aqui falariam um mundo de coisas. Ele foi demolido (não reformado nem remodelado) para dar lugar ao novo estádio da Juventus.

    Voltando ao Silverdome, é como o Thales, falou. O estádio é apenas uma construção a mais na cidade que está em ruínas.

  • Alisson Sol disse:

    Thales,

    O Silverdome, assim como quase todos os estádios americanos, não é um “bem público”. Pertence a um fundo de investimentos (que pode até ter parte de pensões do governo, mas não é público).

    O resto do que você falou explica a decadência da renda: sem público com boa renda, não há como se manter um estádio, em qualquer lugar do mundo. É caríssimo manter um estádio como este. Em Seattle, demoliram o estádio anteriormente construído nos anos 80, pois alguém fez a conta e viu que “manter o concreto” por mais 20 anos e ajustá-lo a regras mais modernas de resistência a terremotos ficaria mais caro do que construir um estádio novo.

    É por isto que sou contra a construção de mais estádios no Brasil e, especialmente, em BH. Não há motivo. Vide o ultimo jogo no Independência: 9 mil pagantes. Cruzeiro e Atlético-MG tem de brigar dentro de campo. Mas fora, deviam usar a inteligência, criar uma “organização não-governamental” e juntos gerir o Mineirão.

  • thales rosa disse:

    Isto não vai acontecer no Brasil porque temos a mentalidade de que a coisa pública não é de ninguem, aqui acontece do bem ir acabando antes que um ente publico tome atitude de minimizar o prejuízo. O que vai acontecer é o estadio ser abandonado, o mato tomar conta e todos fingirem que não estão vendo.

    Nesse caso em especial a crise das montadoras em 2008 quebrou a cidade de Detroit, berço da industria automobilística americana. O desemprego chego a casa dos 80% na cidade e houve uma debandada geral da população.. tudo quebrou na cidade.. e a prefeitura para diminuir o prejuiizo esta se desfazendo do que da a ela mais gastos.

  • Paulo Afonso disse:

    Parece que o Galo acertou com o Maicosuel… Acho que pode liberar o Fernandinho, pois teremos Berola e Luan…. Segura o Dátolo… Vamos ter do meio para frente: Maicosuel, Dátolo, Guilherme, R10, Tardelli, Luan, Berola, André…