Vale sempre lembrar o velho dito popular castellano: «No creo en brujas, pero que las hay, las hay». Uma semana atrás, dia 13 de julho, o americano Marcio Amorim me enviou o seguinte alerta:

* “Caro Chico!

Ao ver o seu comentário, chamando a atenção sobre a força do Eurico Miranda, que pode mudar o curso da lisura do campeonato, na série A, em favor do Vasco, fiquei preocupado com o América. Embora nada tenha a ver com o Eurico, sinto que a imprensa mineira desconhece os perigos que pesam sobre o meu time. Existe uma diferença mínima entre o primeiro colocado – Botafogo (24) – e o oitavo – Macaé (21). Apenas três pontos os separam. A preocupação é pelo fato de que a ordem de classificação hoje é: Botafogo, América, Bahia, Náutico, Vitória, Paysandu, Sampaio Correia e Macaé. Desses, apenas dois não podem competir em torcida com os demais: América e Macaé.

O América tem força para brigar por uma das quatro vagas, dentro do campo mas não tem o apoio da imprensa mineira.

Devia haver uma divulgação maior, uma campanha na imprensa com o objetivo de estimular os torcedores a comparecer aos jogos; devia haver, por parte da diretoria, uma ação imediata em relação ao preço dos ingressos; devia haver uma reação em relação aos horários dos jogos.

Não sei por que América e Cruzeiro aceitaram jogar num sábado à noite, na mesma cidade, concorrendo com bares, festas, casamentos, hotéis e motéis, deixando a tarde livre e o domingo sem futebol em BH. O fracasso de público, sábado às 21 horas é garantido. Ninguém pensa? Ninguém reage? Ninguém dá sugestão? Só obedecem.

Acho que haverá, sim, manobras para que fiquem os que têm maior público e a parte técnica vai para o espaço. Estou dizendo isto, enquanto o América está lá em cima, para que não digam que é choro de derrotado. Abs.”

Sábado, o Oeste contou com a ajuda do árbitro Rafael Martins Diniz, do Distrito Federal,  para derrotar o América e depois do jogo recebi o seguinte e-mail do Marcio:

“… Ainda recente, a advertência que fiz sobre prováveis roubalheiras, tornou-se uma realidade hoje no jogo do América contra o Oeste. Nunca tinha visto o meu time ser tão roubado…”