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Acredite: tem até congolês, mas nenhum brasileiro na lista dos 50 melhores treinadores do mundo

 Congolês Ibenge está na lista dos melhores técnicos do mundo, sem nenhum brasileiro

No exterior os técnicos de futebol brasileiros têm fama de preguiçosos e arrogantes, que não estudam nem o futebol como um todo e muito menos os adversários, além de se acharem melhores que os outros. Grande parte realmente é assim, talvez até maioria, mas uma outra grande parte está sendo injustiçada com esta dura fama.

Uma das principais revistas especializadas em futebol no mundo acaba de detonar com a imagem dos “professores” brasileiros. Tomara que a classe pegue esta reportagem e faça dela um ponto de partida para reflexão, humildade e revisão de conceitos. Mas, com um Dunga, que nem treinador era, comandando a seleção brasileira por duas vezes, vai ser difícil melhorar esta imagem.

Reportagem do site ESPN:

* “Lista dos 50 melhores técnicos do mundo tem até congolês, mas nenhum brasileiro”

Nos últimos dias, a revista britânica FourFourTwo, uma das mais importantes publicações sobre esportes do planeta, vem divulgando sua lista dos 50 melhores técnicos do mundo. No ranking, há treinadores de diversas nacionalidades, até mesmo um da República Democrática do Congo, mas nenhum brasileiro.

Até agora, foram apresentados os treinadores nas posições 50 até 11, restando apenas o top 10, que irá ao ar nesta quarta-feira, às 10h (horário de Brasília). No entanto, oESPN.com.br apurou que não há nenhum técnico brasileiro entre os 10 melhores do mundo. Ou seja, não há “brazucas” na relação da publicação, assim como não há nenhum inglês – nem mesmo Roy Hodgson, que vai bem no comando da Inglaterra.

O congolês em questão é Jean-Florent Ikwange Ibengé, técnico do Vita Club e da seleção da República Democrática do Congo. Ele foi muito elogiado por seu trabalho à frente da ofensiva equipe nacional, 3ª colocada na última Copa Africana de Nações, e também no clube, que foi finalista da Liga dos Campeões da África do ano passado, mas ficou com o vice. O africano é o último colocado do ranking, na 50ª posição.

Logo na sequência, aparece o colombiano Juan Carlos Osorio, do São Paulo, descrito como um homem de “currículo impressionante” e apontado como o “próximo Manuel Pellegrini”, em referência ao comandante do Manchester City.

Entre outros nomes menos conhecidos em destaque na lista, aparecem o belga Hein Vanhaezebrouck, do Gent, o australiano Tony Popovic, do Western Sydney Wanderers, o alemão Markus Weinzierl, do Augsburg, o francês Jocelyn Gourvennec, do Guingamp, o norte-americano Bob Bradley, do Stabaek-SUE, o espanhol Marcelino, do Villarreal e o suíço Lucien Favre, do Borussia Monchengladbach. Apesar de não haver brasileiros, diversos sul-americanos figuram na relação daFourFourTwo, como o chileno Manuel Pellegrini (35º), do Manchester City, os argentinos Marcelo Gallardo (31º), do River Plate, Jorge Sampaoli (26º), da seleção chilena, Edgardo Bauza (22º), do San Lorenzo, e José Pekerman (21º), da seleção colombiana, além do uruguaio Oscar Tabarez (19º), da seleção uruguaia.

Dunga, por sua vez, ficou fora do ranking, apesar dos bons resultados do gaúcho em amistosos recentes com a seleção brasileira.

Entre grandes “figurões” do futebol mundial, aparecem nomes como o do espanhol Vicente del Bosque (32º), da seleção espanhola, do holandês Louis van Gaal (16º), do Manchester United, e o francês Arsene Wenger (11º), do Arsenal. Já no top 10, devem figurar managers como Josep Guardiola, Carlo Ancelotti, José Mourinho, Diego Simeone e Jurgen Klopp, entre outros.

A lista da revista inglesa foi feita com base em votações e consultas de vários jornalistas do mundo, que avaliaram três categorias: conquistas recentes, conhecimentos táticos e habilidade de liderança. Com base nisso, foram dadas notas em cinco quesitos, que ajudaram a definir as posições da lista: “estilo”, “entrevistas”, “ferocidade”, “mercado de transferências” e “gerenciamento de atletas”.

Veja a lista dos 50 melhores técnicos do mundo:

