Cláudio Carsughi, quase 60 anos só de Jovem Pan
Um dos companheiros mais respeitados da imprensa brasileira, Cláudio Carsughi foi dispensado pela Rádio Jovem Pan. A Folha de S. Paulo também está demitindo sob a mesma alegação: contenção de despesas, o que provocou reação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
* Claudio Carsughi anunciou sua saída da Jovem Pan
Com quase 60 anos de emissora, Claudio Carsughi é demitido da Jovem Pan
O jornalista Claudio Carsughi comunicou, na tarde desta segunda-feira, 13, que foi demitido da Jovem Pan. Com quase 60 anos de emissora, o locutor informou o desligamento ao público por meio de suas páginas nas redes sociais e agradeceu aos seguidores pela solidariedade e mensagens de apoio. Carsughi destacou que os interessados ainda podem acompanhar seu trabalho em seu novo site. Na plataforma, o jornalista aborda temas relacionados a futebol, Fórmula 1, carros, motos e turismo — temas com os quais trabalhava no veículo radiofônico.
“Agradeço a todos os amigos que dedicaram alguns minutos para manifestar sua solidariedade. Após quase 60 anos de Rádio Jovem Pan fui demitido e confirmo a informação. Obrigado a todos e espero poder continuar contando com a audiência e o prestígio de vocês na continuação de minha carreira!”, declarou Carsughi pelo Facebook.
Italiano residente no Brasil desde 1958, o agora ex-funcionário da Jovem Pan já atuou em veículos como Quatro Rodas, Oficina Mecânica e Auto e Técnica. De 1996 a 2005, Carsughi foi comentarista de Fórmula 1 e futebol da ESPN Brasil. Atualmente, além de cuidar de seu site, colabora com o Sportv.
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* Sindicato se preocupa com possibilidade de “demissões em massa” na Folha
Os diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) estão preocupados com a possibilidade de uma “demissão em massa” na Folha de São Paulo. De acordo com a entidade, há informações de que 50 colaboradores serão cortados, sendo que alguns já foram demitidos na última semana.
O presidente do SJSP, José Augusto Camargo, procurou o Grupo Folha, que reconhece a dispensa de jornalistas, mas nega a chegada de um passaralho. “Caso as demissões em massa aconteçam de fato, é importante que os trabalhadores procurem o Sindicato, para que se possam definir estratégias de luta, como as que estão ocorrendo neste momento no Estadão”, esclareceu.
Ele teme que o movimento seja uma estratégia das empresas para preparar terreno para as novas regras de terceirização. Contrário ao enxugamento das redações, o sindicato indica que várias empresas estão deixando de lado a qualidade do trabalho jornalístico. No início de 2015, a Folha de S. Paulo fechou a sucursal de Ribeirão Preto e demitiu, em novembro passado, 13 trabalhadores.
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