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Um em cada três brasileiros já comprou produtos contrabandeados

A Agência Brasil informa:

* “Um em cada três brasileiros já comprou produtos contrabandeados”

… A maioria (92%) acredita que a população deixaria de comprar produtos contrabandeados se os preços de venda legal fossem menores. Os produtos contrabandeados têm preços menores porque não pagam impostos na opinião de 89% dos consumidores….

Realmente é o próprio governo quem incentiva o mercado pirata e de contrabando. A fúria arrecadadora das prefeituras, estados e união inventa e aumenta tarifas de impostos na maior cara de pau, jogando os preços de tudo no país nas alturas.

E todos nós sentimos isso na pele. Um mês atrás comprei um carregador de celular veicular numa loja na Savassi, perto da Cafeteria Três Corações. Não tinha o original, mas a funcionária da loja me garantiu que o “genérico” que ela tinha era da “melhor qualidade” e custava “apenas” R$ 49,50.

Um palpiteiro que estava perto me alertou:

__Se for levar desse aí, melhor comprar na mão de um camelô, que vende por 1/3 do preço.

CARREGADORESPIR

Não dei ouvidos e comprei. Só consegui usar uma vez. Quando fui tirá-la do celular o cabo veio mas o pino ficou no aparelho. PQP! Deveria ter ouvido o palpiteiro.

Duas semanas atrás vi um grupo de camelôs no centro de Sete Lagoas. Perguntei se algum deles tinha o tal carregador e cada um ofereceu um mais interessante que o outro. Optei por um “kit completo”, dentro da caixinha, parecendo até com o original da Apple. Preço: R$ 22,00.

E está funcionando muito bem!

A notícia completa da Agência Brasil:

“Um em cada três brasileiros admite já ter comprado produtos contrabandeados, segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta segunda-feira (25). Ao menos 40% dos entrevistados disseram saber reconhecer um produto ilegal. O estudo encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco) ouviu 4 mil pessoas entre os dias 22 e 24 de abril.

Para 53% dos consumidores, a maior vantagem de um produto contrabandeado é o menor preço. Esse percentual chega a 76% entre aqueles que assumem ter adquirido mercadoria não legalizada. No entanto, 37% dos entrevistados não veem nenhuma vantagem na compra de itens contrabandeados.

A maioria (92%) acredita que a população deixaria de comprar produtos contrabandeados se os preços de venda legal fossem menores. Os produtos contrabandeados têm preços menores porque não pagam impostos na opinião de 89% dos consumidores. Para 87%, os valores mais baixos são possíveis porque esses itens não precisam se submeter às normas de fiscalização e 77% acreditam que os produtos têm qualidade inferior.”


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Comentários:
6
  • André Corrêa disse:

    Chico, alguns termos mencionados em tom pejorativo merecem ser analisados com cuidado.

    Sonegação. Contrabando. Tráfico. Será que a gente já parou pra pensar no que isso realmente significa?

    Sonegar pode significar evitar que o governo meta a mão no seu dinheiro a troco de nada. Tomam 27,5% do seu salário a título de IRRF, mais todos os outros impostos embutidos em tudo que você consome. São mais ou menos cinco meses de trabalho só pra abastecer os cofres do poder. Eles usam seu dinheiro pra bancar shopping de R$ 1 bilhão anexo à câmara, enquanto você continua sendo obrigado a pagar por segurança particular, escola particular, saúde particular. E se quiser aprovar um projeto de obra na prefeitura ou fugir do policial que quebrou seu farolete só pra ter o que te cobrar, prepare o dinheirinho (?) da gorjeta.

    Então, o que é sonegar? É crime ou significa evitar que seu dinheiro suado caia nas mãos dessa gente?

    A mesma coisa vale para o contrabando. Produto contrabandeado é produto que passou e não deixou o deles. Daí usam uma palavra feia para vender mal a imagem de quem quer ganhar sem deixar o café do poder.

    Então… O que é contrabandear? É comprar e vender sem deixar a parte de quem te cobra sem oferecer contrapartida?

    Aí vem o tráfico. De armas, de influência, de drogas. Pelo amor de Deus, eu não estou fazendo apologia ao consumo de drogas! Mas… Que tal pensarmos que o verbo traficar é empregado para vender uma imagem suja de quem comercializa qualquer coisa que ameace o poder do poder?

    E então? Traficar não seria qualquer coisa que não querem que você compre ou venda porque coloca o poder desses elementos em risco?

    É muito importante analisar o significado das coisas com cuidado. As atitudes e as palavras ficam comuns no noticiário e nós não fazemos críticas. Paramos de questionar o porquê das coisas. Isso só é bom para os que continuam nos roubando, cada vez mais descaradamente.

    EM TEMPO: eu também tenho um iPhone. O meu é contrabandeado. Experimente vir ver a minha cara de pesar por causa disso…

    • Alisson Sol disse:

      Pois é como eu sempre digo: os políticos brasileiros não nasceram em Marte. Saem da população com esta “filosofia”…

      • André Corrêa disse:

        Se você enche o porquinho deles e dorme com a consciência tranqüila por isso, paciência. Eu acho masoquismo, mas não discuto. Defendo meu pensamento.

  • Renato - 7 Lagoas disse:

    Chico, mudando de assunto, é por estas e outras que não dá pra levar o futebol à sério. Riascos já foi para o Vasco:

    http://globoesporte.globo.com/mg/futebol/noticia/2015/05/cruzeiro-confirma-emprestimo-de-riascos-ao-vasco-ate-maio-de-2016.html

  • Renato - 7 Lagoas disse:

    Duvido que é só isso! Quase todos já compraram, só que nem sabem o que é produto contrabandeado.

    • Alisson Sol disse:

      Correto. E o que ocorre muito hoje em dia é o seguinte: por diversas questões além do que cabe explicar, praticamente todo produto eletrônico do mundo é hoje fabricado na China. Com poucas exceções de empresas que fazem um autêntico aparato policial nas suas fábricas, ocorre desde o roubo de peças e produtos prontos, ao “turno extra” em que máquinas trabalham fazendo produtos idênticos ao oficial, mas sem a marca. Do ponto de vista de funcionamento, não há diferença nenhuma. Só o controle de qualidade é que é diferente. Mas, dependendo da sorte, a realidade é que o “produto pirata” é o mesmo que o oficial.

      E isto quando não é o próprio produto oficial, roubando durante o transporte nas estradas…