50º) Florent Ibenge (congolês) – Vita Club-RDC/República Democrática do Congo
49º) Juan Carlos Osorio (colombiano) – São Paulo
48º) Pavel Vrba (tcheco) – República Tcheca
47º) Hein Vanhaezebrouck (belga) – Gent-BEL
46º) Bruce Arena (norte-americano) – Los Angeles Galaxy-EUA
45º) Tony Popovic (australiano) – Western Sydney Wanderers-AUS
44º) Gian Piero Gasperini (italiano) – Genoa-ITA
43º) Slaven Bilic (croata) – West Ham-ING
42º) Herve Renard (francês) – Lille-FRA
41º) Lars Lagerbäck (sueco) – Islândia
40º) Markus Weinzierl (alemão) – Augsburg-ALE
39º) Ange Postecoglou (australiano) – Austrália
38º) Myron Markevych (ucraniano) – Dnipro-UCR
37º) Frank de Boer (holandês) – Ajax-HOL
36º) Rafa Benítez (espanhol) – Real Madrid-ESP
35º) Manuel Pellegrini (chileno) – Manchester City-ING
34º) Antonio Conte (italiano) – Itália
33º) Sergei Rebrov (ucraniano) – Dynamo de Kiev-UCR
32º) Vicente Del Bosque (espanhol) – Espanha
31º) Marcelo Gallardo (argentino) – River Plate-ARG
30º) Jocelyn Gourvennec (francês) – Guingamp-FRA
29º) Giampiero Ventura (italiano) – Torino-ITA
28º) Didier Deschamps (francês) – França
27º) Roger Schmidt (alemão) – Bayer Leverkusen-ALE
26º) Jorge Sampaoli (argentino) – Chile
25º) Dieter Hecking (alemão) – Wolfsburg-ALE
24º) Bob Bradley (norte-americano) – Stabaek-NOR
23º) Mircea Lucescu (romeno) – Shakhtar Donetsk-UCR
22º) Edgardo Bauza (argentino) – San Lorenzo-ARG
21º) José Pekerman (argentino) – Colômbia
20º) Marcelino (espanhol) – Villarreal-ESP
19º) Oscar Tabarez (uruguaio) – Uruguai
18º) Phillip Cocu (holandês) – PSV Eindhoven-HOL
17º) Lucien Favre (suíço) – Borussia Monchengladbach-ALE
16º) Louis van Gaal (holandês) – Manchester United-ING
15º) Jorge Jesus (português) – Sporting-POR
14º) Rudi García (francês) – Roma-ITA
13º) Ronald Koeman (holandês) – Southampton-ING
12º) Leonardo Jardim (português) – Monaco-FRA
11º) Arsene Wenger (francês) – Arsenal-ING
10º) Laurent Blanc (francês) – Paris Saint-Germain-FR
09º) Carlo Ancelotti (italiano) – sem clube
08º) Joachim Löw (alemão) – Alemanha
07º) Unai Emery (espanhol) – Sevilla-ESP
06º) Jurgen Klopp (alemão) – sem clube
05º) Massimiliano Allegri (italiano) – Juventus-ITA
04º) Diego Simeone (argentino) – Atlético de Madri-ESP
03º) Luis Enrique (espanhol) – Barcelona-ESP
02º) Josep Guardiola (espanhol) – Bayern de Munique-ALE
01º) José Mourinho (português) – Chelsea-ING

http://espn.uol.com.br/noticia/527165_lista-dos-50-melhores-tecnicos-do-mundo-tem-ate-congoles-mas-nenhum-brasileiro?utm_content=buffercad67&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

 


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Comentários:
10
  • Julio Avila (mariana) disse:

    uai.onde está o luxa ai(o pelé dos tecnicos) como gosta de dizer um jornalista da “bomba”! jornalista esse que tem a coragem de dizer que o time com luxa tem padrao de jogo e sistema tatico definido,de chutao neh? engraçado é que esse mesmo jornalista fez a entrevista com JB onde ele falou um monte de asneira sobre o M Oliveira,o cara demonstra ser um puxa saco de primeira e deixa a amizade falar mais alto que sua carreira jornalistica! pra mim é pessimo dos pessimos!

  • DUDU GALOMAIO BH disse:

    Se o Inter não vencer essa Libertadores, não vence mais.
    Vai dar sorte assim lá longe. Na primeira fase receberam 2 gols “de presente” dos adversários. Contra o Galo, mais 3 gols “de presente”. E contra o Tigres, um gol “de presente” e outro com o Valdívia dividindo a bola e cobrindo sem querer o goleiro.
    Futebol na prática mesmo está devendo…

  • Paulo Afonso disse:

    Futebol brasileiro não vai evoluir nunca… Ano que vem haverá Jogos Olímpicos no Brasil… E o futebol brasileiro teria mais uma oportunidade de tentar a inédita medalha de ouro… Só que já começa tudo errado… O Brasil é a única das grandes equipes de futebol a cometer um erro básico: trabalha a formação dos jogadores com um técnico, mas coloca outro para comandar nos Jogos Olímpicos… Sim, a seleção Olímpica é uma seleção de base (sub-23), reforçada por, no máximo, 3 jogadores “profissionais” (na verdade, jogadores acima de 23 anos)… Os campeonatos sulamericanos e mundiais (sub-17 e sub-20), além dos Jogos Panamericanos, são disputados por técnicos de categorias de base… Mas chega nas Olimpíadas, o técnico da Seleção principal, dada visibilidade do evento, assume o posto… Nos Jogos Panamericanos temos 4 títulos… Nos Sulamericanos sub-17 e sub-20 temos 11 títulos em cada… No mundial sub-17 são 3 títulos e no sub-20 são 5… Mas nada de título Olímpico… Se o futebol Brasileiro quer mesmo esta medalha, tem que tentar da maneira correta, colocando quem treina jogadores de base para treinar a seleção Olímpica… Hoje o técnico que está lá é o Rogério Micale… Está lá há cerca de 2 meses, já que interromperam o ciclo do Gallo… Se insisterem com Dunga nas Olimpíadas, veremos mais e mais 7×1 na nossa história…

  • LEANDRO FABRICIO disse:

    Normal….

