A rodada do Mineiro começou com ótima atuação do Leandro Damião, que além de marcar dois gols deu a assistência para mais um nos 3 a 0 sobre o Boa, sábado. O adversário é de respeito, candidato a uma das quatro vagas das semifinais, mas não teve forças para segurar o Cruzeiro. O atacante está ganhando confiança a cada jogo e acabando com as desconfianças que o rondam desde a passagem ruim pelo Santos.
No clássico o América mereceu a vitória, conquistada na raça e na melhor qualidade do futebol apresentado. Virou um jogo que aparentemente estava perdido e mostrou que pode surpreender na reta de chegada do campeonato. O lateral Bryan foi o melhor do América e do jogo. No Atlético, Cárdenas fez ótimo primeiro tempo e discreto no segundo.
A realidade atleticana é que o elenco de 2015 continua na mesma situação de 2014: um time titular altamente competitivo mas, suplentes muito abaixo dos donos da posição. O América mantém o ritmo do ano passado, quando teve um time brilhante, que conseguiu subir para a primeira divisão, mas não subiu em função da incompetência administrativa que deixou o treinador utilizar o lateral Eduardo, sem condições de jogo na burocracia da bagunçada Confederação Brasileiras de Futebol.
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Esta fase do Mineiro é de pouca motivação. Certamente, os três grandes da capital estarão na final da disputa e os nove do interior brigam por apenas uma vaga. Boa, Villa Nova e Tupi, são, teoricamente os principais candidatos a esta vaga única. É difícil convencer ao público/leitor que vale a pena ir aos estádios nesta primeira fase. Quem acreditou no América se deu bem. Importante mesmo nestes primeiros meses do ano para o futebol mineiro é a Libertadores da América, que em momento raro da história, tem pelo segundo ano consecutivo Atlético e Cruzeiro na disputa. O Galo foi mal na estreia, porém, no placar e no segundo tempo, já que na fase inicial fez um ótimo jogo. Pagou pelas péssimas finalizações.
Concordo com a maioria que criticou Levir Culpi por apostar, mais uma vez, no centroavante Jô. Visivelmente fora de forma, sem inspiração e pouca vontade. É claro que o treinador sente isso no dia a dia dos treinos, coisa que a torcida e a imprensa só podem ver nos jogos. Duro é que o outro atacante caro que poderia substituir o Jô é o André, pior ainda.
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A expectativa que tenho para a estréia do Cruzeiro na Libertadores da América, quarta-feira, contra o contra o Universitario de Sucre, na Bolívia, é a mesma que eu tinha quanto ao Atlético contra o Colo-Colo no Chile: vitória, apesar de ser fora de casa numa altitude de 2.800 metros acima do nível do mar.
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