    E o vovô azul hein, enganou os simpatizantes azuis com anuncios de grandes contratações e no final trouxe mesmo foi o tal marinho hein, que mer**da hein, e agora disse que não vai mais fazer contratações devido a dificuldades financeiras em que o clube se encontra, que o enseada estava em dificuldades financeiras todo mundo já sabia, só os iludidos azuis é que estavam acreditando que o time delas estava nadando em dinheiro…
    julio baptista está voltando hein…

    Os tres patetas estão se superando esse ano…

  • Alisson Sol disse:

    Às vezes as pessoas dizem que “técnico é resultado”. Mas isto não é verdade. Se você vê a sequência de alguns dos técnicos no topo da lista, verá que alguns nada ganharam, ou pouco ganharam de grande importância.

    Muitos técnicos brasileiros levaram anos construindo a reputação do país no Oriente Médio, e agora na Ásia. Mas dois técnicos brasileiros queimaram o filme do pais de forma fantástica na Europa.

    Primeiro, o Luxemburgo no Real Madrid. Depois do bom trabalho no Cruzeiro e no Santos, pegou os galáticos e os resultados não eram tão ruins, até o dia em que cruzou com o Ronaldinho Gaúcho no auge no Barcelona, levando a goleada de 3×0 dentro do Santiago Barnabéu, em jogo histórico (link). Infelizmente para o Luxemburgo, ele foi vítima na Europa exatamente da mesma bobeira que ocorre no Brasil: o time perde um jogo para o principal rival, e decide mudar de técnico. Só que, o Luxemburgo não saber armar um time para conter o Ronaldinho foi realmente de lascar.

    Depois, quem decididamente matou de vez os técnicos brasileiros, foi o Scolari no Chelsea. Os jogadores simplesmente achavam ridículo um técnico não apresentar um plano de jogo diferente para cada adversário. E o Scolari querendo responder a imprensa da Inglaterra, onde os comentaristas são todos técnicos ou ex-técnicos, sem saber dizer que tática seria utilizada a cada jogo, era de lascar. Queimou o filme de maneira definitiva, e vai demorar muito para a Inglaterra arriscar novamente em um técnico brasileiro.

  • Marcão de Varginha disse:

    Simplesmente gostei muito dessa matéria.. é um “tapa na cara” na classe desses ditos “profissionais”!
    – Que os técnicos brasileiros (com raríssimas exceções) aprendam com seus colegas “de fora”, que humildade e educação vem de berço, e competência se adquire estudando, pesquisando… copiar o que está funcionando bem é demonstração de humildade, algo raro nessa classe!

  • Pedro Vítor disse:

    E Tupi eu vi também, contra o Ceará, alias, o time do Ceará acabou, foi vendendo um por um, e hoje não sobrou “um pé na plantação”, como dizia o Raul Seixas.

    Tupi poderia ter voltado com uma bela vitória, não fosse o pênalti desperdiçado pelo Daniel Morais. Ficou no 0 a 0, e agora joga em Juiz de Fora, pra garantir uma vaga nas oitavas de final, que seria muito bacana!

  • Pedro Vítor disse:

    E ontem Internacional e Tigres enfim fizeram o primeiro jogo da semifinal da Libertadores. Jogo começou ótimo, como o jogo Galo e Colorado no Independência, com 4 minutos de jogo, o D´alessandro, depois de falha no meio de campo, acerta um chute colocado no canto esquerdo, 1 a 0 Inter.

    Cinco minutos depois, o Inter marcando em cima, o Nilmar arracanca, leva dois na corrida e perde a bola, o Valdívia (e como é iluminado este garoto), pega de “prima”, a bola desvia na zaga, e encobre o goleiro, 2 a 0 Inter.

    O Tigres num teve tempo nem de se aquecer já perdia por 2 a 0. A partir daí, começaram a controlar o jogo, e num demorou pra fazer o primeiro e diminuir, 2 a 1, cruzamento de Sobís pela esquerda, zagueiro desviou no canto.

    O jogo de Libertadores, envolve muita entrega, marcação e velocidade. Acho que por o inicio ter sido muito emocionante de ambas as partes, pois o Inter fez dois gols, mas o Tigres, fez um gol, e criou outras 3 oportunidades pra marcar, no segundo tempo caiu um pouco o ritmo, mas a postura das equipes também!

    Agora o Tigres joga pra vencer, um resultado simples, leva a final. Já o Internacional, tem duas chaves, no Brasileiro, é um time, lento, desligado, sem foco, já na Libertadores, disputam cada espaço com muito empenho e dedicação, e sem contar que estão com estrela de campeão, chutam “prum” lado, e a bola desvia e entra, impressionante!

  • Juarez Athanagildo disse:

    O melhor técnico brasileiro é o torcedor! O resto é pirraça pura!